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Mostrando postagens de abril, 2017

Além do Conhecido

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Na caverna, vivi. Muito medo, senti. O mundo pelas sombras, eu vi pensando ser a verdade centrada em mim. Contemplei a realidade. Me assustei com a cidade. Expandi meu pensamento, que era tão pequeno. O que há além do mar? Que medo do que poderia enfrentar! Porém, estava feliz e seguro por não estar só no mundo. Quando peguei o barco, não sabia onde cairia. Surpresa foi ver uma terra vizinha! Expandi mais meu pensamento, que era tão pequeno. Quando descobri os outros continentes da Terra, pensei que já tinha descoberto tudo na certa até me deparar com outros planetas e pensar se haveriam povos neles com outras condições de existência. Expandi mais meu pensamento, que era tão pequeno. Assim, descobri que não posso crer que sei de tudo. Quantos universos há para me convencer de que isso é um tremendo absurdo! Existe o que conheço e pode existir também o que desconheço. Não me iludo mais com esse tipo de pensamento tão pequeno... Comentário: A poe

Memória dos Injustiçados

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Você se lembra da mulher violentada, da negra explorada, da pobre ignorada, da bruxa queimada? Você se lembra do sábio envenenado, do revolucionário esquartejado, do poeta exilado, E do cidadão silenciado? A lista não acaba por aí. São muitos os injustiçados Para acharmos que existe um fim. Para quê lembrar de algo triste assim de quem nem mais existe por fim? Deve ser lembrado o trauma Para que, na esfera legal e na conduta social, a agonia passada seja considerada e a injustiça não mais desacate nenhuma alma.   Referência : Poema inspirado no trecho do texto “Justiça e Memória – Para uma crítica ética da violência” da Org. Castor M.M.B.Ruiz da editora Unisinos, 2004. “O passado da barbárie ou da injustiça há de ser lembrado como condição da justiça do presente. Sem a recordação da barbárie passada, das suas vítimas, não há justiça no presente.” Comentário:

Homem Semideus

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Eu vi um querido parente num sonho Como um semideus  Metade besouro Metade ser humano.  O besouro o atacou. Sua sanidade o bicho sugou Como se fosse a depressão  O condenando em sua solidão. Ele diz mentiras,  Manipula qualquer um inclusive família, Surta como pirado, E depois se finge de coitado.  O homem polimorfo  aparenta ser um deus, um perfeito supremo sem erros.  O homem semideus se vê no espelho, e se acha equivocadamente perfeito. Seja por esquizofrenia ou por sociopatia,  O homem por nada se culpa,  mas vive em uma agonia dissimulada e disfarça com putas.  Ele diz não ter dinheiro, pois usa em drogas e álcool que são seus venenos. Aos poucos fica viciado e é transformado, Pelo besouro que o ataca,  E ele sem perceber vai mudando sua cara.  Aos poucos, vai ficando deprimido e sozinho Apenas acompanhado pelos inferiores espíritos. Aos poucos, ele vai criando seu próprio destino pelas escolhas que fez em seu j