O Dilema

A Mulher na foto é a atriz Melva Frances Cornell (Canadá). Fotografia de Albert Witzel (Louisiana, EUA), 1929.

Estou triste, profundamente triste…

Não sei direito por quê nem como dizer o que insiste.

Eu preciso reunir minhas forças antes que me mate

Para chorar e dizer a verdade por trás da face.

Tanto errei,

mas de coração me entreguei.

Minha vida está de pernas pro ar.

Eu só quero respirar tranquilamente,

Mas minha mente impacientemente

Me culpa pela amargura no coração dos antigos amores.

Me culpa pelo fracasso no trabalho evangelizador por tantas dores

E em acessar os alunos devidamente

Sem ter que me sujeitar a um programa friamente.

Mas minha mente impacientemente

Me culpa pela dificuldade social de me comunicar

E me condena a um estágio não conseguir entrar.

Não preciso de lenços nem de elogios, só que me escutem.

Só preciso ser escutada nesse momento triste passageiro.

Sei que a tristeza vai passar…

E essa enorme vontade de chorar…

Preciso desenvolver minhas habilidades com foco

Mas sempre volto para esse ponto de ódio

Comigo mesma

Me deixando nesse dilema.

Dilema esse que não sei descrever…

Palavras não descrevem bem os sentimentos.

Elas tentam, tentam e tentam, mas os lamentos

São mais fortes do que a minha racionalidade.

Por tanto, acredito que o dilema é sentir o que não sei descrever

Pelo medo de tentar, tentar e tentar

Sem sair do mesmo lugar

Pelo tanto a me culpar e condenar.

Sinto um aperto no coração

Que fazia tempo que não o sentia em profusão.

´E um aperto quando tenho sentimentos contra mim

Porque meu espírito e mente protestam a mim e por mim tão simplesmente assim…

Esse aperto bloqueia minhas emoções

Como se algo tampasse minhas sensações.

Socorro, Jesus! Traga a sua luz para aliviar a tensão

Do meu coração.

Traga a luz para iluminar minha mente

Para a minha vida daqui para frente.

Meu medo me deixa num aperto escuro

Subestimando minha capacidade de andar pelo mundo.

Traga a luz, Jesus, por favor…

Porque com o seu e meu amor

a mim mesma,

eu conseguirei desvendar e ressignificar esse dilema…

A minha força tira da minha cara a culpa que me venda.

A minha força tira da minha cara o medo que me bloqueia

E tudo o mais que não habita em mim,

Já que no mais tardar, vai embora quando eu dizer: “SIM”…

Comentários

Sacha moser disse…
Bonito poema,profundo e singelo com sua escrita peculiar
Abs