Imenso Medo

James Crandall (Estados Unidos, Los Angeles)

Tô com medo. 
Morrendo de medo
Tremendo...

Não sei o meu lugar
ao menos sei como respirar...
Me perco ao pensar...

Quero fugir...
De uma vez partir...
Mas ao pensar em você, sei que vou conseguir...

Minha heroína. 
Minha valentia. 
Minha mãe querida. 

Por você, devo enfrentar
meu medo de duvidar
e fraquejar...

Tenho medo que me bloqueia
a continuar na incerteza
mesmo que não seja da humana natureza. 

Sei que não sou definida
por um medo, uma agonia
nem ao menos uma menina tímida. 

Reconheço meu medo. 
Assim, na minha frente, o vejo
e mais uma vez me defendo. 

Até que de repente
o vejo na minha frente 
de modo diferente. 

O medo me defende
dos possíveis riscos a frente. 
Por isso, digo a mim: "Não se rende!". 

"Não entre em guerra. 
Nem com ele, berra. 
A batalha se encerra. 

Se alie sem se entregar. 
Se vigie sem se sabotar. 
Se auxilie sem exagerar. 

O medo em equilíbrio
pode ser um auxílio
para seu objetivo. 

Mãe, devo continuar
por você amar 
e ser quem mais me motiva a me dedicar... 

O choro
só é um soco 
ao medo bobo
se acharmos o sentimento
um impedimento
ao crescimento. 

A valentia
é a guerrilha
combatida 
com a determinação 
de que cada emoção
move em algum grau o coração. 

O medo não é veneno
dependendo do jeito
que usamos em nós mesmos. 

O medo regulado pode ser 
um auxílio a nos fortalecer
ao encará-lo como natural aparecer... 

Não reprima
a favor de uma valentia
de talvez assim não persista 
por tanto tempo que se esgotará
quando cansar de lutar e morrerá..."

Serenamente, 
Escuto o silêncio da mente
e procuro sentir o que há na minha frente... 

Não foi inspirada inicialmente em nada específico. Um pouco inspirada na minha autoral música "Meus Sonhos" encontrada no recanto das letras

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