Jogo por Amor por David Stewart - Episódio 5 da Série em Poesia "Amélie Klein"
kesinee Não achei o desenhista nem nada sobre esse desenho. Então, simplesmente não fui eu que desenhei... |
Parte 1
Em 1997, eu estava jogando bola
Como costume depois da escola
Quando jovens do condomínio
Desciam à quadra para não ficarem sozinhos.
Conheci Charlie no dia que ele se mudou ao meu condomínio
E desceu para jogar e conhecer os meninos.
Foi a primeira vez que jogamos juntos.
Fizemos vários gols nos seguintes minutos.
No dia seguinte, no meio do jogo, vi uma nova menina
Chegando linda e um pouco tímida.
Passei a jogar como nunca para ela me notar,
Mas diferente das outras meninas, ela mal chegou a me olhar.
Ela começou a animadamente conversar
Com a Jane Evelyn do segundo andar.
Perguntei para Marc se ele sabia quem era aquela linda menina
Porque nunca tinha visto antes desse dia.
Charlie, que estava perto de nós, perguntou desconfortável e meio bravo
Se era na irmã dele que eu estava interessado.
Tentei disfarçar dizendo que era em outra garota.
E aí ele relaxou, se desculpou e voltou a jogar de boa.
Eu, Charlie e Marc nos tornamos melhores amigos.
O verão inteiro das férias ficamos jogando com os outros meninos.
`As vezes, com as meninas, jogávamos “polícia e ladrão”.
E em dias chuvosos, era só video-game e filme de ação.
Luke também é um novo, meio fechado e esquentado morador
Já que, no anterior primeiro jogo, vestiu a armadura depois de ter brigado com outro jogador.
Richard, Jack e Luke lutam de um lado da quadra.
Eu, Charlie e Marc batalhamos do outro time com garra.
Ninguém pode dizer o que é e o que vai ser.
Meu pai é o primeiro a afirmar não poder
Eu ser quem eu queira no mundo
Pelo tanto que falta pelo rótulo em cada segundo.
Para ele, ser homem não é ser sensível; é ser agressivo
E, num jogo de futebol, deve ser o mais competitivo
Para que domine pensando que é melhor do que os demais
E que é extremamente mais capaz.
Para ele, ser homem no jogo da vida
É ser ganancioso para alcançar a diplomacia
derrubando com carrinhos e faltas qualquer jogador
para mostrar quem é o verdadeiro dominador.
Dominador é cuidar do que é “meu”
Mesmo que não seja realmente “meu"
Já que a posse é uma ilusão, um conceito cultural,
De que tudo deve ser controlado para ser o maioral…
Se Amélie é irmã do meu melhor amigo,
dar em cima dela seria impossível.
Eu prestava atenção no jogo, mas não deixava de observar
Como se empolgava com as suas amigas ao conversar.
Na direção do banco que estavam sentadas, com brutal força, a bola foi jogada.
Eu corri, peguei a bola e fiz um gol de cabeçada.
Depois do susto e de me agradecerem, Amélie e as amigas passaram a assistir o jogo
E eu, para ganhar a partida, estava totalmente louco.
Em vários momentos rápidos, eu e Amélie cruzamos o olhar.
Sempre que isso acontecia, sentia frio na barriga e vontade de me aproximar.
Mas eu queria muito a impressionar porque assistia atenciosa ao jogo.
Então, precisava me concentrar e não encará-la como um tremendo bobo.
O Luke do outro time parecia nela também interessado
E provocando a mim, tornou o jogo um campo minado.
Mais ágeis e competitivos do que o jogo anterior ambos estávamos
E mais compenetrados que acabamos deixando o jogo acirrado.
Quem ia perder? Quem ia ganhar?
Um time fazia gol e aí, voltava a empatar.
Até que furioso por dominarmos a bola,
Luke deu um carrinho em Charlie numa errada hora.
Luke acertou Charlie gritando ao cair no chão,
E ao invés de pedir desculpas, Luke então,
Pediu para Charlie parar de frescura
E eu falei: Por quê não reconhece sua parcela de culpa?
Luke continuou zoando Charlie de “boiola”
porque jura esnobando que bateu na bola.
Eu não aguentei a raiva e parti para a agressão
Para ele aprender que com meu amigo ninguém esnoba assim não.
Eu dei uma porrada na barriga.
Já ele queria quebrar a minha narina.
Eu o xinguei de vagabundo.
E ele de estúpido.
Marc, Richard e Jack nos afastaram.
Jane e Amélie assustadas se aproximaram.
Jane falou, para mim, que dessa forma violenta, nada se resolve;
Apenas continua a ilusão de que são mais homens.
Jane disse, para Luke, que mandar na dor alheia é inconveniente
E também insinuar que Charlie é inferior por um acidente.
Aliás, ela estranhou dizendo a Luke que é preconceito
ele insistir a insinuar que “boiola” é um xingamento.
No seu segundo jogo com os meninos, Luke não a conhecia,
Mas não gostou nada de receber de uma mulher uma crítica.
Por isso, odiou Jane Evelyn dizendo que só foi uma zoeira.
Mas Jane disse que achava estranho ele “diminuir” Charlie por uma brincadeira.
Amélie concordou com o que Jane disse com a cabeça,
Mas continuou calada com uma vontade à beça
De falar alguma coisa que tenha a incomodado,
Mas como estava envergonhada, ela deixou de lado.
Luke estava totalmente emburrado e irritado.
Charlie foi ao hospital para ser engessado.
No dia seguinte, fui à casa de Charlie visitá-lo
E encontrei Amélie o ajudando em seu quarto.
Eu disse: Oi. Tudo bem?
Ela disse: Oi. Sim. Você pode ajudar? Vem.
Meu irmão precisa ficar de repouso.
Mas ele não aguenta ficar quieto nenhum pouco.
Eu ri e disse que vou fazer companhia.
Ela sorriu saindo e disse ao irmão com alegria
Que podemos chamar o pessoal e assistirmos um filme
Com pipoca porque eu e Charlie não conseguiremos jogar hoje no time.
Eu e Charlie gostamos da ideia.
Eu realmente gostei e admirei esse jeito dela
De se preocupar gentilmente com o irmão,
E sofri por não poder ter nada com ela não...
Como sou bem popular, poderia pegar
Várias meninas que gostariam até de me namorar,
Mas me tira do sério essa menina
tão linda que me fascina.
Difícil não pensar em nada com ela
Porque ela estava muito gata com uma blusa amarela
Cheia de boa intenção, tão alegre e fofa, sorrindo
Sem perceber o que eu estava sentindo.
Lisa, Jane, Marc, Richard, Luke e Jack chegaram.
Na sala, assistimos um filme de terror em que todos gritaram.
Minha mãe assistiu conosco,
Como era de terror, à contragosto.
Amélie cobria o rosto ou abraçava com medo Jane do seu lado.
Eu morria de vontade de estar com ela e de abracá-la de modo delicado.
Eu aguentei e fiz força para que o meu sentimento desaparecesse
Já que aparentemente ela não demonstrava interesse por mim - não que parecesse.
Sou apenas o amigo e vizinho de condomínio do seu irmão.
Ela com 16 e eu 18 como Charlie, daria não.
Como acabamos de nos conhecer, não quero me apressar
Porque ela não é como qualquer uma que eu poderia ficar.
Ela começou a estudar na mesma escola,
E é uma das únicas meninas que não me dá bola.
Ela conversa comigo como amigo mesmo
Sem aquela pretensão de um beijo.
Vou manter tudo em segredo
E abafar esse sentimento.
Vou continuar tentando esquecê-la pegando outras meninas
Enquanto de canto de olho a vejo na quadra toda animada com suas amigas.
Parte 2
Em 2000, procurei me certificar
De que o que sinto por Amélie é um amar
Capaz de Charlie enfrentar
E nossa amizade ameaçar.
Procurei respeitar
O tempo de nos conhecermos
Para que fortalecesse nossos sentimentos
Capazes de nos movimentar.
Amélie convidou nosso grupo de amigos
Para conhecer, em sua casa, um esconderijo
Que carrega uma história de muita dor
Daquela que enfrentou as violências do seu marido opressor.
Quando Amélie descobriu a secreta passagem,
para conhecer a ex-moradora, decidiu fazer uma viagem.
Conheceu a ONG em defesa das mulheres, nessa viagem transformadora,
Por observar como Louise ressignificou a sua dor esmagadora.
Louise rompeu com os rótulos
Transformando sua dor em modos
De ajudar a amenizar essa realidade
Conscientizando a mulher da sua potencialidade.
Nós rearrumamos o esconderijo
Que nomeamos por “Sala do Sumiço”
para conversarmos, cantarmos,
desafabarmos e filosofarmos…
´E um lugar nosso de refúgio
em que pintamos e decoramos
e qualquer coisa falamos
para que seja o nosso mundo.
Quando eu cheguei na casa número oito,
Eles já estavam falando enérgicos sobre o aborto.
Os pufes, cadeiras e sofá estavam todos ocupados.
Acabei sentando no braço do sofá com a Amélie do meu lado.
Luke disse que é contra totalmente
Porque a responsabilidade é da mulher completamente.
Richard disse que se tem filho, cuida.
Tem que responder as consequências dos seus atos como adulta.
Jane disse que do aborto é a favor
Porque é liberdade da mulher fazer o que for
E a responsabilidade deve ser do casal
Porque fazer o filho sozinha não é natural.
Amélie disse com tanta segurança
Diferentemente do ano passado que não tinha muita confiança:
Se tal mulher quiser ou não abortar,
Ela que decide sem que ninguém tenha que julgar.
Amélie continua: Igualmente são importantes
A liberdade e a reprodução em todos os instantes.
Então, para que ditar o que o outro deva fazer?
Lidando com as consequências, cabe a cada casal escolher.
Lisa pensativa a Luke diz
Que não é culpa apenas da mulher que isso quis.
Luke diz que tem muita mulher que faz golpe.
Já Lisa diz que tem muita que abuso sofre.
Luke e Richard não concordam falando
que são mulheres que acabam ignorando
Como precisam se cuidar com camisinha
Para que não recebam da cegonha uma visitinha.
Eu disse que há diferentes situações
Que não devem ser resumidas em generalizações
Para que todos sejam ouvidos
E não, julgados nem tão pouco excluídos.
Eu continuo seriamente dizendo
que agir para a alheia necessidade
É diferente de agir para a culpabilização sem racionalidade
Que muitas pessoas acabam fazendo.
Amélie fica impressionada
Concordando muito com a minha fala
Até mesmo porque tem tanto cara
Que decide abortar sem ver a necessidade da namorada.
Jane também fala de tantos familiares
Que se culpam ou culpam os outros como irresponsáveis
Sem perceber os sentimentos e necessidades envolvidas
e como não há para todos um script social de vidas.
Jack entediado pergunta se o pessoal não quer
Jogar verdade ou desafio com o que der e vier.
Lisa coloca no seu celular baixinho uma canção linda.
Eu falei que rodar a garrafa para facilitar eu poderia.
Gabriely cumpre o desafio de imitar
O Michael Jackson desde cantar a dançar.
Charlie disse que bêbado já rolou na rua deitado
E aí acabou dormindo até acordar desorientado.
Richard à pedido de seu primo Luke pergunta a Amélie que quer verdade:
Tem algum garoto que ela gosta sem falsidade.
Amélie diz que sim ficando vermelha e sem graça.
Ele perguntou quem, mas ela disse que, como é só uma pergunta, essa ela passa.
Jane teve que tirar a calcinha no banheiro
E ficar com ela amarrada na cabeça pelo jogo inteiro.
Jack teve que ligar para a pizzaria
E desabafar chorando com a atendente sobre a sua família.
Jane me pediu para eu fazer um dueto com alguém.
Todos falaram para Amélie fazer porque canta também.
Nós cantamos sem tirar o olho,
Atentos e entregues um ao outro.
As nossas vozes estavam em sincronia.
Até mesmo porque nós dois gostamos da melodia.
Ela estava cantando tão perto de mim que quase não aguentei
Para não arrancar um beijo apenas por Charlie que segurei.
Tantas lembranças vinham com tudo...
Histórias, Mágoas, Conquistas, Sonhos,… E um desejo profundo
Que sempre se manteve quieto até aquele momento,
Quando sem pensar em nada nem ninguém eu lhe dei um beijo.
Quando terminou a música, eu a beijei
E ela correspondeu com doçura como imaginei.
Foi um beijo profundo, carinhoso e tão desejado
Que eu esqueci de todos que estavam ao nosso lado.
Quando terminamos de nos beijar,
Eu fiquei pálido, quando olhei a cara de Charlie a trovejar.
Morri de medo observando a cara que mais me importa:
Amélie estava surpresa e chocada, mas não estava brava
como a de Charlie e a de Luke como se notava.
Todos os outros aplaudiram
E, por finalmente a gente se expressar, todos vibraram…
Sem palavras, eu não sabia onde a cabeça enfiar
E disse nervoso à Amélie que pedia desculpas, mas não pude aguentar...
Amélie perguntou o que eu não aguentava mais e eu me senti tão constrangido,
Mas não ia embora até colocar para fora o que estava engolindo
Repleto de coragem pelo meu amor estar explodindo
Por ter cantado com ela e tão perto seu calor ter sentido.
Meu corpo e espírito
Reclamavam que queriam fazer um certo pedido
De ser verdadeiro mesmo com todas as dificuldades
Encarando todas as consequências e possibilidades.
Então, eu disse: Eu não aguento mais
Disfarçar o que sinto por Amélie, há tanto tempo, não tenho paz.
Eu não me permiti por medo de perder
Minha amizade com ela e com Charlie que poderia não querer.
Charlie pergunta furioso: O que você não aguenta?
Não diga que está a amando. Por favor, não inventa!
Você é mulherengo! E não vou deixar você a machucar.
Não quero que você dela volte a se aproximar…
Charlie parecia outra pessoa.
Não esperava uma reação boa.
Mas ele nem parecia meu amigo.
Agora me rotulava ditando meu destino.
Amélie que estava chocada
Disse a Charlie muito revoltada:
que ela é quem decide quem ela quer ficar
E que ela consegue se defender sozinha, se precisar.
As mulheres não são frágeis, naturalmente,
Não precisando de homens para seguirem em frente
e tomarem decisões importantes da sua vida
já que podem e devem exercer a sua autonomia.
Todos aprovaram com palmas.
Mas ela pediu silêncio e calma.
Ela disse que também me ama
E com o tempo, sentiu crescer uma chama.
Ela disse que em todos os momentos,
Ela também tinha os mesmos desejos
Mas tinha medo de eu o mesmo não sentir
E acabarmos com a amizade que em tantos anos nos empenhamos em construir.
Eu disse que caso não desse certo futuramente,
mesmo convivendo menos e a amizade sendo diferente,
Que somos livres para amar ou recuar
Porque o seu não querer eu nunca chegaria a desrespeitar.
Todos aplaudiram enquanto a gente se beijava.
Eu olhei para Charlie enojado com o que observava.
Ele me disse que precisava daquela sala abafada sair
E pedia respeito para ninguém o seguir nem nada exigir…
Eu olhei para Amélie preocupado,
Mas a beijei novamente aliviado
Por poder tê-la em meus braços
Sem negar o que sinto desde o ano passado.
Todos foram embora para seus compartimentos.
Alguns trabalhavam e precisavam levantar cedo.
No meu quarto, deitado na cama fiquei pensando
Nesse dia tão incrível que estava terminando.
Vou pedir a ela para namorar
porque não posso mais esperar.
Renunciar nosso amor
Está nos causando muita dor.
Não quero mais renunciar tantos beijos
Nem deixar de compartilhar momentos...
Mesmo que isso signifique
Que Charlie afastado de mim temporariamente fique.
Depois de uma semana de namoro, de manhã Amélie eu fui visitar
E o café da manhã deles ajudei a preparar
Porque queria Amélie esperar
Para ao colégio a acompanhar.
Eu peguei o cereal no armário bem em cima dela.
Ficamos tão perto que não aguentei e dei um beijo nela.
Charlie chegou revirando os olhos
E dizendo que nem de manhã o casal desgruda um pouco.
Foi aí que ao invés de ficar magoado,
Eu entendi o recado:
Ele pode estar meio enciumado
Achando que ficará de lado.
Eu o cumprimentei
E, como estava com saudades, eu o convidei
A jogar bola,
Depois da escola.
Ele disse que ia ver.
Eu disse ainda para ele saber
que vai ter uma competição
no próximo ano em nome da nossa escola no Maranhão.
Ele disse que vai pensar.
Amélie foi terminar de se arrumar.
E Charlie acrescentou: Agora que passou o baque,
Acho que vocês até combinam, sabe?
E continuou: Peço que não fale jamais
Minhas coisas para ela, se não para mim, vai ser demais…
E caso terminarem ou brigarem – calma, só uma possibilidade,
- espero que não afete a nossa amizade.
Eu aceitei, sorri
e um alívio imenso senti.
E ainda me disse: se gostava dela há tanto tempo,
cara, não precisava guardar esse segredo.
Eu respondi sabendo que ele tinha razão, mas eu tinha medo
De perder nossa amizade e queria ter certeza do meu sentimento
Para não correr o risco e não ser nada daquilo
E aí, ficaria chato para a gente ou algo do tipo.
Além disso, no fundo, também tinha medo de começar
um compromisso porque seria a primeira vez a namorar.
Seria tudo muito novo e não me sentia pronto.
Queria conhecê-la melhor para saber quando e como.
Ele disse: Nunca vi você ninguém amando!
Só te vi brincar com tantas que, quando eu vi, não tava nem acreditando!
Desculpe por ter te rotulado, mas nunca pensei que você fosse cara desse tipo.
Mas, pensando bem, eu acho que isso de “tipo” não tem o menor sentido…
Nós rimos,
E juntos para o colégio seguimos….
Esse inferno passou…
Um tempo novo o meu coração chamou…
Parte 3 (capítulo novo)
Devo ter excluído sem querer a parte anterior. vou continuar procurando.
Estavam jogando ping-pong
A última partida que decidiria a competição
seria eu e Charlie contra Amélie e Jane.
Todos estavam compenetrados
no jogo mas, quando deu 11h, acabamos terminando empatados.
Todos falaram para jogarem a última partida
que desempataria essa acirrada briga.
Bem nesse momento crucial eu dei a besta
e joguei a bola com muita força que a lançou longe da mesa.
Mas pelo menos, fez todo mundo dar risada
e já marcamos nossa próxima jogada
que poderíamos fazer num dia
de vários jogos e as pessoas se animaram com alegria.
Por fim, as pessoas foram subindo
aos poucos aos seus alojamentos se despedindo.
Eu olhei para a Amélie discretamente,
como quem diz, vamos ter um momentinho para gente...
Restaram nós nessa noite enluarada
para podermos nos acompanhar pela madrugada
e aproveitar o momento precioso
e curtir o amor revigoroso.
Nos demos um beijo em que a sensibilidadeSe fez presente
E em que o amor de verdade
Foi evidente.
Nos demos um beijo delicado, sensível e lindo,
Enquanto parava vagarosamente de chover no nosso condomínio
Mas estávamos protegidos
Pelo guarda-chuva em que estávamos juntinhos.
Um beijo que concretiza o amor
Depois de tantas conversas a todo o vapor
Que tivemos para nos conhecer
E ver o amor aos poucos florescer.
As gotas de chuva se intensificaram
E pelo som uníssono nos tranquilizaram.
Não subimos para nossos apartamentos por um tempinho
Porque a chuva não foi empecilho para continuarmos nos curtindo...
Eu quero tanto fazer
um pedido para poder
tornar meu sonho de namorar
uma possibilidade a se esperar.
Então, no dia seguinte, pedi para nos encontrarmos na sala do sumiço,
a arrumei com velas, incensos e vinhos
e com caminho de flores ela chegou até mim
e de repente eu cheguei por trás e perguntei o que ela sente quando a abraço assim.
Ela diz que muito amor
e considerando a história dessa casa dor
porque Louise sofreu por falta do que sentimos
que é muito fortalecedor para que seguimos.
Eu concordei e comecei a agradecer
todos os momentos que passamos a conviver
nessas quatro semanas que estamos ficando,
deixando fluir e percebendo se realmente combinamos.
Eu sempre quis abraçar Amélie assim desde que a vi
e agora eu podia a sentir
e espero que tenha chegado a hora
seria eu e Charlie contra Amélie e Jane.
Todos estavam compenetrados
no jogo mas, quando deu 11h, acabamos terminando empatados.
Todos falaram para jogarem a última partida
que desempataria essa acirrada briga.
Bem nesse momento crucial eu dei a besta
e joguei a bola com muita força que a lançou longe da mesa.
Mas pelo menos, fez todo mundo dar risada
e já marcamos nossa próxima jogada
que poderíamos fazer num dia
de vários jogos e as pessoas se animaram com alegria.
Por fim, as pessoas foram subindo
aos poucos aos seus alojamentos se despedindo.
Eu olhei para a Amélie discretamente,
como quem diz, vamos ter um momentinho para gente...
Restaram nós nessa noite enluarada
para podermos nos acompanhar pela madrugada
e aproveitar o momento precioso
e curtir o amor revigoroso.
Nos demos um beijo em que a sensibilidadeSe fez presente
E em que o amor de verdade
Foi evidente.
Nos demos um beijo delicado, sensível e lindo,
Enquanto parava vagarosamente de chover no nosso condomínio
Mas estávamos protegidos
Pelo guarda-chuva em que estávamos juntinhos.
Um beijo que concretiza o amor
Depois de tantas conversas a todo o vapor
Que tivemos para nos conhecer
E ver o amor aos poucos florescer.
As gotas de chuva se intensificaram
E pelo som uníssono nos tranquilizaram.
Não subimos para nossos apartamentos por um tempinho
Porque a chuva não foi empecilho para continuarmos nos curtindo...
Eu quero tanto fazer
um pedido para poder
tornar meu sonho de namorar
uma possibilidade a se esperar.
Então, no dia seguinte, pedi para nos encontrarmos na sala do sumiço,
a arrumei com velas, incensos e vinhos
e com caminho de flores ela chegou até mim
e de repente eu cheguei por trás e perguntei o que ela sente quando a abraço assim.
Ela diz que muito amor
e considerando a história dessa casa dor
porque Louise sofreu por falta do que sentimos
que é muito fortalecedor para que seguimos.
Eu concordei e comecei a agradecer
todos os momentos que passamos a conviver
nessas quatro semanas que estamos ficando,
deixando fluir e percebendo se realmente combinamos.
Eu sempre quis abraçar Amélie assim desde que a vi
e agora eu podia a sentir
e espero que tenha chegado a hora
de oficialmente sermos namorados agora.
Amélie assentiu sorrindo e então, eu cantei
uma música para ela acapella que ensaiei
e no final ela cantou comigo sorrindo de olheira a olheira
e eu mal acreditei que é minha companheira.
Esse momento é nosso!!
Agora a beijar eu posso!
Eu quero poder meu amor mostrar...
E mais perto dela, pergunto: Quer namorar?
E ela sorri, diz que sim e o meu mundo ilumina
e aí, apago as velas para no escuro dormir abraçado com essa menina
sentindo carinho e amor com todo o meu respeito
para que ela se sinta aquecida depois de uma noite chuvosa e que não apressarei o seu tempo...
Amélie assentiu sorrindo e então, eu cantei
uma música para ela acapella que ensaiei
e no final ela cantou comigo sorrindo de olheira a olheira
e eu mal acreditei que é minha companheira.
Esse momento é nosso!!
Agora a beijar eu posso!
Eu quero poder meu amor mostrar...
E mais perto dela, pergunto: Quer namorar?
E ela sorri, diz que sim e o meu mundo ilumina
e aí, apago as velas para no escuro dormir abraçado com essa menina
sentindo carinho e amor com todo o meu respeito
para que ela se sinta aquecida depois de uma noite chuvosa e que não apressarei o seu tempo...
Parte 3
Ela diz que muito amor
Eu queria tanto fazer
um pedido para poder
tornar meu sonho de namorar
uma possibilidade a se esperar.
Me encontro com ela na sala do sumiço,
a arrumo com velas, incensos e vinhos
e com caminho de flores ela chega até mim
e de repente eu chego por trás e pergunto o que ela sente quando a abraço assim.
e considerando a história dessa casa dor
porque Louise sofreu por falto do que sentimentos
que é muito fortalecedor para que seguimos.
Eu concordo e começo a agradecer
todos os momentos que passamos a conviver
nessas suas semanas que estamos ficando
e percebendo que realmente combinamos.
Eu sempre soube que desde que te vi
mas comprovei quando vivi
e espero que tenha chegado a hora
de oficialmente sermos namorados agora.
Amélie assentiu sorrindo e então, eu cantei
uma música para ela acapela que ensaiei
e no final ela cantou comigo sorrindo de olheira a olheira
e eu mal acreditei que é minha companheira.
Esse momento é nosso!!
Agora a beijar eu posso!
Eu quero poder meu amor mostrar...
E mais perto da vela, pergunto: Quer namorar?
E ela sorri, diz que sim e o meu mundo ilumina
e aí, apago as velas para no escuro namorar esse menina
sentindo e dando carinho e amor em todo o meu toque
para que ela se senta acolhida e o quanto, como eu, tem sorte...
Parte 4 (continuação duas semanas seguintes à parte 2)
No posterior final de semana, eu convidei Amélie para vir na minha casa.
Vamos cantar, jogar e conversar até a madrugada.
Depois de uma semana de estudo e trabalho, merecemos descansar
E nos curtir bastante já que começamos a namorar.
Tão linda com um vestido vermelho, ela entrou no meu quarto
Para assistirmos um filme juntinhos abraçados.
No meio do filme, nos envolvemos entre beijos e amassos
E, espontaneamente, foi nossa primeira vez ao som do filme totalmente ignorado.
Foi um momento lindo e inesquecível!
Valeu a pena esperar tanto porque foi tão incrível…
Eu tirei a roupa dela depois de tanto ter desejado.
Eu amei cada centímetro dela por mim tão tocado.
Depois de uma vez ter me machucado
Ao ter ficado apaixonado,
Comecei a pegar várias sem compromisso
Porque não queria mais sentir o doloroso martírio.
Quando conheci Amélie, tudo mudou
E minha esperança possibilitou
Que eu voltasse a acreditar no amor
Como existiu naquele minuto em louvor.
Mesmo que acontecesse qualquer coisa conosco,
Sei que nos amamos naquele minuto um pouco.
Eu toquei, pela primeira vez, o corpo dela como louco
Que acariciava e arrepiava o meu corpo todo.
Ironicamente, terminou o filme quando começamos a assistir
E resolvemos descansar depois de tanto aproveitar cada sentir…
Começamos a rir do filme que terminou logo que começou…
E quando bateu fome, eu fui para cozinha fazer a pipoca que Amélie comprou.
Quando a pipoca estava estourando,
Eu ouvi um grito de Amélie no quarto onde ficou esperando.
Eu corri para ver o que tinha acontecido preocupado,
E ela tinha batido, na quina da cama, com o pé descalço.
Eu me distraí tentando ajudá-la.
Meu pai tinha chegado em casa e foi ao meu quarto com a cara emburrada
e disse: "Estou sentindo cheiro de queimado.
Será que você faz realmente tudo errado?"
Eu lembrei da pipoca no fogão
Que estava toda queimada sem poder comer mais não…
Fiquei zangado pelo que meu pai disse
Porque esqueci da pipoca preocupado se Amélie se ferisse.
Ele nem pensou em ter me perguntado
O que aconteceu para que a pipoca tivesse queimado.
Já vem me rotulando, como sempre, ele e minha mãe me tratam assim,
Mas eu sei o motivo real mesmo que eles não digam para mim.
Eu e Amélie fomos a escola
E ela percebeu minha cara de derrota.
Sentados num banco do pátio, eu contei
Como num assassino eu me transformei…
Sinto uma enorme e terrível culpa
Que é como uma diária surra
Porque com nove anos, estava distraído brincando, quando minha irmã pequena
caiu da janela do décimo nono andar lá ficando até que minha mãe a perceba.
A minha irmã foi para o céu
Como a minha esperança no véu.
Essa irmã era três anos mais nova do que a Amélie.
Ela partiu tão cedo no mundo e nem ele nem sua família a esquece.
O quarto todo rosa dela ainda está intacto
Com sua caminha e roupas no armário.
Todo o dia, eu me lembro do que eu fiz.
E do quanto ela merece mais do que eu estar aqui.
Meus pais me culparam.
Tanto me condenaram.
Me lembro da revolta naquela época
Quando eles me chamavam de “idiota”.
Eu sou um detestável homem
Por não ter honrado meu nome
E não ter salvado a minha irmã Sara querida
Da janela em que tiraria a sua vida.
Por isso, sinto que deveria ser protetor
À minha irmã porque a dor
Vem dessa culpa que carrego em meu peito
E que me condena pelo remorso aqui dentro.
Amélie me ouvindo comovida de coração
Diz: “Olha, David, para mim, a culpa envolve intenção e ação.
Você era criança e seus pais não deveriam ter te tratado
Dessa forma como se fosse sua culpa que sua irmã tivesse se acidentado.
Talvez eles devessem estar sensibilizados
E ainda não terem direito racionalizado.
Mas talvez uma parte da culpa que você vê acusada por eles
Pode estar impregnada pela culpa que você sente em si desde sempre…"
Eu disse para Amélie como eu gostaria de voltar no tempo
Correndo na velocidade da luz sem medo!
Gostaria de ser o The Flash para que seja possível
Salvar minha irmã desse cruel destino.
Eu e Amélie pedimos à bruxa Morgan essa proeza.
Nós voltamos no tempo e percebemos a redondeza.
Por um momento, eu vejo minha irmã e mesmo que não consiga salvá-la
Por ser tarde demais, pude dizer a ela, entre lágrimas,
que é por todos muito amada.
Pedi desculpas por não ter a minha irmã ajudado.
Meus pais tinham ido rapidamente para o vizinho ao lado.
Contavam comigo para que de minha irmã Sara estivesse a salvo do nosso lado,
Mas continuei brincando porque de ficar cuidando dela não estava muito concentrado.
Sara me disse que simplesmente foi um acidente
E que, como ela me ama, não quer decididamente
Que eu me sinta culpado
Porque o dia da morte é para todos algo incontrolado.
A fragilidade da menina dos meus pensamentos
foi substituída pela força dos seus sentimentos
Me dizendo adeus e que não preciso pensar
como deveria salvá-la
Para ser homem de verdade,
Mas sim, que precisaria amá-la
E aceitar a minha realidade...
Nos despedimos de Sara que partiu em espírito
certificando-se que estou um pouco melhor embora seja difícil
Vê-la tão pequena indo embora
Porque simplesmente havia chegado a sua hora.
Voltamos na vassoura com Morgan para o colégio.
Agradecemos a bruxa que nos deixou em cima do prédio.
A bruxa disse que qualquer coisa poderíamos a chamar
Em nossa mente porque ela está sempre disposta a ajudar.
Amélie disse que não acha que eu seja um assassino de verdade
E que tenha a possibilidade de ressignificar esse momento com o olhar de uma fatalidade..
Amélie acha que meus pais estivessem se sentindo culpados
E aí, descontaram em mim como estavam se sentindo agoniados.
Tive uma conversa com meus pais difícil, importante, especial e grande
Em que rompemos com o tabu da morte de Sara por um instante.
Demonstramos nossos sentimentos abrindo o jogo,
quando chegou a hora do almoço.
Ao realmente, sem hipocrisia, conversar juntos,
Pudemos dizer sobre nossa necessidade de perdão mútuo.
Fomos honestos durante o tempo inteiro.
Depois desse dia, conseguimos melhorar nosso relacionamento
o deixando mais verdadeiro.
Cada um agradeceu por não precisar fingir seu sentimento.
Cada um tirou as máscaras revelando o ser verdadeiro.
Eles se emocionaram com minha conversa com Sara real ou na minha mente,
E depois chegou Amélie com um saco de pipocas rindo zombeteiramente…
Amélie disse zoando que dessa vez, não vai queimar, pois ela estará me ajudando.
Eu ri e disse: "Garota, tá me zoando?" Ela disse que sim brincando.
Então, eu comecei a correr atrás dela pelo condomínio
e ela com um brilho no olhar estava rindo…
Passamos pelos meninos
jogando futebol na quadra.
E enquanto ela ria e atrás dela eu corria,
Percebi que Luke na quadra de ciúme se contorcia…
Comentário: Fiz duas partes nesse episódio. Senti necessidade de ter duas para dimensionar melhor a temporalidade da história. Inspirada nos vídeos do Leo Hwan.
1997 - Ano que Amélie e Charlie se mudam para o condomínio de casas e apartamentos em que conhece David.
2000 - Ano que Amélie conhece a passagem secreta em sua casa de praia e conhece Louise. Em seguida, Gabriely entra no colégio.
Mais Personagens Apresentados até aqui: Morgan, Susan Klein, Lisa, Richard, Luke Coleman, Marc e Jack.
Outros desenhos que eu gostei para o personagem David Stewart:
No posterior final de semana, eu convidei Amélie para vir na minha casa.
Vamos cantar, jogar e conversar até a madrugada.
Depois de uma semana de estudo e trabalho, merecemos descansar
E nos curtir bastante já que começamos a namorar.
Tão linda com um vestido vermelho, ela entrou no meu quarto
Para assistirmos um filme juntinhos abraçados.
No meio do filme, nos envolvemos entre beijos e amassos
E, espontaneamente, foi nossa primeira vez ao som do filme totalmente ignorado.
Foi um momento lindo e inesquecível!
Valeu a pena esperar tanto porque foi tão incrível…
Eu tirei a roupa dela depois de tanto ter desejado.
Eu amei cada centímetro dela por mim tão tocado.
Depois de uma vez ter me machucado
Ao ter ficado apaixonado,
Comecei a pegar várias sem compromisso
Porque não queria mais sentir o doloroso martírio.
Quando conheci Amélie, tudo mudou
E minha esperança possibilitou
Que eu voltasse a acreditar no amor
Como existiu naquele minuto em louvor.
Mesmo que acontecesse qualquer coisa conosco,
Sei que nos amamos naquele minuto um pouco.
Eu toquei, pela primeira vez, o corpo dela como louco
Que acariciava e arrepiava o meu corpo todo.
Ironicamente, terminou o filme quando começamos a assistir
E resolvemos descansar depois de tanto aproveitar cada sentir…
Começamos a rir do filme que terminou logo que começou…
E quando bateu fome, eu fui para cozinha fazer a pipoca que Amélie comprou.
Quando a pipoca estava estourando,
Eu ouvi um grito de Amélie no quarto onde ficou esperando.
Eu corri para ver o que tinha acontecido preocupado,
E ela tinha batido, na quina da cama, com o pé descalço.
Eu me distraí tentando ajudá-la.
Meu pai tinha chegado em casa e foi ao meu quarto com a cara emburrada
e disse: "Estou sentindo cheiro de queimado.
Será que você faz realmente tudo errado?"
Eu lembrei da pipoca no fogão
Que estava toda queimada sem poder comer mais não…
Fiquei zangado pelo que meu pai disse
Porque esqueci da pipoca preocupado se Amélie se ferisse.
Ele nem pensou em ter me perguntado
O que aconteceu para que a pipoca tivesse queimado.
Já vem me rotulando, como sempre, ele e minha mãe me tratam assim,
Mas eu sei o motivo real mesmo que eles não digam para mim.
Eu e Amélie fomos a escola
E ela percebeu minha cara de derrota.
Sentados num banco do pátio, eu contei
Como num assassino eu me transformei…
Sinto uma enorme e terrível culpa
Que é como uma diária surra
Porque com nove anos, estava distraído brincando, quando minha irmã pequena
caiu da janela do décimo nono andar lá ficando até que minha mãe a perceba.
A minha irmã foi para o céu
Como a minha esperança no véu.
Essa irmã era três anos mais nova do que a Amélie.
Ela partiu tão cedo no mundo e nem ele nem sua família a esquece.
O quarto todo rosa dela ainda está intacto
Com sua caminha e roupas no armário.
Todo o dia, eu me lembro do que eu fiz.
E do quanto ela merece mais do que eu estar aqui.
Meus pais me culparam.
Tanto me condenaram.
Me lembro da revolta naquela época
Quando eles me chamavam de “idiota”.
Eu sou um detestável homem
Por não ter honrado meu nome
E não ter salvado a minha irmã Sara querida
Da janela em que tiraria a sua vida.
Por isso, sinto que deveria ser protetor
À minha irmã porque a dor
Vem dessa culpa que carrego em meu peito
E que me condena pelo remorso aqui dentro.
Amélie me ouvindo comovida de coração
Diz: “Olha, David, para mim, a culpa envolve intenção e ação.
Você era criança e seus pais não deveriam ter te tratado
Dessa forma como se fosse sua culpa que sua irmã tivesse se acidentado.
Talvez eles devessem estar sensibilizados
E ainda não terem direito racionalizado.
Mas talvez uma parte da culpa que você vê acusada por eles
Pode estar impregnada pela culpa que você sente em si desde sempre…"
Eu disse para Amélie como eu gostaria de voltar no tempo
Correndo na velocidade da luz sem medo!
Gostaria de ser o The Flash para que seja possível
Salvar minha irmã desse cruel destino.
Eu e Amélie pedimos à bruxa Morgan essa proeza.
Nós voltamos no tempo e percebemos a redondeza.
Por um momento, eu vejo minha irmã e mesmo que não consiga salvá-la
Por ser tarde demais, pude dizer a ela, entre lágrimas,
que é por todos muito amada.
Pedi desculpas por não ter a minha irmã ajudado.
Meus pais tinham ido rapidamente para o vizinho ao lado.
Contavam comigo para que de minha irmã Sara estivesse a salvo do nosso lado,
Mas continuei brincando porque de ficar cuidando dela não estava muito concentrado.
Sara me disse que simplesmente foi um acidente
E que, como ela me ama, não quer decididamente
Que eu me sinta culpado
Porque o dia da morte é para todos algo incontrolado.
A fragilidade da menina dos meus pensamentos
foi substituída pela força dos seus sentimentos
Me dizendo adeus e que não preciso pensar
como deveria salvá-la
Para ser homem de verdade,
Mas sim, que precisaria amá-la
E aceitar a minha realidade...
Nos despedimos de Sara que partiu em espírito
certificando-se que estou um pouco melhor embora seja difícil
Vê-la tão pequena indo embora
Porque simplesmente havia chegado a sua hora.
Voltamos na vassoura com Morgan para o colégio.
Agradecemos a bruxa que nos deixou em cima do prédio.
A bruxa disse que qualquer coisa poderíamos a chamar
Em nossa mente porque ela está sempre disposta a ajudar.
Amélie disse que não acha que eu seja um assassino de verdade
E que tenha a possibilidade de ressignificar esse momento com o olhar de uma fatalidade..
Amélie acha que meus pais estivessem se sentindo culpados
E aí, descontaram em mim como estavam se sentindo agoniados.
Tive uma conversa com meus pais difícil, importante, especial e grande
Em que rompemos com o tabu da morte de Sara por um instante.
Demonstramos nossos sentimentos abrindo o jogo,
quando chegou a hora do almoço.
Ao realmente, sem hipocrisia, conversar juntos,
Pudemos dizer sobre nossa necessidade de perdão mútuo.
Fomos honestos durante o tempo inteiro.
Depois desse dia, conseguimos melhorar nosso relacionamento
o deixando mais verdadeiro.
Cada um agradeceu por não precisar fingir seu sentimento.
Cada um tirou as máscaras revelando o ser verdadeiro.
Eles se emocionaram com minha conversa com Sara real ou na minha mente,
E depois chegou Amélie com um saco de pipocas rindo zombeteiramente…
Amélie disse zoando que dessa vez, não vai queimar, pois ela estará me ajudando.
Eu ri e disse: "Garota, tá me zoando?" Ela disse que sim brincando.
Então, eu comecei a correr atrás dela pelo condomínio
e ela com um brilho no olhar estava rindo…
Passamos pelos meninos
jogando futebol na quadra.
E enquanto ela ria e atrás dela eu corria,
Percebi que Luke na quadra de ciúme se contorcia…
By Skissa, Rita Ansikten. |
By Skissa, Rita Ansikten. |
Comentários
Parabens pelo texto bia
Um abraco