Inquieta Timidez

Vejo
que o 
Medo 
Viciou em não me deixar reconhecível por mim
Me reprimindo,
Me reduzindo,  
Me detraindo
Até um irrelevante não eu por fim.

A timidez me dá receio 
De ser o que sou 
Pelo julgamento alheio.
Mas, ao mesmo tempo,
Sei que não devo 
sentir essa covardia,
Que, tristemente, às vezes,
arrasta o meu dia-a-dia
para um lugar instável
e precário
de liberdade  
e da minha verdade.

Teimo em dizer:
O temor não é parte de mim.
Vem de fora para se adentrar assim
Como um penetra numa festa
que me faz sentir superior ou inferior aos outros
E por isso, eu devo expulsá-lo, mas como?
Argh 
Como expulsar o pavor tão insistente decentemente?

Fito as nuvens.
Toco algodão.
Cheiro alfazema.
Conto meu dilema.
Elas acham graça
Da minha desgraça.
Em forma de coração,
uma nuvem me diz 
Para eu me amar
Tal como aos meus semelhantes
e assim, esse medo irá me libertar 
em instantes. 



Comentário: Esse poema está muito pessoal. MUITO difícil postar algo assim. Por isso, peço respeito ao ler e/ou comentar. Esse poema está cheio de figuras de linguagem ou tentativas de fazer (Não tenho um orientador para saber se está certo) como, por exemplo, anáfora, assonância, sinestesia, comparação, personificação, onomatopéia e etc. De qualquer forma, com a prática, eu vou me aperfeiçoando. 

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