Olhar que é



Olhar pra longe 

Na vida 

Sempre me deixou insegura 

Quanto a minha possibilidade, potencialidade e capacidade de fato 

De realizarme com sentido, consciência e ato. 


Olhar pra perto 

Na vida 

Sempre me deixou insegura 

Para me mostrar aos outros 

Tal como sou com incômodos,

Alegrias, preferências e pesos nos ombros. 


Olho para verificar, confirmar e encarar de frente

E quero ver como que possam me olhar com verdade, 

Mas o que mais quero é que me olhem com frescor e brilho

Num paradoxo que não me define como só carente nem só autossuficiente. 

Seria fraco de significado me definirem só como um ou outro assim. 

Posso ser um pouco de cada na intensidade do que seja possível me vislumbrar.


Gostaria de sentir em mim ao te ver e ver em você um brilho ao me ver

Genuinamente vivenciado no calor da emoção e relação

Além e também na nossa visão e coração. 

É tão entre almas e o que resumir nossa existência. 


Para encarar a minha miopia e minha hipermetropia,

Estou procurando me ver tal como eu sou

E a vida tal como é e pode ser, 

e assim, quem sabe, tirar os óculos...



Essa poesia foi feita inspirada no livro incrível "Doença como Caminho" do Thorwald Dethlefsen e Rüdiger Dahlke. Editora Cultrix. 

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