Destino à Estação da Luz...


Estação da Luz
As estações do trem
levam o espírito ao além,
Rumo à estação da luz
Para o progresso que o conduz.
Cada estação, é mais uma vida
Que um mesmo espírito
diferentemente se caracteriza.

O espírito desceu primeiro 
na estação da água branca.
Lá ele viveu uma rica dama
Na época da idade média.
Anastácia era o seu nome.
Ela explorava
o trabalho do negro na senzala
e acreditava 
que Deus fez os brancos superiores
E por isso, os negros podiam ser submetidos a horrores.
Assim, Anastácia morreu sem avançar para a próxima estação
Por não ter aprendido a necessária lição.

O espírito retornou ao trem
E desceu na mesma estação
Tendo mais uma chance de aprender uma certa lição.
Viveu o João, 
um homem pobre e negro 
que morava numa favela do brasil 
no ano de 2000.
Sofreu na pele o racismo 
que praticava como Anastácia,
humilhado e marginalizado
como se fosse um nada disfarçado.
Depois de tanto sofrer,
o espírito pôde aprender 
mais algo que precisava saber: 
Todos os homens possuem algumas diferenças,
mas são iguais na sua essência
por querer e ter direito ao mútuo respeito. 
Quando retornou ao trem, 
pôde passar para a próxima estação
Dado que compreendeu a lição
E buscava uma outra a fim de seguir com a sua evolução.

Na estação da barra funda,
em 3059, em Nova york 
o espírito foi uma senhora
que ficou tão chateada pela filha que foi embora
de repente 
sem poder dizer o que por ela sente.
Se deprimiu pela ausência da filha.
Morreu sem mais ânimo nem fôlego
para continuar a vida 
com tanta angústia e culpa
por não ter mais a sua filha em seus braços
Não é mais possível sentir o seu carinhoso abraço.


Na mesma estação, 

o espírito desceu mais uma vez
ao lado do espírito que foi a sua filha, 
mas agora é a sua tia
que tanto se dá bem por finalmente terem se reencontrado
depois de tanto tempo terem se distanciado.
Seu nome era Ramal 
em 5030, na ´India,
Uma deficiência provocava a sua péssima vista.
Para Ramal, era uma injustiça divina
a sua doença.
Porque tinha que passar por essa divina pena?
Jesus ensinou que é melhor ter apenas uma mão,
do que ter duas mãos autoras de maldades em vão. 
´E preferível não ter visão 
do que ter olhos que não os valoriza 
pela depressão. 
Depois de tanto sofrimento, 
Ramal aprendeu a dar valor aquilo que possui
e a evitar reclamar aquilo que não lhe atribui.
A Causa e consequência
´E uma lei fundamental na natureza.   
Não são castigos os problemas.
São mais uma oportunidade de aprender com os dilemas. 
Caminhando suave e pensativo,
Começando a ver sua doença com um singelo sentido,
Ramal voltou ao trem podendo passar para a última estação
Devido a sua plena evolução.

Na estação da luz, 
o espírito reconheceu a sua luz
depois de ter aprendido 
aquilo que foi preciso 
por viver 
para aprender 
no corpo da Anastácia, do João e do Ramal
pelo motivo de evoluir que, para os espíritos, 
é muito essencial. 

Depois disso, o espírito conseguiu encontrar a sua paz,  
pois devem existir
muitas vidas, 
muitas chances 
para ele evoluir
e se sentir capaz
de, em cada atitude, poder revelar
a caridade, a simplicidade,
a sabedoria e a justiça divina
em seu olhar.


Cada um de nós tem um tempo 
indeterminado de entendimento e treinamento
para conseguirmos praticar o amor que há em nós mesmos
vivendo fiéis seguindo o nosso coração em cada momento
que a gente embarcar ou desembarcar
para a nossa viagem evolutiva continuar.
A morte é o fim de uma vida física.
O plano espiritual é o trem que dá acesso para cada vida
que só pode ser bem sentida,
se nos permitirmos sorrir 
com a dificuldade que aceitamos vir
para o nosso espírito evoluir. 

Assim, o amor se fortalece
Com cada vida que o espírito se submete
Para que, em cada estação que o trem passou,
em cada rencarnação que o espírito se transformou,
o espírito possa aprender mais uma importante lição
Que é o motor causador da sua evolução. 

Desenho de Amanda Cass

Comentários: 
  1. Eu sou espírita kardecista. Fiz esse poema pelo meu grande amor ao espiritismo. Por favor, peço respeito àqueles leitores que não são espíritas e peço para que se quiserem ler, leiam com a mente disposta a simplesmente refletir. Esse foi o propósito do poema. Não quero converter ninguém. Eu espero ter passado claramente a filosofia e doutrina espírita nesse poema. 
  2. Explicação do Poema: Para quem não entendeu, eu fiz o poema pensando no trajeto da Linha Rubi da CPTM de São Paulo que vai da Estação Francisco Morato até a Luz, mas foquei no poema o trecho do trajeto da Água Branca até a Luz. Cada estação de trem, é uma encarnação ou vida que o espírito vive para evoluir mais um pouco aquilo que ele necessita. A estação da luz está em São Paulo. Mas, em cada estação, o espírito vive em um país diferente representando uma metáfora para explicar a partir da imaginação, a rencarnação.
Fontes das Imagens:

Fonte da Imagem da Estação da Luz: http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/atrativos/pontos-turisticos/186-estacao-da-luz
Fonte da Imagem do desenho de Amanda Cass: https://www.google.com.br/search?q=reencarnacao&espv=2&biw=1530&bih=710&site=webhp&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjZro-7vKvQAhUSmJAKHS-KAW0Q_AUIBygC#tbm=isch&q=amanda+cass&imgrc=qW414cpkMkploM%3A

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