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Mostrando postagens com o rótulo Terapêutico

Esconder pra me Mostrar

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    Como o Fantasma da ópera, eu gostaria de me esconder pela minha feiura Numa máscara e num castelo E às vezes, me escondo e me repreendo. Como a Princesa Rapunzel, Eu admito que gostaria de me refugiar  Pelas minhas acnes numa torre E às vezes, assim faço e me repreendo.      Como o Monstro de Frankenstein,  Às vezes, me vejo  Pelo meu rosto monstruoso  e vergonhoso a ponto de me achar Um ser sobre-humano horroroso. Não tanto exatamente pela história de cada um Quanto me identifico com o sentimento De estar imerso no receio, na tristeza e no constrangimento  de não se achar digno de amor, por isso... Passar uma vida sem amor é muito triste.  E por isso, ao pensar neles, eu me vejo, Me concebo, choro e clamo por dias melhores Porque a falta de amor é uma dor absurda  Que eu não quero mais vivenciar e assim viver.  Essa dor se intensificou quando terminamos,  Por denunciar esse defeito meu como um motivo. Por isso, não sou realmente digna do seu amor  e me via sempre me contentando co

Vulcão

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Essa subida íngreme me parece mais difícil que cometer um crime com toda a certeza do mundo  assim como a incerteza nesse segundo da queda que me afeta.    Concentro toda a minha energia nos movimentos  doa meus braços e pernas, me certificando do que estou vendo. Meus sentidos estão sob minha proteção pelo medo de que o vulcão entre em erupção  restando apenas as cinzas  e meu Espírito soprando as brisas.    Batimentos cardíacos a todo vapor. Suor que chega a procurar me proteger do calor de um vulcão que está prestes a estourar de tanta angústia, desespero e agonia a pressionar meu ser que está em pleno apuro  para que essa expressão não afete minha vida, meu futuro.    Sei que tenho muito a sentir, a liberar, a extravasar de larvas afetivas e lascivas que me convidam a explorar o fundo do vulcão  e na certa, eu chego a aceitar de coração para não me perder  do meu precioso ser.    Dei voltas e voltas pelo vulcão  com a devida atenção para que quando entrasse em erupção  fosse de uma

Sangro, Mesmo que doa (pessoal)

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    Meu útero revela o feminino em meu ventre  Com indicativo forte de ser sentido  Como nunca foi lhe dado chance. Meu útero me revela mulher como nunca me foi permitido  me deixar sentir sensações diversas, me deixar sentir sensações inquietas  para me silenciar em mim como um significante ser ao ter uma chance de olharem de verdade pra mim e eu mesma ao me acolher na minha dor que me deixa assustada e incomodada assim.  Tão preocupada que me faz buscar me conhecer mais... Preciso parar pra sentir o quanto estou machucada  e preocupada comigo mesma.  O que poderia ser que jamais fui convidada a pensar  ou nunca me encorajei em mim diante da incerteza?  Solidão ao ter como mulher me perdido  E procuro compreender agora como é isso  Com meu ser pedindo pra ser mulher  Que nunca fui como gostaria de ter sido Já que nunca encontrei em mim  E em alguém que me conquistasse. Nem digo isso num tom de dependência  E sim, de completude com meu ser  Porque não conhecia nem via meu ser  Pra pode

A Pressão nos Olhos

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A pressão  Nos meus olhos Norteia o meu protesto  Em plena avenida  De um domingo inquieto. Essa pressão inunda o que vejo  De tanta revolta e lamento  Que prezam para toda gente,  Pois então, corro atrás de uma mudança Silenciosa, vagarosa e potente.  Sonho demais com os braços dados ao Brasil  E ao mundo que norteia meu incômodo com o descuido  De quem não percebe o que faz para o todo  Ao ignorar as chamas da vida como louco.  É à vida plena e direta ao experienciar minha descoberta Não mais coberta  Ao acharme defeituosa  Por cada lágrima escandalosa.  Tanto sofoquei que não aguentei.  Tantas vezes que chorei  Sem poder ter chorado  A quem me tratou na indiferença De um ser sem perceberme sensibilizado.  Como viver nesse mundo com tantas tragédias e violências  E se há uma forma de eu fazer diferença  Qual é? Como?  Por quê eu me sinto convidada a tentar fazer algo?  Por quê me importo? Até que ponto realmente posso ajudar?  Então, essa pressão nos meus olhos  Da tristeza que sei q

Olhar que é

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Olhar pra longe  Na vida  Sempre me deixou insegura  Quanto a minha possibilidade, potencialidade e capacidade de fato  De realizarme com sentido, consciência e ato.  Olhar pra perto  Na vida  Sempre me deixou insegura  Para me mostrar aos outros  Tal como sou com incômodos, Alegrias, preferências e pesos nos ombros.  Poderei ser aceita? Poderei receber ajuda? Olho para verificar, confirmar e encarar de frente E quero ver como quer que possam me olhar com verdade,  Mas o que mais quero é que me olhem com frescor e brilho Num paradoxo que não me define como só carente nem só autossuficiente.  Seria fraco de significado me definirem só como um ou outro assim.  Posso ser um pouco de cada na intensidade do que seja possível me vislumbrar. Gostaria de sentir em mim ao te ver e ver em você um brilho ao me ver Genuinamente vivenciado no calor da emoção e relação Além e também na nossa visão e coração.  É tão entre almas e o que resumir nossa existência.  Para encarar a minha miopia e minha hi

Bonequinha de Plástico

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Breu de dignidade Se fez verdade  Naqueles momentos Em que me transformaste Numa bonequinha  Ao seu bel-prazer.  Instante que presenciei  O âmago e o ápice da intimidação  Várias vezes na minha vida Em relações frias de contato. Momentos esses de exposição  E humilhação ao ser convertida  Num objeto plastificado  Que simplesmente é oco por dentro.  Só vejo lágrimas ao me deparar com a tristeza,  Só escuto gritos ao me deparar com a raiva,  Só percebo uma cabana por me deparar com a vergonha  E só encaro a dor só quando me percebo violada ao ter minha autonomia, minha voz  que não pode me ser tirada por ninguém nem por mim.  Só quem pode ser reduzida a algo inferior É quem foi violada a uma versão mais empobrecida do que fazem de ti.... Não sou eu. Eu sinto dores.  E também tenho esperança de achar  alguém que acolha meu coração.  Estou no abismo da dor, Mas vou levantar  Não para amar de novo outro; Por me amar e perceber que sou digna do amor  Como você acredita que eu não seja; Como

Sobretudo, Vida

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  O preço da razão e da emoção é olhar para si mesmo.  Há em mim uma devoção, Mesmo que em alegria ou angústia ou medo! Eu não procuro distorcê-la, negá-la, interpretá-la. Eu procuro sentir, perceber o que me diz, sondá-la! Me responsabilizo pelo meu sentir, pensar, fazer e dizer, Fluindo sobretudo em mim como uma árvore no jardim a crescer.  `As vezes, eu quero dançar! Outras, eu quero deitar Só ou com amigos, mas sobretudo, com Deus que está onipresente acompanhando os passos meus!   `As vezes, quero ir com meu namorado numa cachoeira! Outras, gostaria de ir num parque com uma cadela companheira! Quanto mais me conecto com a vida na natureza,   sobretudo eu me percebo mais parte (e mais além) dela com destreza. `As vezes, mais distante... Outras, mais perto adiante do meu "eu real" porque sei que é o "real" que posso ser me acompanhando no meu processo real de um ideal ir me aproximando,  independente de algo de fora que dê valor. Eu quero perceber meu valor! Eu q

Revolta da Pequena - Diário #1

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@Tatianagorbunova From Freepik Agora que eu sei o que é estar apaixonada, eu não sei exatamente o motivo de sonhar tanto com você sem ser nem ao menos convidado. São sonhos como se estivesse vivendo um primeiro amor colegial em que não vivenciei, mas poderia ter vivenciado talvez com você. Não me parece ser por isso que esses sonhos apareçam. ´E o que eles me levam a acreditar. A verdade mais pura é a raiva que me fez sentir por desconfiar de que havia me pedido em namoro de brincadeira no pré para provocar uma amiga minha em que estivesse gostando mais e o estivesse ignorando e insultando porque ela o achava "gordo". Sim, fiquei revoltada tão pequena me sentindo rejeitada sem nem ter consciência. Você me pediu em namoro um dia antes das férias e depois esqueceu. Nem pensava nessas coisas antes, você me pediu, me deixou ansiosa nas férias, e desapareceu como se tivesse pensado que conseguiu tão facilmente que nem se importou mais.  Me lembro que fiquei aborrecida, mas me lemb

De Repente

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  Uma respiração ofegante  surpreendeu-me de repente já que depois de um instante, Não me via mais em seus braços tão contente.  Tão apaixonada eu me sentia,  porém você escolheu se afastar tão de repente assim dando mais ouvido às suas autodepreciações e à agonia do que ao nosso amor tão compreensível em mim.  (Em nós, quero dizer... Mas não poderia dizer por você) Agonia e insegurança que tanto, de repente, às vezes, sinto  de não saber se sou a pessoa "certa" para ti,  mas por nos amar e querer nos ver felizes, não minto  que não impediria que nossa história prossiga daqui.   (se ainda estivesse na sua).  Mas, de repente, você o impediu,  minha escolha não permitiu,  o que tinha a dizer não ouviu e por isso, tive que afogar tudo o se sentiu...   O que senti foi tão forte que isso me sufocaria,  então, resolvi guardá-lo na gaveta da memória  Afogá-lo assim, de repente, não sei se conseguiria porque foi uma pessoa importante na minha história.    Porém, sempre soube que pode

Burra!

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Burra... E pensar que o insulto que você dirigiu a mim Você se insulta todos os dias, Não me faz me sentir tão triste ou irritada Como eu ficava nos meus tempos de criança... Você me pareceu extremamente aflito para ser apto a competir ao sistema como você cobrou a mim E cobra de si mesmo para que a vida valha a pena... Sim... Quem cobra algo dos outros, antes cobra de si mesmo. Eu valido o seu sentimento e necessidade, Pois também o sinto e necessito crescer, Mas discordo da sua estratégia para atendê-la. Armou um circo por eu ter confundido o significado de uma palavra. É o que você faz com você? Não me afetei com o insulto, honestamente. Só me lembrei dos meus tempos de escola. Era um toda a semana Por pessoas diferentes que não me conheciam bem. Agora me conheço. Sei do meu valor. E sei que julgar não deixa de ser um direito de expressão Para tragicamente expressar uma necessidade, Mas não é uma verdade absoluta em si. Algumas pessoas entendem como verdades as suas percepções. Ela

Amor ao Alcance

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  Os lírios do buquê de cor rosa-bebê envolvem suas mãos delicadas e as beijo, pois a nós serão dedicadas toda nossa vida que estaremos lado a lado nós escolhemos e assim por diante com o amor ao nosso alcance. O nosso amor é guerreiro, confiante e companheiro como Deus que ama e pondera com carinho observa as dificuldades que vão surgindo e como a gente vai se permitindo procurar ser observadores vigilantes e aprendizes amantes... Interação com poesia de Jacó Filho

Quando Quiser

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Cadê você, meu amigo?  O que fez com seu sorriso?  Está em algum perigo?  Cadê você, meu confidente!?  Quero voltar a conversar contente  E ansiar por uma ligação após o Sol poente. Onde quer que esteja, Espero que Deus te proteja e que consiga o que almeja.  Ainda gosto muito de ti.  Quando quiser, pode me ligar aqui.  Eu te amo para "sempri"... rsrs Poesia em homenagem a Rômulo Reis. 

Batida Contínua

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Deitada na cama Tentando dormir  coloco meu ouvido no braço de um jeito que posso ouvir A batida do meu coração. Agradeço a ele por bater sempre todos os anos da minha vida. E peço perdão a ele por estar agindo e pensando coisas horríveis contra a sua batida. Converso com meu coração e ele diz o quanto anseio as coisas além do possível tempo e o quanto como aprendiz me subestimo O poder da minha mente que não acredito. Ele me responde continuando batendo No seu ritmo normal mostrando que a vida ainda não acabou para mim. Tem muitos rumos para eu me prender assim. Eu escuto meu coração e vou pegando no sono lentamente serenamente Me aconchego nas cobertas E sorrio na certa procurando dar a mim uma segunda chance de ir ao meu alcance. bum bum bum bum... Ainda escuto a sua batida... Ela me diz: Vida.

Os Sistemas a Rigor (corrigido)

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  Eu quero me sentir obediente ao sistema e/ou quero me descobrir autêntica em cada cena ? Se eu ao sistema não valer,  eu me igualaria a uma posse em que eu poderia me desfazer  com uma simples overdose.  Se eu me permitir  com cada experiência sentir  o que for possível, eu não apenas serviria para o sistema que assim me recompensaria.  A punição ou a recompensa promissora de cada agência controladora podem tornar o sujeito grato compreensivelmente, mas também um mero funcionário  por colaborar com as cobranças a si e aos outros feitas de modo tão sanguinário.  Cobrando a si e o outro para agirem tão. mas tão corretamente e julgando todo aquele que não é competente,  o ser pode viver sem saber apenas para fortalecer  os sistemas que continuarão de forma desumana a crescer... ´E claro que por trás da Igreja, do Estado,  da escola, da economia e do trabalho, há no fundo um objetivo e uma importância  o que não é rebatido aqui em nenhuma instância. Eu acredito que, em parte, os sistemas

É Tarde?

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             Eu sigo junto ao relógio. Escuto um som me dizendo que ainda é tempo. Os segundos não param Numa velocidade constante.  Escuto um som que diz para eu ver Que ainda há tempo  Para meus sonhos na minha vida Serem realizados ou mudados.  Isso depende de mim.  Se pensar que é tarde demais,  Me lembrarei do compasso de um relógio em minha cabeça  Me lembrando de como um segundo novo sempre vem... Não quero me comprometer  Porque o Sol pode explodir em qualquer momento  E aí, vai ser um adeus temporário  Já que o Espírito pode ter outras vidas em outros planetas Nos mostrando que o tempo ao Espírito  Não é um empecilho, não é um obstáculo.  Talvez o que possa ser um obstáculo é pensarmos, Ignorando o som do relógio na nossa cabeça marcando o tempo constantemente, Que simplesmente é tarde demais E que então o melhor talvez seja desistir  porque não se é capaz de algumas coisas conseguir.   Mas como é possível refrear os sentimentos?    Scripts da vida para to

Tinta da Vida

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A menina que quer morrer Repensa ao se ver Num quadro pintada Pela mãe amada. A menina que quer morrer Apenas por casualidade perecer Porque não consegue vislumbrar Um futuro seu em que sua mãe vá se orgulhar. A menina que quer morrer procura perceber Na vida que apenas está no início E tem tantos rumos desde o princípio. Ela se lembra do quanto sua mãe se sacrificou E no tanto que por ela se dedicou e trabalhou. Por isso, nunca se mataria de verdade, Mas desejar morrer, sim as vezes ela sente vontade. A menina que quer morrer Se sente tão culpada por esse querer Já que não gostaria que fosse sentida a ingratidão em quem ama e tudo agradece de coração. A menina se emociona diante da pintura Que sua mãe a dedicou com tanta ternura. Mesmo com todas as dificuldades e inseguranças, A menina procura vislumbrar seu futuro com esperanças. A sua mãe pinta o seu retrato E a menina só chora ao pensar que se o fizesse de fato, Sua mãe choraria ao olhar tal pintura E isso não faria sua mãe passar

Barco à Deriva

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Vejo um barco parado no meio do mar como o meu eu desanimado sem vontade de continuar. É um barco sem motor, sem bússola nem âncora prestes a se inundar de dor seja aonde for que corra. Ele pode ir para qualquer lugar pela força do vento que continuará parado sem conseguir se deslocar com o mesmo sentimento que o adoecerá. O barco à deriva permanece E num pesar cultural se enfraquece aos olhos daqueles velozes que passam por ele mais "fortes". Os outros barcos o olham e seu motor quebrado reprovam dizendo que é um incompetente, fraco e incapacitado vivente. Eles veem a vida como uma empresa por não entenderem a não lucrativa tristeza do barco na azulada imensidão do céu e do mar na depressão. O barco sem empatia e autenticidade fica à deriva se desconectando da interna e humana energia da vida, que o faria escolher por si mesmo ligar o motor e fazer as coisas sem obrigação e mais amor. E assim ele está por aí nesse momento como o bar

Sara Punida

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Sara Punida ( prosa poética/ conto) Sara tenta esquecer o que aconteceu, mas não é possível porque as lembranças estão na sua mala como roupas amarrotadas. As roupas dão indício do que fez e de onde esteve. Mas a mala está trancada. Ninguém pode saber... Sara não contou diretamente para ninguém o que aconteceu por puro receio do que pudessem dizer. Com certeza, a julgariam e não a entenderiam, mas é a verdade: Sara viu a morte... As roupas dela estavam encharcadas de angústia ou culpa. Sim... Seria possível?! Podem-se dizer que as roupas dela estavam encharcadas do sangue que escorria do seu braço auto-mutilado, violentado, punido por agir... Afinal, quando errava, merecia ser punida... Tão insuficiente assim não queria mais viver... Mas Sara só conseguia ver que estava encharcada de angústia ou culpa. Sara tentou se matar e chegou a ver a morte de muito perto. Ela guardou no armário do seu quarto escuro seu segredo numa mala trancada pela vergonha de confessar seu desejo de se matar.

Dilúvio de Amor

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Sinto o amor a transbordar em vontade de me aproximar Para lhe dar uma margarida, acariciar e adoçar a sua vida. Nas minhas costas, nascem asas depois de tanto desejá-las da minha casa para ir voando até a sua janela, se me desse uma chance de entrar em sua vida por ela. Eu sinto meu coração transbordando de paixão como um dilúvio após uma brusca chuva inundando tudo ao som de uma música. A música me faz companhia enquanto vou voando com valentia para concretizar meu amor se me deixasse te tocar aonde for. Adoraria entrar pela janela e te beijar com todo o meu amor até o Sol raiar. Numa doce entrega, resumiria minha visita e se realizaria um grande sonho da minha vida. Bato na sua janela fortemente, mas as cortinas não se movem na minha frente. Lágrimas impedem minha visão pelo silêncio desta fria humilhação. Bato na janela outra vez parecendo uma insensatez já que não há respostas de quem amo. Então, para quê eu ainda te chamo? Da sua janela, te digo que seus olhos penetrantes in

Uma Cama Gritou

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Uma lágrima tão grande se esparrama  Pelo meu rosto e cai na minha cama. Sorrateiramente deito em molhados lençóis Lembrando de momentos passados a sós.  Minha mão acaricia o colchão  Na lateral direita vazia do meu coração Que sente saudade de me entregar  e com qualquer paixão disparar.  Eu vou observando vagarosamente,  Numa madrugada, o meu quarto silenciosamente até que, de repente, a sua ausência  Fez minha própria cama reclamar com urgência.  Minha cama gritou tão alto que me assustei E ao ver lampejos de você aqui pensei Que enlouqueci em meio aos desejos De um beijo por alguns momentos. Te chamo pedindo um último e profundo toque aqui Por apenas uns segundos para daí, Chegar o fim, embora imortalizemos a sensação desse beijo  Na cama feita de puro desejo e desespero... Referência: Eu fiz a poesia inspirada nas músicas da minha banda do coração RBD - Solo quédate en silencio