Numa Conversa Comigo
Converso para integrar um ser único.
Converso para nunca esquecer que a menina pequena e a grande mulher
Estarão comigo onde e quando eu quiser.
Te amo, pequena menina!
Eu ainda tenho muito de você em minha vida.
Sinto uma nostalgia!
Sinto uma grande alegria
Ao me lembrar de quando eu era criança
E do meu olhar de pureza e esperança.
Tenho saudade de você
embora você esteja me observando em mim
impossibilitando eu te esquecer.
Confio em você para realizar meus sonhos,
Mas tudo bem se desistir de outros julgados estranhos.
Como vou estar no futuro?
Será que vou mudar muito?
Mas espero ainda em você um pouco me reconhecer.
E Espero não totalmente perder
O sentido do mundo
caindo num desespero profundo.
Te amo, Grande Mulher e Pequena Menina!
Te amo nas suas derrotas!
Te amo nas suas vitórias!
Não devemos nos sentir cobradas
porque percorreremos juntas quaisquer jornadas!
Confio no meu futuro e não esqueço o meu passado!
Ultrapassaremos juntas todo o tipo de obstáculo!
Isso é o bastante para o amor não perdermos!
Estaremos juntas até a velhice com tudo integrando
e com os bons momentos lembrando,
pois o eu tem uma espiritual essência
em que uma parte é fixa
e outra se modifica
ao longo da vida,
pois sofreremos
e muito aprenderemos
para nos desenvolvermos
e o ser plenamente entendermos.
Comentário: Um poema bem emocionante e pessoal para mim...
Referência: O poema foi baseado na ideia de fazer um diálogo entre abstrações ou papeis sociais (nesse caso, comigo mesma no passado e no futuro) a partir da obra "Alfinete e Agulha" de Machado de Assis.
Podem comentar uma sugestão, se quiserem.
Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.
Link: https://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=1524
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