Guerras do Cotidiano (corrigido)
Inimigos no tráfego.
Inimigos na escola.
Inimigos jogando bola.
Inimigos na conflagração.
Inimigos na comercialização.
Inimigos na discussão.
Inimigos na racionalização.
Ver como inimigo o vizinho
é, no mínimo, bem tristinho.
Se todos nós somos a humanidade,
Nós enfraquecemos a nossa potencialidade.
Nós desencadeamos
guerras no cotidiano
Em que o maior dano
é a desunião entre humanos.
O derramamento de sangue não é essencial para acontecer uma guerra.
A violência psicológica ou verbal molda uma sociedade hostil que berra
Sem conseguir perceber imersos numa linguagem desconectada e fria
Como nos empurramos para essa realidade por anos a fio sem autonomia!
Tanta ignorância por arrogância!
Tantas guerras para denegrir e atingir
o "inimigo" diferente porque simplesmente
não é como a gente...
Será que é um inimigo real
ou é inventado pelo social?!
Precisamos produzir mais e para isso, somos condicionados
a ficarmos cada vez mais exigentes, violentos e isolados.
Por isso, nos acostumamos a nos ver como inimigos
e somente com o despertar da consciência desconstruiremos isso
para assim, evitarmos as guerras pequenas do quotidiano
ao considerarmos cada um semelhante por ser um ser humano.
Referência: Inspirado no trecho do Livro "Multidão- Guerra e democracia na era do império". O trecho pode ser encontrado na página 8/ parágrafo 1 do seguinte link: http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/resumo_final_multidao_pdf_0.pdf
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