Violências Que Geraram Mágoas e Anseios



Nesse último mês, eu voltei a procurar cicatrizar uma ferida

que envolve uma violência a mim de criança bem antiga, 

em que pude desvendar o motivo da vergonha ao sexo, 

ao ter sido introduzida ao assunto por um menino mais velho

que estava crente em me fazer entender aos 8 anos se masturbando para mim

e me proibindo de contar para alguém e enfim, 

me calei achando que era um tabu por pouco tempo ainda bem

mas os efeitos do que ocorreu ainda estavam presentes além. 

Eu não me masturbava. 

Eu só me imaginava com um namorado que me respeitasse.

Demorei para explorar minha sexualidade. 

Depois de parar de tomar o anticoncepcional. 

Descobri o desejo. 

Passei a viver. 

Mas me percebi com uma doença.

Cistos no ovário porque até hoje não fui respeitada 

como gostaria por um homem em que eu pudesse me render. 

Talvez, estivesse mais exigente, depois de ter passado por tamanha violência. 

Mas o fato e o sentido que sobrou até hoje é que eu não vivi ainda o que é o amor. 

Já tive alguns namorados, sim, mas me pergunto se realmente o que senti foi amor e prazer. 

E ainda não sei... fico ansiosa para descobrir. 

Na época que poderia ter explorado a minha sexualidade com os bonitinhos da escola

em que alguns pareceram ter gostado de mim, 

mal tinha vontade de me envolver sexualmente, 

apenas emocionalmente falando. 

E Por isso, agora minha ansiedade aumentou para conhecer alguém que me ajude nisso

ou para simplesmente transar despretensiosamemente. 

Oh Deus que eu possa liberar meus desejos com alguém que me faço sentir sua mulher de verdade!

 

Mesmo sendo um anseio, 

eu sei que também sou apenas uma mulher... 

Mas não sei... Acho que esse anseio parece estar mais além pela falta também. 

Oh Deus! Que ilumine meu caminho...

Sem vergonha nem repreensões, quero mais amor e paixão 

misturadas como uma noite de verão e inverno... 

Pareço doida... eu sei. Mas eu quero tudo e estaria disposta a um e/ou a outro. 

'

O mais importante é a relação com a pessoa, a intimidade a ser construída num encontro que se preze, 

para que quando eu menos esperar, as coisas acontecerem naturalmente entre nós, 

com ato, tato, profundidade, sentido, pulsão e alívio. 

Tão natural para querer decidir algo entre nós que seja óbvio, lindo e único

como um final de tarde, com Sol e chuva e um árco-íris

em que nos beijamos e nos abraçamos sentados e sorrindo com a chegada da noite. 

 



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