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Mostrando postagens de julho, 2020

Limpa

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Poesia Surrealista Original  A água acaricia meu corpo. Meu corpo acaricia a água. Nos tornamos um. A água limpa e alastra minha pele como o amor. A pele respira... Toco-me Em todo o meu corpo Sem vergonha Desde uma ponta a outra Até que chego no meu rosto. Meu rosto se ergue para trás. Recebo uma chuva de água na cara. Passo a mão pelo meu rosto todo Até o momento que descubro um mundo novo. Tampo com minhas mãos meus dois olvidos. Ouço uma cachoeira dentro de mim. Parece até que escuto dentro de uma concha. É um barulho que me lembra o mar. Me transporto para lá por alguns segundos. Me sinto limpa.

9 Lágrimas

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Idelvan Reis Oliveira (Brasil, Maranhão) Menino tristinho deixa cair de fininho 9 lágrimas escondido do seu pai que o havia proibido. Menino com o rosto avermelhado percebe seu pai irritado porque "não é uma menininha extremamente fraca e bobinha". Menino exausto de manter-se falso na presença paterna que impunha uma rigidez interna. Aos poucos, o menino acostumou a ter um coração que congelou já que só sabe sentir raiva em agressões e baixas palavras. Menino raivoso se definiu monstruoso como um rótulo cristalizado para carregar ao seu lado. Até que num dia, o menino chorou mais 9 lágrimas sendo o maior milagre das lástimas porque não pôde deixar de se emocionar, quando viu seu pai com o rosto vermelho de tanto chorar... Comentário: Essa poesia foi inspirada no desenho acima. Fazia tempo que não escrevia em cima de desenho. Esse desenho é lindo, profundo e comovente. Página de Idelvan Reis Oliveira, o desenhista:  https://www.facebook.com/

Dilúvio de Amor

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Sinto o amor a transbordar em vontade de me aproximar Para lhe dar uma margarida, acariciar e adoçar a sua vida. Nas minhas costas, nascem asas depois de tanto desejá-las da minha casa para ir voando até a sua janela, se me desse uma chance de entrar em sua vida por ela. Eu sinto meu coração transbordando de paixão como um dilúvio após uma brusca chuva inundando tudo ao som de uma música. A música me faz companhia enquanto vou voando com valentia para concretizar meu amor se me deixasse te tocar aonde for. Adoraria entrar pela janela e te beijar com todo o meu amor até o Sol raiar. Numa doce entrega, resumiria minha visita e se realizaria um grande sonho da minha vida. Bato na sua janela fortemente, mas as cortinas não se movem na minha frente. Lágrimas impedem minha visão pelo silêncio desta fria humilhação. Bato na janela outra vez parecendo uma insensatez já que não há respostas de quem amo. Então, para quê eu ainda te chamo? Da sua janela, te digo que seus olhos penetrantes in

Embriaguez Romântica - dueto 4 com Rômulo Reis

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Pintura de Christiane Nahas (Brasil, São Paulo) Dueto por Rômulo Reis e Beatriz Nahas Nesse momento agradável contigo Na praia que contemplamos lado a lado, Você é como um vinho e um abrigo Ao meu coração embriagado. O horizonte nos faz refletir Nossa pequenez diante do infinito Anunciando a noite que está por vir O Sol se vai num adeus tão bonito. No balanço das ondas do mar Navega livre o final de tarde Num bramido harmônico a entoar A bela canção que nos invade. O oceano beija a branca areia As nuvens abraçam o azul do céu O cenário naturalmente anseia Nos enrolar no mesmo véu. A montanha acaricia o mar Enquanto a noite vai chegando devagarinho. A areia pede à montanha para namorar. Testemunhamos o amor natural no nosso cantinho. O vinho apreciado nos deixou delirando Assim como o amor que nos enlouquece. O amor está na natureza nos rondando Inspirada pelo nosso amor que nos fortalece. O nosso amor quebra a nossa timidez E nos en

Sombra

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Foto original - Beatriz Nahas  A sombra me acompanha  Por cada passo. A sombra me assombra No ritmo do compasso.  Caminhando e levando a minha sombra num sol de verão, eu começo a reclamar angustiada com a situação: "Sombra, para de me seguir por onde ando!!! Você me assombra em qualquer canto." A sombra não foi e nem vai embora!! Está comigo até agora! Vejo o chão e ela está lá escura  e eu me sinto tão imunda...  A sombra no chão representa a sombra na alma que lamenta repleta de medos, inseguranças, dificuldades,  traumas do passado, raiva e ansiedades.  A sombra, mesmo que não queira assumir,  carrega um desejo de querer sumir e todas as vozes amargas do passado assombram o meu eu fragilizado.  Onde quer que eu vá, sei onde está a luz porque a sombra delimitada me seduz na forma do meu eu que no chão me faz ver o que há no meu dúbio coração.  Se a nego por só a luz querer ver, sei que numa ilu

Primeira Cartinha a Você

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"No papel, peço ao céu a oportunidade de te amar que seja possível a gente se encontrar entre lábios e segredos, entre bochechas e momentos, entre narizes e sorrisos, entre línguas e risos... Escrevo meus sentimentos enfrentando os meus constrangimentos que me fizeram não conseguir te dizer até hoje que eu amo você. Quem me dera eu não temer te mostrar E não mais esconder numa amizade esse desejo de amar... Eu coloco esse poema num envelope E escrevo o seu lindo nome, Mas o meu nome você vai descobrir no tempo certo Porque eu sou o seu admirador secreto."

Segunda Cartinha a Você

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Durante o intervalo da escola, os meninos jogarem bola vi que você ficou observando com várias amigas num banco de torcida conversando. Você parecia estar emocionada com minha última carta-poesia enviada e pensando com as meninas cismada quem poderia ser a pessoa por ti apaixonada. Eu fiz um gol como uma maneira de confessar Que sou eu quem gostaria de te namorar... Será que você percebeu Ou só o time que ao me ver tão determinado não entendeu O porquê transformei um jogo comum de intervalo Num emocionante jogo decisivo de campeonato... Depois do time, você como minha amiga pelo gol me abraçou animada Mal sabendo que essa foi a resposta pela qual estava tão interessada... BBC.com

Não Volto

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Tanto por nós sofri e insisti  Que agora que desisti Você volta carinho querendo,  Mas eu não volto nem fudendo. *desculpe. Primeiro poema que coloquei um palavrão. Não tenho o costume. Mas acho que o contexto deixa...