Submisso Opressor



Sargento diz furioso: "Vamos defender a pátria, soldado!",
Que responde: "sim, senhor!".
Tenente diz furioso: "Me obedeçam para não morrer, sargento e soldado!",
Que respondem: sim, senhor! ".
Capitão diz furioso: "O país precisa da nossa segurança, tenente, sargento e soldado.",
Que respondem: "sim, senhor!".
Major diz furioso: "Matamos para não morrer, capitão, tenente, sargento e soldado.",
Que respondem: "sim, senhor!"
O coronel diz furioso: "Eu mando em todo o exército!",
Que responde: " Sim, senhor!".
O presidente diz furioso: "Vamos à guerra pelo petróleo, coronel!",
Que responde: "sim, senhor!".
População e indústria ao presidente: "Precisamos de gasolina, presidente!" que responde: "sim, senhor!"

Assim, as ordens são obedecidas.
As hierarquias são estabelecidas
Para a defesa da pátria
Ou seria mais para conseguir mais dinheiro e bens 
que o presidente omite bem na nossa cara?

Ora opressor 
Ora oprimido.
Todos tem a quem impor pavor
E todos tem a quem ser submisso.

Comentário: Esse poema/ prosa poética foi elaborado pensando numa forma interativa de recitar a poesia. Eu pediria para que todos que estiverem escutando o poema falassem juntos "Sim, Senhor" o que seria uma espécie de refrão do poema ou eu apontaria para algumas pessoas quando lesse os vocativos do poema que falariam "Sim, Senhor!"
Referência: O poema foi inspirado apenas no curta-metragem chamado "El Empleo". Foto apenas ilustrativa.



Comentários