Isolada e Estagnada



Sinto medo
Quando me vejo
Caminhando sem perna
Como se estivesse cega.

Sinto receio
E no peito um aperto
Por me sentir incapaz
Como me falaram uns dias atrás.

Sinto vergonha
Com extrema dor e força
Pelas expectativas da minha família,
Minhas e da sociedade nunca serem cumpridas.

Sinto anseio
Para que haja mudanças sem freio
Em meu mundo agora pequeno
E quer se abrir cansado de tanto receio.

Sinto tristeza
Pelo desânimo que a minha fortaleza
Destruiu quando me subestimo
E me condeno a um triste destino.

Sinto frustração
No meu coração
Por não ser a filha que minha mãe merece
Comparado ao tanto que ela fez que não se esquece.

Sinto amor
Por ela seja como for
E vontade de retribuir tudo,
Mas temo tanto esse mundo...

Desculpe, mãe amada,
Eu não sei como te mostrar que sou grata
Mas a sensação que tenho pelo meu grande medo
É que estou parada no tempo...

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