Confie
Eu vejo uma menina
No balanço
Com tranças no cabelo
Desejando que alguém
Apenas confie nela,
A fazendo se sentir sob as nuvens,
Atravessando o rio,
Quase caindo da árvore
A que imagina estar apoiada
Olhando do alto tudo em volta.
Depois de tantos xingamentos,
Depreciações,
Ofensas e comparações,
Ela só quer silêncio
Para manter seus sentimentos
De como ela ainda pode confiar em si mesma
Ao olhar para dentro.
Ela se balança
Com os cabelos voando,
As lágrimas se derramando
Pela sua face
E molhando suas bochechas rosadas
Que caem sob o seu colo.
Ela é uma mera menina sob o balanço
Que só queria que alguém
confiasse nela,
Em sua capacidade de voar
Como uma borboleta e de viver...
Mas ela relembra de certas hostis vozes
E percebe que se não estão prontos para confiarem nela
Que precisará de mais forças ainda
Para confiar em si mesma.
A menina, então, ao se conscientizar disso
Se joga tanto para frente
No balanço
Com tamanha força
Que ela chegou tão alto
Como se estivesse no topo de uma árvore
Vendo o rio fluir sob o horizonte de toda a cidade
Que a assusta, mas ela está tão alto que ela fica maravilhada também com a paisagem...
Ela, simplesmente, não quer mais sair dali
E de sentir que é capaz de estar...
Documento da poema:
Inspirada na sensação despertada pela letra da musica "Seven" da Taylor Swift e um pouco lembrei do filme "Ponte para Terabítia", quando estava escrevendo.
Antes de fazer essa poesia, estava extremamente impactada com a notícia de uma mãe que matou o seu filho autista o sufocando com as próprias mãos. Acredito que tenha escrito pensando um pouco nisso e no quanto é importante trabalhar e exercitar a confiança nas crianças, embora possam haver sentimentos de insegurança procurando humanizar os adultos também, porém a confiança pode fortalecer os vínculos e deixar que a criança possa se sentir livre para ser ela mesma em relação consigo e com os outros, que é algo que aparentemente faltou nesse caso.
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