Equilibrista em Desiquilíbrio


Agora uma tristeza se apoderou de mim. 
Me devorou agora tão intensamente assim. 

Não pude conter as quantas lágrimas!
São tantas as não elaboradas mágoas
Que me desiquilibram da linha reta,
Que me direcionam para o chão abaixo dela. 


Por outro lado, com a insegurança,
Me sinto numa corda bamba. 
A gente não se isenta! Mas quanta social cobrança!
Assim, a gente humanamente não aguenta e se cansa!


Sou uma fracassada equilibrista. 
Tento me manter na linha,
Mas tropeço várias vezes 
E isso se repete por vários meses.


A insegurança me faz temer
De cair e morrer. 
Como posso me equilibrar em qualquer altura
Sendo tão insegura?

Insegura da minha capacidade
E da minha verdade.
Insegura do meu valor
E de quem eu sou.

Insegurança que me faz cair
E imediatamente desistir. 
Mas não me rendo. 
A insegurança não está realmente me vendo. 

Presto atenção no meu corpo
Eu foco em mim e em mim no meu sonho. 
E passo a passo eu ando sob a linha
Firme sem ou com caídas.
Cada vez mais, sinto minha autonomia
Porque eu sou e serei, por toda a minha vida, uma perseverante equilibrista.

Comentários

Gugu Keller disse…
A solidão a rigor nos é inerente. E o exterior, a respeito, irrelevante.
GK