Rosa e Cravo
Sem rosa, não há cravo.
Sem cravo, não há rosa.
Só bem crescem
quando lado a lado estiverem.
Só se irritam
quando outras flores se aproximam.
São dependentes para viver.
São tão amantes que querem juntos morrer.
Rosa coitada,
ficou doente e totalmente despetalada.
Cravo se deprimiu
porque tanta saudade dela sentiu,
que o Cravo infartou
depois de viver pela eternidade solitário.
Cravo não mais existiu
pelo apego que o destruiu.
A dependência pode corroer a vida
numa sofrida
realidade.
O Cravo não percebeu
que o que também morreu
e nunca antes apareceu
foi a sua individualidade.
Referência: Esse poema foi inspirado na música folclórica do Brasil da Rosa e do Cravo.
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