Limpa
Poesia Surrealista Original
Meu corpo acaricia a água.
Nos tornamos um.
A água
limpa e alastra
minha pele
como o amor.
A pele respira...
Toco-me
Em todo o meu corpo
Sem vergonha
Desde uma ponta a outra
Até que chego no meu rosto.
Meu rosto se ergue para trás.
Recebo uma chuva de água na cara.
Passo a mão pelo meu rosto todo
Até o momento que descubro um mundo novo.
Tampo com minhas mãos meus dois olvidos.
Ouço uma cachoeira dentro de mim.
Parece até que escuto dentro de uma concha.
É um barulho que me lembra o mar.
Me transporto para lá por alguns segundos.
Me sinto limpa.
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