Um País Completamente Novo o qual Decidi Seguir Viagem

Tenho uma sensação de uma jornada ter sido percorrida para compreender o amor, ao longo da graduação de psicologia que tem diversas formas de seguir viagem que vai da escolha do psicólogo e do cliente qual gostaria de embarcar e desembarcar:

Primeiro entrei num avião, vivi numa turbulência onde o amor é inexistente e que éramos tábuas rasas em corpos sentados nas poltronas e que mesmo iludida, às vezes, pelas recompensas, rapidamente, desejava desembarcar por me sentir controlada continuamente.

Segundo entrei em outro avião, desci num país lindo o qual adorei aparentemente por reconhecer o poder do inconsciente, mas depois percebi que não é o que gostaria de morar humanamente, já que de modo subliminar me pareciam considerar o amor apenas como libido e prazer nas relações interpessoais apenas ditando interpretações para os doentes passageiros que só queriam prazer sexual a todo o momento para se acalmarem.

Terceiro entrei em um outro avião que estava escondido ou perdido em uma ilha do atlântico o qual pela sua demora em aparecer, julguei que não havia mais avião que me representasse e me levasse onde realmente gostaria, mas ele apareceu reluzente e único pela manhã do dia seguinte.

Se me senti do jeito que senti, esse avião acolheu seja dor seja amor porque eu sou assim e ele me vê.

E aí, eu subi nesse avião, tão confortável por assim dizer com condições climáticas favorecedoras para seguir viagem, com pessoas que eram elas mesmas e deixavam as outras também o serem, demonstrando empatia ao adentrarmos no mundo de cada um, num profundo mergulho aos seus sentimentos e necessidades, demonstrando congruência por procurarmos alinhar o sentir- pensar- dizer com clareza e demonstrando a consideração positiva incondicional às nossas experiências pela pessoa autora das vivências serem reconhecidas tais como elas são e que pode escolhê-las como um direito essencial de ser humano. 

Eu me floresci, me descobri, me rejuvenesci e renasci porque vivi o que faltava por ser reconhecido o amor que sempre senti em mim, no outro, na sociedade, na natureza, no universo e mais, por ser elevada aos céus com cinto de segurança e coletes de segurança que estavam intactos, por sentir um alívio de que havia um terreno pleno para a tendência atualizante em mim germinar. 

No entanto, cá estou eu num país estrangeiro, como a Grécia, querendo conhecer seu idioma, costumes, bairros e vestimentas para sobreviver o que me encantaria e me encanta com o amor pulsante em meu peito e alma, mas também me apavora por depender disso a minha viagem.

Eu sei... Me apavora mesmo que eu seja eu, independentemente da viagem, do avião e para onde eu for! Eu sou eu com os outros em ressonância e conexão numa tentativa desenfreada de entrega! Eu sou eu por ser humana por viagens com aviões, destinos e pessoas que eu escolho atender sem me esquecer que eu viajo assim como qualquer outro com esse trabalho por vocês, passageiros, a quem almejamos ajudar do nosso jeito a se desenvolverem. E independente do avião, é essa mesma finalidade: a viagem. Essa viagem pode ser benéfica, independente do avião escolhido quando se preza por essas condições para embasar uma relação de confiança interpessoal.

Mas a minha escolha ao embarcar nesse avião é que a rota quem vai definir não sou eu; são as pessoas sentadas nas poltronas ao se permitirem viajar para dentro de si,  pois para poderem aproveitar a viagem, elas precisam querer ser autônomas do seu destino, já que assim sendo quem são, é possível escolher diversas vezes e serem autoras da sua história e eu serei apenas uma aeromoça para facilitar a viagem de crescimento crescendo junto ao ver as pessoas crescendo em suas jornadas, mesmo que sintam angústia por não saberem o o que escolher.  

Eu não preciso acalmar o que não é calmo para elas. Só preciso mostrar que elas podem -entre sentimentos e devaneios vividos - ser elas assim como sou eu em relação de profundo respeito até mesmo ao estar receosa e animada num país completamente novo o qual decidi seguir viagem.

E que tal começar dançando em roda e quebrando os pratos!? 

E é assim que vou me permitindo me abrir à experiências novas e amar como um sentimento pleno e vivenciado nas pequenas e grandes coisas... 

Prosa Poética inspirada no meu conflito existencial na faculdade de psicologia e na psicologia humanista de Carl Rogers, Marshall Rosemberg, Eugene Gendlin e vários outros psicólogos contemporâneos que decidiram embarcar no mesmo avião que eu. Dedicada aos Acepistas e a todos os  psicólogos no que se objetiva em sua profissão. Que sejamos reconhecidos.