Rabiscos e Desenho
Para "treinar" nossa observação das pessoas...
Outro paradoxo me encontra:
É
E
Não é
O Tudo
E
O Nada
Coexistem
Ao mesmo tempo
E um de cada vez.
Por exemplo, adoro uma gordurinha na carne
Assim como um chá de hortelã.
Os dois podem me fazer bem
E são tão deliciosos.
Respeito quem não gosta ou quem gosta
De um ou de outro
ou dos dois como eu.
Eu acredito nisso.
Eu sei disso.
Eu sou assim.
As duas fazem bem
Por eu acreditar, eu saber ou eu ser?
Será que vale mais saber ou acreditar?
Razão ou fé? Ou só ser com o eu integrado coração e mente?
Que dilema atemporal... rsrs
Vale mais a experiência do comer
Ou a experiência do quê comer
Você me diz como comeu?
Quanto você comeu de cada um?
O fato é precisamos de gorduras também. Sabia?
Tem função no organismo, e nada melhor do que combinar com outros nutrientes.
Eu comer um prato balanceado com culpa
Pela gordurinha é algo que não preciso passar mais pelo jeito dos outros.
Ou eu tomar um chá de hortelã com culpa
Também não preciso mais passar...
Sei que os dois vão me ajudar.
São muitas possibilidades de emagrecer
E uma delas é comendo gordura e/ou chá e/ou os dois e/ou acreditando nisso e/ou sabendo disso e/ou sendo o que sou e/ou tudo e nada junto ao mesmo tempo ou um de cada vez.
Embora eu saiba de tudo o que sei, e tudo o que acredito por me conhecer, compreendo quem simplesmente não seja dessa forma como eu.
Se a gente dita o que o outro deve fazer,
talvez queiramos que nosso jeito de fazer
também fosse aceito.
Por quem? Mais por nós mesmos?
É porque é uma flecha lançada quando nos posicionamos
direcionados a uma possibilidade
A um modo de ser, de fazer, de existir...
E quando paramos para concluir o raciocínio,
Ja que estamos confusos e inseguros,
chego a pensar que ao mesmo tempo
E um de cada vez
Podem se encontrar
Num lugar além do certo e errado
E ao mesmo tempo havendo um certo e um errado para cada um, para cada nutricionista, para a maioria de um grupo, sociedade, país, mundo e etc
Visando o cuidado mútuo.
Aí, caímos em outro ponto...
É a pessoa e/ou o papel social que estão em maior importância?
Mas é mais a pessoa? Ou é mais o papel social?
É e não é tudo e o nada...
E porque se eu estabelece que precisa haver uma ordem préestabelecida
Ou agir a partir da expontaneidade do momento
Eu posso me descobrir com essas possibilidades
Para ser, ou fazer, ou acabar me vendo nos dois
Sem precisar me julgar ou julgar o outro
Porque pode ser válido também
A espontaneidade e a organização prévia
Coexistirem na minha vida
E eu poder inclusive me perceber me utilizando mais de uma outra em algum momento
Ou compreendendo mais quem queira se utilizar para se sentir bem consigo mais uma ou outra.
Será que a entrega ao momento planejando o cardápio seja flexibilizando a refeição, além de uma questão de criação,
sejam possibilidades para cada um sem eu precisar julgar ou ditar algo ao seu respeito?
Me coloco na minha experiência e escuto a do outro como foi e nao como deve ser
Sem precisar nos julgar ou nos interpretar,
Mesmo que possamos também,
Se for algo inevitável realmente na hora...
Ou se preferirmos confessar nossa irritação ao nos deparar com o diferente de mim,
O quanto consigo simplesmente, mesmo com incômodos e destrezas, aceitar essa experiência?
Só que quando eu tenho interesse de me conectar com a pessoa,
Quero poder me ver, me sentir aceito e poder simplesmente falar de mim,
Não quero me misturar falando do outro na minha vez,
mesmo que às vezes eu possa também olhar para o outro mesmo estando na minha vez,
Só que se eu prefiro que haja a minha vez de só falar e ser ouvida,
Posso me conhecer e deixar ser conhecida
Sem precisar dizer que essa pessoa tenha que ser assim também
Por eu mesma ser
para eu me sentir mais aceita.
Eu me aceito
Ser eu como sou
como estou
envolvida em emoções, sensações,
imersa em sentimentos e pensamentos,
submersa em julgamentos por grandes medos da solidão
E por estar considerando essa parte de mim,
Ao mesmo tempo e um de cada vez,
Consigo ouvir e considerar essa parte do outro.
Assim, tenho plena convicção e acho também
Que assim podendo me ver e ver o outro livre
Em sua experiência,
Consigo procurar me encontrar humanamente
Numa consideração positiva incondional e/ou condicional,
Autencidade e compreensão empática
Que possam ajudar o crescimento,
Para que além dessas crenças limitantes,
Eu consiga ver o potencial humano
Que imerge dali
Com o inconsciente cada vez mais fortalecido
Com o que lhe fizer sentido,
E assim, vê-lo agindo por si e me ver agindo por mim,
Mesmo que aceitemos perceber e comunicar como reverberarmos com cada escolha.
Eu posso olhar a pessoa e me olhar
Nesse encontro visceral, espiritual, emocional,
Interpessoal, entre nossos inconscientes
Que transcendem o tempo e espaço,
Quando somos um e uno
E nos mostramos tal como somos
E deixamos o outro se mostrar,
O tanto que conseguirmos ser possível,
O que valida até aquilo que não precisa ser perfeito,
Mas considera ser imperfeitamente perfeito
Ao aceitar nossas limitações, intenções, potenciais e aprofundamentos desse encontro
pessoal que transforma as pessoas em si, a família, a sociedade, a lei e o mundo,
Ao mesmo tempo que aceita cada uma em sua individualidade que é o motor dessa transformação social.
É e não é tudo e nada ao mesmo tempo e um de cada vez...
Seja em desenho seja em rabisco,
Quem está com o lápis é quem decide
Por onde caminhar...
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Poesia feita como extensão das poesias que me ajudaram a lidar com algum conflito frequente de cada época:
Um e uno,
Sobretudo, vida,
Equilíbrio nas nossas vidas
E dinâmica das emoções.
Relevância dessa prosa poética:
Vejo que o mundo é bem dividido com essas coisas... espero que ajude a conseguir nos ver mais julgando menos e nos aceitando mais em individualidade e trocando mais um com o outro enquanto sociedade.
Pode parecer confuso em algum ponto esse texto, mas é porque eu só aceitei a confusão que tudo isso gera mesmo e eu mesma nisso tudo.
Espero que tenham gostado.
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