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Mostrando postagens com o rótulo morte

O Apagar das Luzes - Dueto de Leonardo Andrade e Beatriz Nahas

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A morte para ser aceita na existência Por uma criança que perdeu sua avó querida É possível se reconhecer na essência A finitude e a sua angústia durante a vida. A morte, única certeza nesse mundo incerto Destino incontornável que ninguém quer chegar perto Quebra normalmente abrupta do caminho aberto A transmutação do cultivado jardim no árido deserto. A morte, cerramento das cortinas, apagar das luzes Eteriza-se em epitáfios, sepulturas, jazigos e cruzes Representada por véus, mortalhas e sombrios capuzes Adornada por coroas e corbelhas de flores ou simples urzes. A morte quer ser lembrada, Mas nós a mandamos ir embora... Ela não tem como ser impossibilitada, Quando é chegada a sua hora! Comentário: Agradecimentos ao  Poeta Leonardo Andrade.  Uma grande alegria a nossa colaboração nesse dueto. Em sua página abaixo, ele muito contribui para a poesia também. Acesse:  https://pragmatha.com.br/produto/graos-pensamentos-vaos-e-desvaos/

Vindo Das Cinzas

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Do pó ao brilho a transcender, Do morrer ao renascer, Do fim ao recomeço adiante, Do passado ao instante... A fênix renasceu das cinzas como eu que me via em ruínas e transcendi reencontrando-me ao sondar a fumaça que exalava do meu corpo em plena brasa. A culpa me enclausurava no passado. A agonia incendiava um eu amortificado sem forças por olhar tanto para fora com mais valor em detrimento do meu mundo com menos cor. Foi assim por anos e anos a fio sem conseguir me dirigir pelo rio, mas de certa forma, renasci e me encontrei comigo mesma percebendo a vela, mesmo que discreta, ainda acesa. Eu precisei de coragem porque encarei de vez a sondagem inundada pelo fogo para o observar à espreita e para o vivenciar dentro de mim, dilacerando-me, sendo refeita. Do carvão e do pó, eu percebi a minha força que me preenche aqui não havendo nada agora que possa derrubá-la, desde que fui, com o passar da terapia, transformada. A fênix ressurgiu como o sinal de vida sentiu percorrer minha alma

Sacrifício Aceito

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 Quem me dera partirmos juntos poder... Mas se não der para escolher EU prefiro eu sofrer Sua morte do que você  A minha porque A dor é tamanha sem você viver... Inspirada no Victor Frankl   pintura por edvard Munch "Separation"

Batida Contínua

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Deitada na cama Tentando dormir  coloco meu ouvido no braço de um jeito que posso ouvir A batida do meu coração. Agradeço a ele por bater sempre todos os anos da minha vida. E peço perdão a ele por estar agindo e pensando coisas horríveis contra a sua batida. Converso com meu coração e ele diz o quanto anseio as coisas além do possível tempo e o quanto como aprendiz me subestimo O poder da minha mente que não acredito. Ele me responde continuando batendo No seu ritmo normal mostrando que a vida ainda não acabou para mim. Tem muitos rumos para eu me prender assim. Eu escuto meu coração e vou pegando no sono lentamente serenamente Me aconchego nas cobertas E sorrio na certa procurando dar a mim uma segunda chance de ir ao meu alcance. bum bum bum bum... Ainda escuto a sua batida... Ela me diz: Vida.

Tsunami

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Vejo diante dos meus olhos O que parece ser um pesadelo Arrastando consigo diversos destroços uma onda gigantesca do medo. É esta a realidade dos seres humanos! Ao a evitarmos, até queremos ser insanos, mas chega uma hora que precisamos ceder, pois algumas coisas frustrantes podem vir a acontecer. Não tenho controle para evitá-la. Eu até deveria para ser chamada de super-heroína, mas eu apenas observei a ruína. Em meus olhos, vejo uma onda gigantesca de destroços E percebo a interna e externa ruína que me fazem sentir viva. Me vi como eu sou naturalmente. Me senti frustrada primeiramente quando era consciente engolida pela onda esmagadora da vida. Mas depois percebi um outro lado e me deparei com o meu eu de fato que tem limites e é humanamente impotente de evitar passar ondas gigantescas na minha frente... Imagem do filme "Impossível"

O Trem da Loucura

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Chegou o trem da loucura para abastecer o hospital da cura da anormalidade que assusta a cidade e que quer se ver longe dessa demoniedade. Um por um desce do trem Pensando que vão ter uma saúde do bem, Mas só como doentes são vistos e punidos Por não serem pela sociedade bem compreendidos. A raiva ou a tristeza era justificada pela existência de algum transtorno ignorando a social violência que eram tratados dia após dia de quem desconhecia a empatia. Negros, alcoólatras, necessitados, Putas, gays, aleijados, Desciam do trem para o manicômio Como num holocausto mórbido. Categorizá-los por doentes mentais Pelo que seriam cidadãos "anormais" Foi tão perigoso e preconceituoso em vários níveis justificando tratamentos nos primeiros hospícios bem insensíveis... Lobotomia ou solitárias para quem não obedecer, Dopa ou castigos físicos para quem se enfurecer Já que deviam aceitar serem um zumbi que não tem roupa, não come, não sente nem sorri. Pela superlotação, as pessoas dormiam em

Sara Punida

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Sara Punida ( prosa poética/ conto) Sara tenta esquecer o que aconteceu, mas não é possível porque as lembranças estão na sua mala como roupas amarrotadas. As roupas dão indício do que fez e de onde esteve. Mas a mala está trancada. Ninguém pode saber... Sara não contou diretamente para ninguém o que aconteceu por puro receio do que pudessem dizer. Com certeza, a julgariam e não a entenderiam, mas é a verdade: Sara viu a morte... As roupas dela estavam encharcadas de angústia ou culpa. Sim... Seria possível?! Podem-se dizer que as roupas dela estavam encharcadas do sangue que escorria do seu braço auto-mutilado, violentado, punido por agir... Afinal, quando errava, merecia ser punida... Tão insuficiente assim não queria mais viver... Mas Sara só conseguia ver que estava encharcada de angústia ou culpa. Sara tentou se matar e chegou a ver a morte de muito perto. Ela guardou no armário do seu quarto escuro seu segredo numa mala trancada pela vergonha de confessar seu desejo de se matar.

Dois Ambulantes

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O arrepio do seu amor corria no meu corpo frio que percorria Uma sensação que socorria O corpo vazio que quase morria. A escuridão do quarto pequeno Era como um copo de rum com veneno. Nos usávamos para nosso prazer satisfazer Até o Sol aparecer com o amanhecer. A entrega à escuridão Pela alma em depressão É transformada à entrega a essa paixão Sem base, sem consciência nem razão. Minha pele fica arrepiada ao fantasiar Os momentos no quarto do desejar. Mas o nosso amor era um sinal de vida Aos ambulantes da melancolia. Pena Que a centelha De vida Dependente vivia. E com o fim, agora Em nós, é chegada a hora De nos acabar ou da vida encontrar O pulso de si em outro lugar... Essa música foi inspirada inicialmente por incrível que pareça na música do RBD chamada "Ser o parecer". É a minha primeira poesia gótica.

Legião da Montanha

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DefesaNet Com a bravura da lança, Vamos ser guiados pela chama A caminho da montanha ao Leste Juntos abraçados sob o Sol celeste. Queimaremos em parceria! Batalharemos com valentia! Serviremos em silêncio! Honraremos o momento! Filhos dessa pátria, vamos nos defender De qualquer ameaça a nos enfraquecer! Enquanto marchamos juntos em tempos ferozes, Cantamos sentindo a força das nossas vozes! Respiremos, parceiros de guerra, num momento Porque compartilhamos do mesmo sofrimento. Rezemos, parceiros de guerra, para que do nosso lado Estejam os deuses das montanhas que querem o bem do povoado…     Não nos renderemos ao medo, nesses tempos penosos, Porque, com a força das montanhas, sangraremos fervorosos. Afiemos a espada de marfim encorajando a nossa alma A lutarmos determinados por cada vida que batalha. Seja na Vitória, seja na derrota,  Cada lágrima que, em nossa face, se brota Será pelo sentimento de pertencimento a Legião

Margarida a Vovó

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Zelmer Lee Bogle (Estados Unidos) Vó Querida, receba essa margarida aonde você estiver e quando você puder. Ontem, partiu desse mundo nos deixando com um sentimento profundo de saudade e de tristeza embora a gente entenda a humana natureza. A morte é inerente à vida. A morte não é o fim, minha querida. Espero que essas palavras a confortem. Aonde você estiver, que a consolem. Te amamos e a você agradecemos por todo o trabalho pela família que nascemos. Te amamos e a você oferecemos essa margarida enquanto a você rezemos... Referência: Não fiz inspirada na música, mas tem uma música linda da Maria Gadú à sua vó que faleceu e que vale a pena ouvir numa situação como essa.

A Perspectiva e o Tempo

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Edvard Munch, O Grito (Europa, Noruega) Quantas possibilidades podemos fazer da nossa realidade? A vida apresenta tanta dificuldade que, às vezes, por não sermos super-heróis de verdade, achamos que se morrermos, vai acabar o sofrimento, mas será que tem alguma forma de enfrentarmos com glória de modo diferente de tudo o que já foi tentado e que evidentemente deu errado? Será que dependendo da perspectiva, podemos salvar a nossa vida? Será que se algo fosse ressignificado, se algo fosse redimensionado, num tempo pessoal e incerto, Você se veria mais de perto? Será que é de tempo que pode estar precisando você mesmo? Será que se você se desse mais um mês ou um dia e o utilizasse de modo diferente bem faria? Por quê queremos um pai, uma mãe, um dia, um mundo, ser perfeito se iludidos acabaremos? Por quê queremos tudo controlar e nos condenamos se fracassar? O que é fracassar se podemos aprender se de outra forma pudermos olhar Por isso, te pergunto: se

Flor da Viúva

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Zelmer Lee Bogle - The Rose Artist (Oklahoma, USA) Ao redor, branco: Nos ombros, um manto; E a flor na mão, um encanto. Nela: Vestido preto, Pensamento denso E o Luto intenso de dentro. O pesar busca algo para se refugiar Seja uma flor pra cheirar seja um xaile pra enroupar. Lágrimas de saudade De uma distante realidade Expurgam sua tristonha face. O pesar insiste em não partir Enquanto a viúva não o sentir Pois ele morre de vontade de sair. Sentir, elaborar e ressignificar Uma vida, uma perda e o amar Para a vida conseguir continuar... Pela sua perda, A viúva deixa Que o sorriso se perca. Ela acha que a alegria, de certa forma, é proibida E do pesar é submissa. A perda deixou um vazio Tão grande que sumiu A vontade de viver sem quem partiu. A viúva cheira a flor E se condena com tanta dor, Pois foi irresistível sentir por ela amor... A flor com sua intrínseca beleza fez a viúva reconhecer na natureza que não há apenas dor pela

Não Precisa, Cara...

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güzel (Europa, Turquia) Eu já tô te paquerando, Brincando, Olhando, E Desejando. Maravilhoso homem Desde o físico ao nome, Desde a conversa ao carácter, Desde a filosofia a simpatia. Cara, já estou na sua Enquanto conversamos na rua... Mas para mim, não precisa estar fumando Para eu acabar me interessando. O que me importa É como se comporta Para falar comigo, Como é gentil e prestativo, Como quer conversar sobre tudo Para conhecermos nossos mundos. Quero ver sua presença. Quero ver sua essência. Não preciso ver um cigarro na boca Para eu te achar sexy e me deixar louca. Não é preciso, querido, Somente, por favor, converse comigo... Poesia bem simples e atrasada feita para o dia do combate ao fumo. (29/08) A intenção do post é informar sobre as principais consequências em homenagem ao dia do combate ao fumo de forma que as pessoas que fumam, se quiserem fumar, que fumem porque é escolha delas, mas que escolham sabendo das consequências disso. Algum

Além desta Vida

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Com o olhar marejado, Com o espírito emocionado, Escrevo a você essa poesia, Pois sempre foi importante na minha vida... Tantos momentos vivemos entre a agonia e a alegria… Tantas dores, dificuldades, Tantos amores, preciosidades, Tantos filhos, netos,... enfim, uma linda história Que enfrentamos juntos com glória! Por outro lado, não conseguimos deixar de considerar Que o corpo eternamente não vai durar… Porém, nossas almas são eternas como o amar… Sentimentos e personalidade não tem seu fim, Quando o corpo biológico deixa de existir… Por isso, não sabemos, Mas seja quem for primeiro, Quero que se sinta acolhida, Pois sempre será minha amada querida… A saudade vai nos fazer juntos fisicamente querermos estar, apesar de espiritualmente estarmos ainda e de novo quando menos esperar... Por tanto, escute, o nosso amor ultrapassará qualquer dificuldade... Estaremos juntos na eternidade! Não se preocupe, querida! Viva livre, sem dívida e tranquila. O nosso amor é além desta vida… Magníf

Essa Flor

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Te ofereço essa flor Como um símbolo do meu amor Por onde quer eu vá… Eu sempre vou te amar… Comentário: Poesia dedicada ao Dia dos Avós e para um projeto que estou fazendo em fazer mais poesias destinadas aos idosos que é um grande público do blog e amante de poesias. 

Sem Limites

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Meu querido, Nós não nos limitávamos… Nós realmente dançávamos Sem critérios nem limites. Seja onde for, continuarei assim: Corajosa mesmo mais próxima do fim… Referência da pintura:  Mohammed Khair-Eddine. Marrocos, Tafraoute, Egito Comentário: Poesia dedicada ao Dia dos Avós e para um projeto que estou fazendo em fazer mais poesias destinadas aos idosos que é um grande público do blog e amante de poesias. 

Homossexualidade não é Doença

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Desenho de Ziam Mayne A minha homossexualidade É impossível de ser curada, Pois não é uma enfermidade Que possa ser tratada. Não é uma escolha sentir por quem sente atração. Não é uma escolha ser  homossexual como costumam dizer. É escolha, sim querer assumir ou não viver se escondendo de si. É escolha, sim os desejos refrear ou os medos enfrentar... A desconstrução do que é o certo Socialmente deve ser feita com esmero. O que diminui o sofrimento é não se ver como alguém cometendo um erro.  Se achamos que estamos cometendo um pecado pelo que os homofóbicos dizem ser errado, Nós não nos assumiremos E por não podermos ser quem somos sofreremos. Que possamos nos libertar dos nossos preconceitos Nos amando como somos primeiro Que só assim vamos aceitar que o outro também deve como é se amar. Sou quem sou Independente de quem for. Busco ser íntegro e forte Mesmo que alguém adie a minha morte. Embora tenha sido ass

Holocausto dos Pacientes Indigentes

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Os loucos devem ser marginalizados Para a segurança dos bem comportados. Os loucos devem ser como bichos tratados Pela razão e instinto estarem descontrolados. Os loucos devem ser levados Por trem a um lugar especializado Já que não se sabe o que fazer Com quem faz a sociedade querer esconder. Negros, alcoólatras, Necessitados, Putas, gays, alejados, Devem subir no trem para o manicômio Como num holocausto mórbido. Lobotomia ou solitárias para quem não obedecer, Dopa ou castigos físicos para quem se enfurecer Já que devem aceitar serem um zumbi que não tem roupa, não come, não sente nem sorri. Um por um desce do trem Pensando que vão ter uma saúde do bem, Mas só são punidos Por não serem pela sociedade bem vistos e entendidos. Categorizar um doente mental Pelo que seja normal Pode ser perigoso em vários níveis justificando tratamentos tão insensíveis... O respeito se vê por trás das minhas ironias Que, durante tanto tempo no Brasil, era o pensam

Escada Rumo ao Olimpo

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Uma senhora vestida com seda, Maquiada e com coroa na cabeça Chega no plano espiritual depois de desencarnar Com a consciência pesada pelo tanto a aprontar. Ela pega a sua carteira E na maior inocência, Pergunta para quem tiver mais perto: "Quanto é para comprar uma escada de ferro?" "Quero uma escada para o paraíso Porque sou rica e ficar aqui não é preciso. Por ser como uma majestade, Devo ser tratada como uma autoridade." "Posso comprar com ouro Qualquer tesouro! Nada é impossível para mim. Diga quanto custa para não me sentir pesada assim?" Riram da cara da requintada Pela bobagem do que ela falava. Responderam a ela: "Comprar sentimento genuíno de paz, minha senhora, infelizmente, ninguém é capaz. O sofrimento vem junto A partir do que fizemos ao mundo. A consciência tranquila é consequência Da atitude ao mundo com benevolência. O ouro não é capaz de comprar Uma escada ao paraíso. O ouro não é capaz de lhe dar

Quarto Vazio

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Pintura de Van Gogh Naquele quarto, tinha na lateral direita uma cama amarrotada Com dois amarelados travesseiros e uma coberta avermelhada. Naquele quarto, tinha também uma mesa com mantimento Entre duas cadeiras direcionadas ao local de adormecimento. Na parede, tinham quadros, roupas, Uma janela, toalhas e toucas. Eu vivia naquele quarto. Aquele era o meu espaço. Agora que eu parti, Como está tudo por aí? Será que meu quarto esvaziou? Será que numa cozinha virou? Quando ali dormia, Idiotamente sentia Que ia sempre ser o meu quarto E o meu reservado espaço. A vida é repleta de idas e vindas E de mudanças de planos e rotinas Pelo movimento ser sua característica Já que é de modo contínuo que a vida é gerida. Para que a surpresa não te pegue desprevenido, Compreenda que a mudança é possível em seu caminho. Viva com os olhos abertos! O futuro do que vê é incerto! Como nada é cristalizado, O seu quarto, que está sendo por você agora utilizado, Pode s