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Mostrando postagens com o rótulo Depressão

Querer Por Perto

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  Fecho os olhos e sinto a água caindo E seus lábios vindo  percorrerem o meu íntimo...   Abro os olhos e lamento porque não te vejo comigo,  mas está aqui dentro até que tento  sussurrar algo daqui no seu ouvido...   Você conseguiu sentir daí o sussurro? Um murmúrio de amor nem que seja num susto? Espero que sinta o poder do nosso amor  ao te chamar para mais perto sem pudor.  Ainda não chegou a hora de nos vermos infelizmente, mas te imagino aqui pela saudade em minha frente.  Vou fazendo meus afazeres, mas de repente,  penso em nós quando tomarmos banho juntos deliciosamente. Entrelaçamos nossas vidas tentando caminhar sem (tanto) medo. Ensaboamos nossas costas em que carregamos tanto peso. Enxaguamos nossos troncos e ombros  Entre beijos e abraços,  entre ensejos e afagos.    Depois, conversamos durante a noite inteira.  Quem sabe, fazemos com pipoca um cinema cobertos pelo cobertor  de calor, prazer e amor.    E quando fecharmos e abrirmos os olhos, espero  que estejamos de corpo,

Quintal Meu

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No meu quintal, Há sujeira? Ele é sujo? Não, no entanto. Ele está sujo? Talvez por enquanto Porque o que é de fato a sujeira? São coisas existentes restantes Que a dona de casa descarta Da sua percepção de utilidade... O que tem no quintal? Tanto que não sei descrever... Coisas, atreveria dizer. Rsrs Coisas que invadem a mente e o corpo Sem serem convidadas. Elas simplesmente se instalam. É culpa do quintal? Não. Há de se dizer que tem sua parte de responsabilidade Mas nao por ser sujo; por necessitar ser limpo E tirar tais coisas Que não parecem úteis Para mim... E tão intrometidas que me sinto tão impotente Principalmente quando o veem doente E me totalizam pelo julgamento do meu quintal ser sujo, Mas a minha casa é muito maior do que um quintal... Ela é muito grande que não tem como ser reduzida ou rotulada. Pode até tentar se sentir no direito, Mas eu me vejo inteira e sei quem eu sou! E eu não sou um doente quintal sujo!!

Vindo Das Cinzas

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Do pó ao brilho a transcender, Do morrer ao renascer, Do fim ao recomeço adiante, Do passado ao instante... A fênix renasceu das cinzas como eu que me via em ruínas e transcendi reencontrando-me ao sondar a fumaça que exalava do meu corpo em plena brasa. A culpa me enclausurava no passado. A agonia incendiava um eu amortificado sem forças por olhar tanto para fora com mais valor em detrimento do meu mundo com menos cor. Foi assim por anos e anos a fio sem conseguir me dirigir pelo rio, mas de certa forma, renasci e me encontrei comigo mesma percebendo a vela, mesmo que discreta, ainda acesa. Eu precisei de coragem porque encarei de vez a sondagem inundada pelo fogo para o observar à espreita e para o vivenciar dentro de mim, dilacerando-me, sendo refeita. Do carvão e do pó, eu percebi a minha força que me preenche aqui não havendo nada agora que possa derrubá-la, desde que fui, com o passar da terapia, transformada. A fênix ressurgiu como o sinal de vida sentiu percorrer minha alma

Um Escolher...

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Quero te sentir em mim... Não é apenas um querer, dever ou poder... Eu preciso te dizer assim  que chegaria a ser um escolher... Consciente do que posso oferecer,  eu não me apequeno mais no mundo para com minha própria companhia viver, mas me agraciaria se fosse com você.  Eu relutei para me sentir segura para poder assumir um compromisso  que comprometa o meu futuro,  pois não me via tendo um nem por um segundo.  Deprimida, eu não me via um dia feliz.  Solitária, eu não me via acompanhada. Precisei de um tempo para me conectar  com o meu sol interno antes de alguém me aceitar.  Com todos os sentimentos diversos que virão,  não os julgo, os observo como partes do coração, os aceito em sua significância para eu agir por mim e por escolha própria, poder escolher alguém simplesmente assim.  Ainda estou o conhecendo e com o tempo mais vou percebendo  o quanto é fácil sem mais depressão  me imaginar ao lado como coração de um outro coração...   Antes de dormir, com o ouvido no braço, a bat

Doçura num Licor

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E quando estava chorando Horas e horas triste pensando Que ninguém iria querer ficar me namorando, Você já estava me procurando. E quando estava na fadiga Querendo desistir da vida, Pois ninguém me compreenderia, Te escutando vejo que me equivocaria. Suas palavras são doces Como licor de chocolate Que me delicio devagarinho Como se viesse de mansinho. Tomo esse licor Como adentra-me o amor Numa doçura que amolece a alma Perceber o coração em calma. Para o novo, te desejo claridades, Como diria Aline Wirley, no olhar. Seja quem for que possa estar, Estou aberta às possibilidades. Eu estou bem comigo mesma. E só me percebo nessa fortaleza Pelo processo de autoconhecimento Que me proporcionou esse apaziguamento. A partir do meu mundo aceito, Quero conhecer o mundo alheio Que percebo com uma doçura ao estar disposta A receber esse novo elo que nos envolver se possa... Nada é censurado ou proibido Para o universo convidativo Ao aceitar o amor que vem das almas E a compreensão das suas doces

HUMANA

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HUMANA Cansei de pensar Em como Minha angústia Precisa ser tratada Como se fosse errada... Sabe o que é fazer uma escolha Sem poder sentir angústia? Ainda mais angustiante. Kkk A angústia existencial Vem a ser possível Nessa minha crise individual Que me convida a pensar e sentir Coisas que antes queria fugir. O momento que estou vivendo É de transição a um outro modo de ir percebendo O ser humano que observa a diversidade E não mais tenta se encaixar num sistema como normalidade. Se a normalidade é não se angustiar, Então a anormalidade é se angustiar? QUEBRA DE PARADIGMA. Ao invés de pensar no que seria normal, Por quê que não focamos em compreender a angústia existencial Ou diversos outros sentimentos que temos e associar com nossas necessidades Que possam despertar no nosso dia a dia uma completa observação da nossa vida?! A Culpa se esvai... A angústia vem. Por que do que vou me culpar, Se o que sinto eu posso valorizar? Aquilo que não atendi a mim ou ao outro, posso vir a me ent

Recuo da Solidão

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  Segredo Disfarçado  quer ser expressado: o desejo de partir por só me sentir... Longe minha alma voa  e disparada não me perdoa  quando quer encontrar  um sinal de vida para continuar... Agora a solidão ataca  devora, entristece e mata  o sinal de vida sobrevivente  que vai morrendo em minha mente.  Sozinha aqui na multidão  tento me explicar em vão, mas meus receios parecem patéticos, mesmo que sejam tão discretos.  A desesperança faz buraquinhos  no meu caminho sem vizinhos que possam me ajudar a me levantar.  Não preciso de ajuda.  Encaro sozinha a luta.  Porém, percebo que é ilusão, pois só faz sentir mais só o coração... Pintura: Edvard Munch (Noruega)  Centro de valorização da vida - Ligue 188

Batida Contínua

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Deitada na cama Tentando dormir  coloco meu ouvido no braço de um jeito que posso ouvir A batida do meu coração. Agradeço a ele por bater sempre todos os anos da minha vida. E peço perdão a ele por estar agindo e pensando coisas horríveis contra a sua batida. Converso com meu coração e ele diz o quanto anseio as coisas além do possível tempo e o quanto como aprendiz me subestimo O poder da minha mente que não acredito. Ele me responde continuando batendo No seu ritmo normal mostrando que a vida ainda não acabou para mim. Tem muitos rumos para eu me prender assim. Eu escuto meu coração e vou pegando no sono lentamente serenamente Me aconchego nas cobertas E sorrio na certa procurando dar a mim uma segunda chance de ir ao meu alcance. bum bum bum bum... Ainda escuto a sua batida... Ela me diz: Vida.

Tsunami

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Vejo diante dos meus olhos O que parece ser um pesadelo Arrastando consigo diversos destroços uma onda gigantesca do medo. É esta a realidade dos seres humanos! Ao a evitarmos, até queremos ser insanos, mas chega uma hora que precisamos ceder, pois algumas coisas frustrantes podem vir a acontecer. Não tenho controle para evitá-la. Eu até deveria para ser chamada de super-heroína, mas eu apenas observei a ruína. Em meus olhos, vejo uma onda gigantesca de destroços E percebo a interna e externa ruína que me fazem sentir viva. Me vi como eu sou naturalmente. Me senti frustrada primeiramente quando era consciente engolida pela onda esmagadora da vida. Mas depois percebi um outro lado e me deparei com o meu eu de fato que tem limites e é humanamente impotente de evitar passar ondas gigantescas na minha frente... Imagem do filme "Impossível"

Autossabotagem

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Minha mente insiste Em me deixar triste Pensando coisas terríveis contra mim Como se não conseguisse fazer nada assim.  Sinto uma melancolia Que arrasta meu dia Ao ouvir uma suspeita De que estou presa. Meus medos estão descontrolados Me prendendo em planos não realizados. A ideia de ser tudo impossível Me prende em uma corrente invisível. Ou talvez esteja num cárcere horripilante Ouvindo vozes exaltadas aterrorizantes Contra meu próprio mundo. Me sinto num breu imundo! Ou talvez esteja amarrada Por cordas alongadas e apertadas Ou quem sabe por camisas de força Para conter minha vontade louca. Medos traiçoeiros como venenos Me traem dos meus objetivos Me empurrando num depressão Que nunca foi minha intenção. Preso meu coração Numa densa escuridão Onde deprimida não mais consigo Ver um futuro por essa trava comigo. Até o dia que eu decidi sair De casa para sentir A brisa da manhã do interior E relembrar da simplicidade do amor. Amo olhar o verde da grama E o

Tinta da Vida

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A menina que quer morrer Repensa ao se ver Num quadro pintada Pela mãe amada. A menina que quer morrer Apenas por casualidade perecer Porque não consegue vislumbrar Um futuro seu em que sua mãe vá se orgulhar. A menina que quer morrer procura perceber Na vida que apenas está no início E tem tantos rumos desde o princípio. Ela se lembra do quanto sua mãe se sacrificou E no tanto que por ela se dedicou e trabalhou. Por isso, nunca se mataria de verdade, Mas desejar morrer, sim as vezes ela sente vontade. A menina que quer morrer Se sente tão culpada por esse querer Já que não gostaria que fosse sentida a ingratidão em quem ama e tudo agradece de coração. A menina se emociona diante da pintura Que sua mãe a dedicou com tanta ternura. Mesmo com todas as dificuldades e inseguranças, A menina procura vislumbrar seu futuro com esperanças. A sua mãe pinta o seu retrato E a menina só chora ao pensar que se o fizesse de fato, Sua mãe choraria ao olhar tal pintura E isso não faria sua mãe passar

Pássaros Na Cabeça

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wlodzimierz kuklinski (Polônia) Importante: Essa poesia trata mais das questões biológicas e neuroquímicas da depressão. Em cada poema, eu falo de um aspecto específico.  Pássaros na minha cabeça me chamam Da janela, com prazer, para mim cantam, Mas como explico que assim deprimida Não tenho vontade de ir até a esquina? Não tenho vontade de fazer Coisas que antes tinha prazer. Não tenho energia para viver Muito menos sair de casa e comer… Se sou inútil, culpada, Horrível e fracassada, Para quê insistir em sair de casa? Vamos, pássaros! Não fiquem sem responder nada! Se sou desconcentrada, Boba e um tanto lesada, Para quê eu vou insistir em fazer companhia A pássaros, produtos de uma mera fantasia? Se sou tão chata, alterada, Insuportável e fragilizada, Para quê vou insistir se só recebo visita De pássaros da minha imaginação esquisita? Por mais de duas semanas, como nesse instante, Sinto uma tristeza predominante Que me fa

Verme Enfermo

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Num dia qualquer desses,  eu acordei me sentindo estranho como se fosse diferente e como se não fosse mais aquela criança Só com olhar de esperança.  Acordei num dia desses sem braços nem pernas sem crânio nem bunda sem tronco nem bacia sem língua nem orelhas sem pulmão nem coração... Num dia desses,  tornei-me pequeno,  apequenei-me na minha dor; tornei-me um verme,  Renunciei-me de ser pessoa; tornei-me desumano,  rejeitei-me de ser quem sou.  Tornei-me um verme  Despersonalizei-me Desumanizei-me Sem sentimentos, sem vontades, Sem desejos, Sem medos, Desfiz-me.  Num outro dia daqueles,  a pessoa acordou.  Refiz-me! Personalizei-me. Tornei-me grande. Engrandeci-me.  Exaltei-me. Pareceu que existi ainda rejeitando-me.  Num dia daqueles, Chorei e gritei, Mas ainda assim, tinha esperança  de que a criança ainda existia porque minhas emoções embora descontroladas eu sentia... Parecia que

Barco à Deriva

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Vejo um barco parado no meio do mar como o meu eu desanimado sem vontade de continuar. É um barco sem motor, sem bússola nem âncora prestes a se inundar de dor seja aonde for que corra. Ele pode ir para qualquer lugar pela força do vento que continuará parado sem conseguir se deslocar com o mesmo sentimento que o adoecerá. O barco à deriva permanece E num pesar cultural se enfraquece aos olhos daqueles velozes que passam por ele mais "fortes". Os outros barcos o olham e seu motor quebrado reprovam dizendo que é um incompetente, fraco e incapacitado vivente. Eles veem a vida como uma empresa por não entenderem a não lucrativa tristeza do barco na azulada imensidão do céu e do mar na depressão. O barco sem empatia e autenticidade fica à deriva se desconectando da interna e humana energia da vida, que o faria escolher por si mesmo ligar o motor e fazer as coisas sem obrigação e mais amor. E assim ele está por aí nesse momento como o bar

Sara Punida

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Sara Punida ( prosa poética/ conto) Sara tenta esquecer o que aconteceu, mas não é possível porque as lembranças estão na sua mala como roupas amarrotadas. As roupas dão indício do que fez e de onde esteve. Mas a mala está trancada. Ninguém pode saber... Sara não contou diretamente para ninguém o que aconteceu por puro receio do que pudessem dizer. Com certeza, a julgariam e não a entenderiam, mas é a verdade: Sara viu a morte... As roupas dela estavam encharcadas de angústia ou culpa. Sim... Seria possível?! Podem-se dizer que as roupas dela estavam encharcadas do sangue que escorria do seu braço auto-mutilado, violentado, punido por agir... Afinal, quando errava, merecia ser punida... Tão insuficiente assim não queria mais viver... Mas Sara só conseguia ver que estava encharcada de angústia ou culpa. Sara tentou se matar e chegou a ver a morte de muito perto. Ela guardou no armário do seu quarto escuro seu segredo numa mala trancada pela vergonha de confessar seu desejo de se matar.

Quarto Escuro

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O quarto escuro me convida a falar de frente em frente com a grandiosa ferida que abri na minha mente. O cobertor me abraça para eu chorar nele todinho me mostrando não estar sozinho quando minha ferida ataca. O travesseiro me vigia quando minha mente sentia vontade de literalmente sumir, pois ele a faz se ouvir. O quarto escuro em que escuto vozes pesadas contra meu mundo se transforma num quarto mudo. E passo a ouvir o escuro do silêncio de poder me ouvir por um tempo como se me queimasse num incêndio, mas estivesse viva por um momento... Eu tento transformar na minha mente o quarto escuro na minha frente como se fosse um novo quarto, mas, às vezes, é em vão porque há um buraco no meu coração... 

Boneca numa Bolha

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Me sinto pesada como se fosse culpada de tudo o que as pessoas sentem com algo que fiz e que elas lamentem... Qual é o meu lugar? Eu quero respirar. Posso fazer escolhas? Me sinto em bolhas. Me sinto numa caixa da loja, numa bolha por me tornarem uma boneca sem opinião. Me sinto presa na prateleira sem escolha, por porcelanizar e plastificar um coração... ´E triste para mim carregar a impossibilidade de me entregar às minhas decisões que beiram às preocupações... Se me veem como uma boneca, eu vou deixar cair a peteca, não mantendo pelo desgaste psíquico contato com quem se comunica assim comigo. Por favor, não me vejam como uma boneca negando minha escolha se matando ou me julgando por ela, Pois isso me faz sentir numa bolha. 

Dilúvio de Amor

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Sinto o amor a transbordar em vontade de me aproximar Para lhe dar uma margarida, acariciar e adoçar a sua vida. Nas minhas costas, nascem asas depois de tanto desejá-las da minha casa para ir voando até a sua janela, se me desse uma chance de entrar em sua vida por ela. Eu sinto meu coração transbordando de paixão como um dilúvio após uma brusca chuva inundando tudo ao som de uma música. A música me faz companhia enquanto vou voando com valentia para concretizar meu amor se me deixasse te tocar aonde for. Adoraria entrar pela janela e te beijar com todo o meu amor até o Sol raiar. Numa doce entrega, resumiria minha visita e se realizaria um grande sonho da minha vida. Bato na sua janela fortemente, mas as cortinas não se movem na minha frente. Lágrimas impedem minha visão pelo silêncio desta fria humilhação. Bato na janela outra vez parecendo uma insensatez já que não há respostas de quem amo. Então, para quê eu ainda te chamo? Da sua janela, te digo que seus olhos penetrantes in

A Fada e o Gnomo - dueto 3 com Rômulo Reis

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Dueto por Rômulo Reis e Beatriz Nahas Havia um pobre gnomo solitário  Submerso nas águas da solidão. A tristeza se estendia no horário.  O desespero penetrava o seu coração.  Como um vulnerável castelo de cartas  Foi o apogeu do seu reino encantado  E da desolação ficaram-se as marcas  E apenas ruínas haviam sobrado.  Assemelhava-se a um edifício desfeito  Que caído jamais se levanta.  Sentia um grande aperto no peito  E um gigantesco nó na garganta.  E em meio ao caos estabelecido  Conformado com o cenário do nada  Eis que aparece num bosque perdido  A figura ilustre de uma bela fada. Ilustre era como o Gnomo a olhava.  A fada não tinha nada de madrinha.  Haviam momentos que também se chateava E nada era possível ser feito com uma varinha.  Salabim... salabim... A fada em vão Tentou pela magia serenar seu coração, Mas, depois de um tempo, não mais se assustou Quando a tristeza a pedia para ficar e enfim chorou...

Dois Ambulantes

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O arrepio do seu amor corria no meu corpo frio que percorria Uma sensação que socorria O corpo vazio que quase morria. A escuridão do quarto pequeno Era como um copo de rum com veneno. Nos usávamos para nosso prazer satisfazer Até o Sol aparecer com o amanhecer. A entrega à escuridão Pela alma em depressão É transformada à entrega a essa paixão Sem base, sem consciência nem razão. Minha pele fica arrepiada ao fantasiar Os momentos no quarto do desejar. Mas o nosso amor era um sinal de vida Aos ambulantes da melancolia. Pena Que a centelha De vida Dependente vivia. E com o fim, agora Em nós, é chegada a hora De nos acabar ou da vida encontrar O pulso de si em outro lugar... Essa música foi inspirada inicialmente por incrível que pareça na música do RBD chamada "Ser o parecer". É a minha primeira poesia gótica.