Príncipe Que Imagino
Solitário andar
Provocando dor
Alterando estou
O meu amor.
Por você, decepcionei,
Sonhei e cochilei
Quando acordei,
Chorei.
Ando distante,
Mas você me chama.
Sonho relevante,
Mas você me engana.
Dor avassaladora
Perceber a ilusão
Que foi saber sonhadora
Que roubou meu coração.
Foi para me humilhar
Que se atreveste?
Foi para me usar
Que comigo se esteve?
A mágoa surge em meu íntimo
Como um peregrino que estimo
Porque me pareceu desconhecer
Quem muito agora me fez sofrer.
Sobrevive nas pegadas
Por apenas migalhas ingratas
Que estais a me oferecer
Achando digno assim viver?
Não me contento com esse amor
Que mais enlouquece pela dor
De não saber que o externo e o interno
Se complementam no que é de mais esmero.
O equilíbrio entre a aparência
E a virtude da benevolência
Desloca meu ser em imersão
Numa completa confusão.
Do que fazes de mim?
Prisioneira serei?
Não quero me ceder.
Não vou me vender.
Socorrerei minha alma,
Que perdeu meu corpo por nada
E não se percebe em calma
Querendo gritar enclausurada.
Mal amada tão constrangida.
Desalmada que até alastrou a ferida
Fragmentando em mil pedaços
O meu coração em mil cacos.
Me desespero pelo fim
do que você tenha prometido
Porque não é realmente assim
Que seja o meu príncipe em que me imagino.
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