Confidente Poema - dueto 8 com Rômulo Reis
Meu caro poema
fiel e confidente,
você meu amigo
conhece-me
profundamente.
Todos meus dilemas,
anseios e frustrações
tu sabes com detalhes
as minhas emoções.
És um companheiro
que me acompanha
de longa data
E sempre me socorre
bem na hora exata.
O que se passa nesse instante?
Por favor, então me diga!
Ouvirei atentamente,
você, minha cara amiga...
Nessa noite, tive um sonho
envolvente de desejo
em que ele se aproximava
para um intenso beijo.
Carícias agraciadas
com carinho e paixão
sendo apreciadas
no calor da emoção.
Foi um sonho de prazeres
que não queria acordar,
pois caro poema, é triste dizeres
que ele não pode assim estar...
Como num paradoxo infernal,
eu o vejo em sonho com alegria,
mas por perceber-se irreal,
quero apagá-lo dessa fantasia.
Quando ele passa perto,
disfarço a minha imparcialidade
com um sorriso secreto,
mas essa não é a minha verdade...
´E um inferno com ele viver
em minha sonhadora mente,
e nos meus braços não o ter,
quando acordo solitariamente.
Nesse poema, deixo as lágrimas
que tu as absorves empaticamente,
mesmo sem muitas palavras,
a tristeza que passa na minha mente.
Mesmo que eu fique todo encharcado,
eu gentilmente permaneço
em silêncio ao teu lado
e junto contigo me entristeço...
Seja qual
sentimento for,
Até uma infernal
E pesarosa dor...
Te dedico meu tempo e atenção
com o mesmo carinho e amor
que sentes falta em seu coração
para vivenciar e ressignificar a dor.
Assim, a dor deixa de ter
este aspecto infernal,
e passa a ser
de uma poetisa "normal"...
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