Homicídio no Ônibus 188-T
O ônibus 188-T na estrada segue seu destino
Com medo de desaparecer num terrível labirinto.
Labirinto do horror
Como num filme de terror...
De repente, o ônibus para na estrada
E uma janela é quebrada.
Entra um animal irracional assassino
que escolheu dar ao ônibus uma noite de perigo.
Esse animal num surto de loucura matou.
Vinte passageiros o fim deles ele decretou
Menos o último por indagá-lo que a morte aceitaria
se o animal explicasse o motivo de tantas vítimas.
Aí, começa o princípio da racionalidade
O animal se transforma num homem de verdade
que deixa sua arma na mesa desconcertado
e cobre o rosto com as mãos tão envergonhado.
O animal se transforma num homem de verdade
que deixa sua arma na mesa desconcertado
e cobre o rosto com as mãos tão envergonhado.
Vergonha por não conseguir entender a causa do seu comportamento.
O homem chora com tanto arrependimento
Pelo tanto que agiu sem pensar
Restando nas suas mãos um eterno sangrar.
O homem racional lava as suas mãos desesperado
Para que seu erro seja perdoado.
O homem racional reza para Deus
Aliviar seu coração que tanto se arrependeu.
Deus sabe que nenhum homem é um caso perdido.
Todo o ser humano aprende a conciliar o conflito
Entre a razão e a emoção,
E por isso, Deus perdoou trazendo paz no coração
De um homem que achava não merecer,
Mas Deus acredita que tudo seja possível aprender...
Comentário: Esse poema nasceu da minha necessidade de fazer um poema com suspense e terror a partir de um caso criminal estilo Agatha Christie ou Sherlock Holmes. Sempre ousada, gosto de fazer coisas que eu nunca fiz ainda para explorar as minhas possibilidades e dar ao poema uma identidade cada vez mais singular. Eu imaginei essa situação, ou seja, o número do ônibus e o homicídio são todos inventados.
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