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Mostrando postagens com o rótulo Menino/Menina

Sangro, Mesmo que doa (pessoal)

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    Meu útero revela o feminino em meu ventre  Com indicativo forte de ser sentido  Como nunca foi lhe dado chance. Meu útero me revela mulher como nunca me foi permitido  me deixar sentir sensações diversas, me deixar sentir sensações inquietas  para me silenciar em mim como um significante ser ao ter uma chance de olharem de verdade pra mim e eu mesma ao me acolher na minha dor que me deixa assustada e incomodada assim.  Tão preocupada que me faz buscar me conhecer mais... Preciso parar pra sentir o quanto estou machucada  e preocupada comigo mesma.  O que poderia ser que jamais fui convidada a pensar  ou nunca me encorajei em mim diante da incerteza?  Solidão ao ter como mulher me perdido  E procuro compreender agora como é isso  Com meu ser pedindo pra ser mulher  Que nunca fui como gostaria de ter sido Já que nunca encontrei em mim  E em alguém que me conquistasse. Nem digo isso num tom de dependência  E sim, de completude com meu ser  Porque não conhecia nem via meu ser  Pra pode

Arco e Flecha

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  Curtindo a brisa do amor que tanto me preenche na calada da madrugada.  Abrindo o baú de cartas que tanto me dei na ânsia para que eu escreva quando estiver apaixonada.  Permitindo ao amor e aos desafios advindos da convivência em cada carta entreaberta. Sentindo o fluir do que quer que tenha acontecido ganhar sentido ao me acertarem como flecha.  Abrindo o arco com os meus sonhos de ser amada que são o que me motiva a escrevê-las. Curtindo a reciprocidade ou odiando a impessoalidade em cada parte de cada carta ao concebê-las. Permitindo tocar em minhas cartas percebendo a textura, a cor, o tom, o jeito e o sentimento. Sentindo respeito à minha história entreaberta num baú e hoje vejo: quem mais quero escrever é para ti, e, a partir dessa intenção de ser sua mulher e humanamente querer ser amada de corpo e alma aqui, eu me entrego a esse momento tão seu e tão meu, tão nosso, que inicia, percorre e se encerra com a mesma ternura e loucura de perceber o quanto em uma carta tem tanto q

Confie

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Eu vejo uma menina No balanço Com tranças no cabelo Desejando que alguém Apenas confie nela, A fazendo se sentir sob as nuvens, Atravessando o rio, Quase caindo da árvore A que imagina estar apoiada Olhando do alto tudo em volta. Depois de tantos xingamentos, Depreciações, Ofensas e comparações, Ela só quer silêncio Para manter seus sentimentos De como ela ainda pode confiar em si mesma Ao olhar para dentro. Ela se balança Com os cabelos voando, As lágrimas se derramando Pela sua face E molhando suas bochechas rosadas Que caem sob o seu colo. Ela é uma mera menina sob o balanço Que só queria que alguém confiasse nela, Em sua capacidade de voar Como uma borboleta e de viver... Mas ela relembra de certas hostis vozes E percebe que se não estão prontos para confiarem nela Que precisará de mais forças ainda Para confiar em si mesma. A menina, então, ao se conscientizar disso Se joga tanto para frente No balanço Com tamanha força Que ela chegou tão alto Como se estivesse no topo de uma árvo

9 Lágrimas

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Idelvan Reis Oliveira (Brasil, Maranhão) Menino tristinho deixa cair de fininho 9 lágrimas escondido do seu pai que o havia proibido. Menino com o rosto avermelhado percebe seu pai irritado porque "não é uma menininha extremamente fraca e bobinha". Menino exausto de manter-se falso na presença paterna que impunha uma rigidez interna. Aos poucos, o menino acostumou a ter um coração que congelou já que só sabe sentir raiva em agressões e baixas palavras. Menino raivoso se definiu monstruoso como um rótulo cristalizado para carregar ao seu lado. Até que num dia, o menino chorou mais 9 lágrimas sendo o maior milagre das lástimas porque não pôde deixar de se emocionar, quando viu seu pai com o rosto vermelho de tanto chorar... Comentário: Essa poesia foi inspirada no desenho acima. Fazia tempo que não escrevia em cima de desenho. Esse desenho é lindo, profundo e comovente. Página de Idelvan Reis Oliveira, o desenhista:  https://www.facebook.com/

Querida Jardineira Amiga

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Querida Jardineira Amiga, meu pai está de vigia porque não quer que namore com quem eu quero já que acha que está fazendo isso para o meu esmero. Me sinto tão triste pela liberdade que resiste como um direito meu embora qualquer consequência que são por mim aceitas ao escolher perder a inocência... Me parece, jardineira amiga, que ele se preocupa com o meu futuro quando for adulta E quando ele precisar descansar já que infinitamente ele não vai durar. Me parece, jardineira amiga, que ele quer confiança ao ver sua filha com alguém de segurança em que respeite sua saúde, corpo e dores assim como a ame como você ama essas suas flores. Mesmo com sua maior experiência, por quê meu pai acha que pode escolher melhor quem é mais adequado para eu amar e viver? Será que ele acha que não possa fazer a minha escolha por ser frágil, inocente e mais tola? Estamos aqui seja na cidade seja no interior e ainda muitos acham isso mesmo com a dor de muitas mulheres que tem

O Menino de Macacão

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Por Andres Orpinas (Chile) O menino de macacão com sua vara de pescar e com grande vontade no coração vai trabalhar para sua mãe ajudar... Com sua idade estreita e sua sombra enquanto passa, o menino carente sai de casa mal saindo das fraudas. O menino percebe que a vida não é só brincadeira e alegria.  Ele logo largou a bola e o pião quando viu sua mãe chorando de preocupação. Seu pai não dá notícias.  Seu irmão bebê ainda dela precisa.  Então, o menino valente de macacão  sai para pescar sem olhar de hesitação.  Os caminhos da vida  não são o que imaginava quando só na lagoa brincava e com as outras crianças nadava.  O menino pede a Deus para que proteja os seus enquanto, naquela trilha, dá um passo de cada vez até voltar para casa e a alegria no olhar de sua mãe ver.... O menino de macacão  emociona o coração da mãe que vê seu menino amadurecendo num responsável caminho...  Referência: Inspirada na música m

O Menino Marcado

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O menino chora.  O que fazer agora? Assim que chega em casa,  Ele sobe na cerca em busca de calma.  O menino tanto relembra e pensa  em que fazer com a sentença Que dita ser incapaz simplesmente De ter uma vida normalmente? O menino se isola.  No quintal de casa, adora Ficar sozinho sem ninguém o criticando Sentado em cima da cerca observando o dia ruim terminando... É uma alegria A companhia Das árvores, dos animais e de Deus Que sempre ouviam o silêncio e grito seus... Voltava para casa roxo de pancadas! Voltava para escola com mais doloridas marcas! Marcas físicas e psicológicas que o deixava prisioneiro  Sem conseguir confiar em si mesmo.  Ele gostava bastante daquela cerca Pois assim como ela, ele estava na mesma:  À espera de que tudo melhore.  Ele sentia pelo amor fome!  O que é o amor se não me mostraram? O que é a união se só me humilharam? Será que devo morrer criança  Ou será que existe ainda um fio de

Pescador da Esperança

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Pintor Richard MacNeil (USA, Massachusetts, Worcester) O menino pescador Busca a esperança para sanar a dor No lago com o seu cão tão parceiro que o espera ao seu lado sereno. Comentário: Homenagem ao Dia do Pescador 29 de junho.

Rabo de Cavalo

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Por Andres Orpinas (Chile) A menina de rabo de cavalo À sua casa lança um olhar calado. Ela mergulha em seus bloqueios e medos Que a impedem de rever seus lamentos. Ela teme encarar o medo a cada segundo. Presa à sua casa de modo profundo, Ela observa imóvel atentamente A sua vida passando lentamente. A menina de rabo de cavalo com olhar triste e preocupado Chora sem controle nem receio por se permitir encarar o seu desespero. Ela nao se vê capaz De construir sua paz E ir para qualquer lugar Sem a força do seu desejar. De tanto as pessoas a subestimar, ela também passa a se boicotar e teme teme teme a vida o que a deixa numa melancolia.  Ela caminha balançando  seu rabo de cavalo assim como a esperança oscilando para o futuro ao seu lado.  Referência: Poesia inspirada na obra de Andres Orpinas. 

Mocinha de Tranças

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Mocinha de tranças, ainda tenho esperanças de que vai voltar para comigo namorar. Mocinha de tranças, nós tínhamos uma forte aliança!? Por quê resolveu me abandonar? Por quê não pôde mais me amar? Agora eu sou escravo do meu passado... E você é escrava da minha mágoa. Mocinha de tranças, lembro bem do tempo que éramos crianças. Agora, no escuro, estou sozinho e triste porque você em mim ainda persiste.  Mocinha, que preenchia meu mundo, partiu num longo segundo e agora permanece a dor da sua partida e o amor envolvido com a prisioneira melancolia. Eu mergulho no rio profundo da minha dor pela vida planejada com nosso amor ter sido impedida de ser vivida...  A solidão obscura do coração ansioso por amor entende o seu direito de decisão e então, se permite escolher também em ir a procura de uma nova cor. Quero uma nova cor que acolha meu dolorido coração e que abra espaço para uma nova emoção dando adeus àquela, que decidiu

A Menina e o Esquilo

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A menina cumprimentou o pequeno esquilo Que passava na floresta solitário e faminto. A menina de touca roxa não era rica, Mas compartilhou com o esquilo sua comida. Comida repleta de carinho A um esquilo tão tristinho. Mesmo com tão pouco a comer, Foi o suficiente para o esquilo se fortalecer. Ela o ajudou com a boa vontade, com a verdadeira caridade, nada em troca a esperar somente queria ver o esquilo melhorar. O esquilo a agradeceu E ela contente por ajudá-lo respondeu Que gostaria de lhe dar um abraço já que não era o único a ser solitário. Logo, a menina e o esquilo Seguiram como grandes amigos Que doavam um ao outro atenção e carinho que seus distantes pais haviam repelido. Como a menina e o esquilo muito bem se faziam, Eles decidiram que irmãos de coração seriam Porque é possível construir no presente novos vínculos que podem ser incluídos no nosso caminho nos mostrando que nunca estamos sozinhos. Se o esquilo é realmente uma boa companhia, os

O Menino de Chapéu

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O menino de chapéu toda manhã vai admirar o sol que nasce como a felicidade a acompanhar a casa da adversidade em que ele deve entrar mesmo que sua sanidade ela vá ameaçar. O menino observa de longe o sol e suas dores sentado num barril repleto de flores como a felicidade que sempre pode ser encontrada se lembrarmos de observar o Sol atrás da nossa casa. O menino de chapéu está pensativo: O que é a Dona felicidade? Qual é o seu sentido? Como uma emoção temporária, agora ela vai e vem? E quando o espírito evoluir, um dia só vem? A casa da dificuldade torna impossível ver o sol na realidade? Somos escravos do sofrimento, pois o mundo endurece os bons sentimentos? Somos completamente vulneráveis a dor? Se sim, seria impossível ser feliz e sentir o puro amor... Afinal, a casa da adversidade nos deixa em lamento e/ou nós lamentamos pela casa da adversidade? O menino de chapéu busca o equilíbrio para viver seu caminho: sente, no seu tempo, a dor do mundo e dep

Nós Brilharemos

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  Imagine uma senhora Que se acha horrorosa. Não quer sair de onde mora. Vive presa como uma criminosa. Todo disfarçado sorriso Tem um motivo. Todo insensato sacrifício Tem um princípio. Essa garota se sente tão feia Que transformou sua casa numa cadeia. Essa garota se sente tão insegura Pelo que falaram dela na escola e na rua. "Dragão!" "Aborto!" "Frangona!" Que ódio! Que vergonha! E agora não é por si amada Por acreditar que é de fato uma "baleia encalhada". Dói que essa meiga menina Esteja perdida em si e entristecida. Quem ofende, antes foi ofendido E do padrão da beleza está definido. Como você se sente com o seu corpo? A partir do seu próprio olho! Não do outro! Ao refletir consigo mesma, a luz se aproxima. Essa garota se arruma e, se quiser, se maquia. Ela vai sair, se aceitar e dançar muito! Ela vai mostrar a si mesma ao mundo! Brilhando, chamará a esperança Para bailar a noite inteira como uma criança!

A Menina de Maria-Chiquinha

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Pintura do chileno Andres Orpinas A menina de maria-chiquinha  Espera receber toda noite e dia  Uma cartinha, uma notícia  De quem está longe da sua vida.  O Sol se põe devagarinho.  Os animais nas árvores vão dormindo.  E ela permanece ali pela esperança de não haver perda  Pela grande saudade que a deixa cada vez mais pequena.  A pequena menina chora silenciosamente.  Tanta é a solidão que ela fica doente.  Mas de repente surgem na sua caixa de correspondência flores  E um doce aroma que ameniza suas dores.  As rosas trazem a primavera.  As rosas a acompanham na sua ansiosa espera  de quem partiu, pois só quando voltar,  ela se permitirá para a casa retornar  Com as lágrimas autorizadas a secar.  Com o aroma calmante, as rosas a fazem entender  Que ela deve da cerca descer  Para que dessa dificuldade sobreviva  E possa mais madura continuar a vida.  A menina, que se sentia sozinha e medrosa,  finalmente percebeu  que Deu