Um Nada na Guerra


Homens em brasa aos gritos. 
Homens de farda aos tiros. 
Um mar de mortos em um silencioso gemido. 
A todo momento, eu poderia ser morto ou um inimigo. 
Há grande perigo de compor esse mar de sangue 
pela tempestade de bombas e tiros a qualquer instante. 





Por honra e compromisso à pátria, o sacrifício.
Por não querer me sentir um covarde, enfrento meu destino 
Transformando a arma na minha amante
Para defender tudo o que não quero perder de importante
E para lutar por um mundo melhor num futuro distante. 





Oh, Não!! O meu tempo acabou! 
Tão rapidamente uma bala em meu peito se instalou.
Ainda agora, sinto minhas mãos pesadas com todo o sangue que derramei
E me pergunto: Cadê o mundo melhor pelo qual lutei? 
Como ter paz através da guerra? 
Como ter paz através de tantos oceanos de sangue em diferentes épocas? 




Para eu descansar em paz sentindo o fluxo das águas 
Que, com o tempo, cicatrizará todas as minhas mágoas, 
peço para os governantes lembrarem do meu sacrifício 
e buscarem encontrar saídas mais civilizadas para os seus conflitos. 





Só assim, teremos um mundo melhor 
com mais compaixão à alheia dor.
Só assim, deixarei de ser um nada
que apodreceu num campo de batalha.





Comentário:
1. Esse poema vai virar um pequena curta-metragem. Espero que esteja bom à altura. Por tanto, sugestões, elogios e críticas são bem-vindos.
2. Para fazer o poema, eu assisti os seguintes filmes: "Até o último homem", "Um Ato de Liberdade" e "Honra e Liberdade".
3. Eu também li vários relatos de soldados que participaram de guerras e li um pouco do livro da Anne Frank.




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