Fuga
Segunda Poesia Surrealista Clássica.
Vontade de fugir
para qualquer lugar
Sem precisar
Ninguém culpar
Nem me refrear.
Vontade de partir
Inteiramente sozinha,
Imagino um lugar branquinho.
Fantasio um lugar completamente novo
Em que vozes falam comigo.
Seriam vozes de árvores altas e esbeltas?
Seria a voz de uma árvore seca, pequena e ovelha
negra?
Seriam vozes das pedras pretas e rígidas?
Seria o som das gaivotas livres voando no
céu?
Seria o som do meu eu perdido?
Se assemelha a uma voz interna
Ora baixa ora alta,
Ora fina ora grossa,
Ora livre ora presa.
Estou a procura da minha voz por aí…
Estou a procura do silêncio sonoro de um ser indefinível.
Foto de Josh Adamski |
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