Amélie Klein - Série em Poesia Completa
História Original por Beatriz Nahas
Nome da Série: LABOX
Tipo: Série em Poesia Experimental Narrativa
Descrição: Cada episódio é escrito por um personagem da série, mas há um foco maior na Amélie Klein. Cada episódio é como se fosse um conto independente com começo, meio e fim, mas também tem relação com os outros episódios.
Objetivo da série: Fazer críticas sociais relacionadas ao universo feminino e masculino.
Estilo: Suspense, Drama Social, Romance, Surrealismo, Aventura e Ação.
´INDICE
1 - "Irmã Gêmea" por Amélie Klein
2 - "Um Objeto Sexual" por Louise Stone
3- "Lobas Na Escola" por Gabrielly Collins
4- "A Ilusão do Herói" por Charlie Klein
5 - "Jogo por Amor" por David Stewart
6- "Coroa de Cinderella" por Susi Allen
7- " O Coringa em Mim" por Luke Coleman
8 - "Vedetes pela Traição" por Jane Evelyn
Vai Começar a série! Boa Leitura!
1 Episódio: "Irmã Gêmea" por Amélie Klein
E, condicionada a crenças sociais limitantes, se acha uma boba
Por ser tão medrosa pelas fracassadas e inúmeras tentativas
de conseguir um trabalho, nessa sociedade volátil e machista.
O fracasso de cada tentativa
a fez descobrir a melancolia
tão insistente que não conhecia
e que agora a atormenta todo santo dia!
Tornou-se uma fácil presa
para a melancolia que sem defesa
deixou Amélie num grande vão
que cada vez mais aumenta em seu coração.
Amélie não se sente capaz
de encontrar sua paz
E ir para qualquer lugar
Com a força do seu desejar...
Seus amigos a motivam!
Eles em vão a animam
Assim como seu melhor amigo
Em que dele guarda algo em sigilo.
Amélie angustiada vai para seu quarto.
De repente, se depara no espelho parado
O reflexo do seu "eu" com semblante sereno
mostrando a ela como é possível ver o seu ser pleno.
A sua irmã gêmea no espelho num gesto de acolhimento,
Subitamente, sorri a ela num dado momento.
Amélie pensou que estivesse delirando
Ou que quiçá estivesse tendo um sonho estranho.
Sua irmã diz a ela para não desistir
Porque ela vai, sim conseguir
Se de uma forma diferente persistir
E não se do mesmo jeito insistir...
Amélie ainda extremamente chocada
Com seu "eu" no espelho, que falava,
Desabafou a ele que estava desanimada
E com esse mundo machista e moderno preocupada.
Sua irmã gêmea do espelho assentiu.
E então, bem pensativa desistiu
De apenas palavras dizer.
Ela firme se virou para trás dizendo: Amélie, venha aqui ver!
Amélie não sabia bem o que fazer;
Mas arriscar era o único jeito de saber...
Ela abriu o espelho e não acreditou no que viu!
A surpresa foi tanta que seu coração acelerado sentiu...
No seu quarto, foi descoberta,
atrás do espelho, uma passagem secreta!!
Impressionada, ela entrou no que parecia
Num só cômodo ser uma outra moradia.
Havia um sofá em frente com um quadro acima,
um abajur lateral, uma estante com livros e uma caixa com roupa íntima.
Havia um armário, uma cama arrumada, um baú com mantimentos.
No fundo da sala, um berço e no chão alguns brinquedos.
Tudo estava extremamente empoeirado
Como se há muito tempo tivesse sido abandonado
Por alguém que o usou como talvez um esconderijo
Sabe-se lá por qual motivo...
Amélie continuou a caminhar
Até o momento que ouviu um som destoante ao pisar.
Quando percebeu que era um piso falso, o quebrou no meio
Até quando conseguiu tirar o azulejo com anseio e receio.
Havia um sebento diário
Com páginas amareladas difíceis de se ler
E um pequeno amuleto ao lado
Com a imagem de uma mulher e de uma bebê.
No diário, a mulher chamada Louise contava
Os tempos em que, nessa casa, em 1978, era violentada
Pelo marido que como chefe de polícia do bairro da cidade pacata do interior trabalhava
E por isso, sua família e a própria pequena cidade tão bem enganava.
O seu pai não se conformava
com a ideia de uma filha divorciada
porque seria uma desonra ao casamento
e à família reconhecida na cidade pelo respeito.
Para seu pai, a mulher tinha que ser uma boa esposa
e não inventar do marido qualquer coisa.
Seu pai escolheu seu marido
já que quem ela amava era proibido.
Nessa cidade tão pequena do Nordeste, ninguém acreditava
que ela era de fato mal tratada, mas sim, meio maluca e ingrata.
O marido disfarçava serem uma boa família
como de "conto de fadas" todo o dia.
Por três anos, o marido bêbado a maltratou
naquele lugar que tanto odiou!
Ele a batia, humilhava, ofendia e tanto a abusou
Até chegar ao ponto em que a engravidou...
Quando ele chegava bêbado, ela tentava
nesse lugar ficar em silêncio trancada
para evitar risco a sua bebê
já que por ela, ela poderia até morrer...
No seu diário, escreveu tantas palavras de dor carregadas e por lágrimas borradas!
Era tanta a angústia por não conseguir sair dali que pensou em se matar, sumir,
Mas ela insistiu... tantos maus tratos ela engoliu
Por sua filha que, por tudo isso, tanto amor e ódio sentiu.
Ela era mantida presa sem janela naquele secreto lugar
para nunca sair dali quando ele fosse trabalhar!
E quando chegava, era obrigada a tudo maisfazer
que uma "boa esposa", segundo ele, deveria oferecer.
Com tanta depressão, ela perdeu a sua dignidade!
Com um vão no coração, ela perdeu sua vivacidade!
Com uma dose alta de um remédio, pensou em envenená-lo
já que estava no ápice do desespero naquele lugar fechado.
Até que sua irmã mais velha Ruth que morava no centro da cidade
veio visitá-la de olhos abertos a necessidade
Que Louise contava aos prantos desconsolada
Querendo desesperadamente que não fosse desacreditada.
Ruth não disse que louca ou boba ela estava
e ajudou Louise a sair imediatamente daquela casa
a fazendo ver que não é obrigada por ser mulher
a fazer tudo e ser destratada como seu marido quiser.
Pegou a sua filha já mais consciente de três anos dormindo
e Louise Stone se permitiu ir se despedindo
de uma vida passada que não é cristalizada
já que de viver assim por nenhuma razão deve ser obrigada...
Com a Ruth, na delegacia no centro da cidade,
Louise denunciou o seu agressor dizendo cada detalhe
e precisou se reerguer morando com a irmã um tempo
enquanto via seu ex-marido sendo preso.
Louise procurou com dificuldade trabalho!
Sua família se desculpou por não terem nela acreditado!
Com um vão no coração, sofreu...
E com uma cicatriz da superação, enfim, sobreviveu...
Amélie impressionada com o passado da sua casa
e sensibilizada com a ferida e a cicatriz dessa mulher tão determinada.
No final do diário, Amélie achou um anagrama inteligente
E ao desvendá-lo, encontrou o endereço de Louise mais recente.
Decidida como Louise, Amélie quis tentar encontrá-la!
Chamou suas amigas e amigos e todos fizeram suas malas....
Viajaram no final de semana seguinte e quando Amélie chegou,
Percebeu que o lugar numa ONG virou!
É uma ONG por Louise fundada e coordenada
E para a defesa das mulheres destinada
para ajudar a elevar a autoestima ao ser violada
e em casos de depressão ser tratada.
Louise superou o que seu abusivo ex-marido dizia
De que era incapaz de fazer qualquer coisa na vida.
Ela se fez sujeito de si com autonomia,
Transformando a dor em ação com perseverança e valentia.
Louise com Amélie foi conversar
Para, se inspirando em seu exemplo, tentar ajudar a fazê-la pensar
Em como tem capacidade, como mulher ou homem, de fazer uma singela diferença no mundo.
E isso ninguém anula, se ela não permitir, nem por um segundo!!
Diferente do determinismo natural, a mulher não é frágil por si só!
Com o estudo, a mulher é capaz de sair de qualquer nó...
Não precisa ser dependente para enfrentar qualquer obstáculo
Que estiver a incomodando ao seu lado.
Amélie, por si mesma, foi violentada inconscientemente
não fisicamente como a Louise felizmente,
Mas ela mesma também se machucava psicologicamente
ao subestimar a capacidade de sua mente.
Por isso, Amélie tanto se identificou
com a história de dor e cicatriz que mostrou
ela mesma ou sua irmã gêmea no reflexo do espelho,
pois afinal, a pessoa que mais nos ajuda é nós mesmos!!
Os amigos de Amélie também a ajudaram!
Esse momento de crescimento auxiliaram
Por juntos estarem nessa jornada
Cada vez mais unidos em qualquer cilada!
Amélie a David, seu grande amigo,
Ainda não conseguiu confessar o seu segredinho,
Mas, para um dia desses, até que foi o suficiente ele a abraçar profundamente
E sussurrar em seu olvido que ela pode contar com ele sempre...
Ao voltar em seu quarto e ver seu espelho novamente,
Amélie Klein se chamou ansiosamente
Para agradecer por mostrar a ela mesma
Como é capaz de conseguir um trabalho que deseja.
Elas sorriram uma para outra
Com mais esperança nas coisas...
O presente é a semente do amanhã
ao reconhecer em nós mesmos a nossa irmã.
É uma irmã gêmea que nos revitaliza
Nos motivando nas nossas missões a cada dia!
É uma irmã gêmea que está em nosso coração
conosco para nos ajudar a tapar nele qualquer vão...
pintura por Elena Berezina - Sharamdula (Rússia Europeia, Voronezh) |
Gabriel Vinícius (Brasil, São Paulo) |
Gabriely vai para a escola de uniforme
preservando sua obediência às regras conforme,
Mas ela faz questão das suas meias coloridas
para mostrar que é alguém às escondidas.
O olhar de inocência
esconde uma grande inteligência.
O olhar de doçura
esconde um desejo de travessura.
A meiguice no olhar vago revela
a vontade de descoberta.
A ternura no olhar demonstra
o foco numa misteriosa força.
Gabriely começa o seu primeiro dia
e esbarra naquela que será sua melhor amiga.
Amélie apresenta o colégio com simpatia
e também outra amiga que lhe dá boas-vindas.
Jane Evelyn perguntou: qual é a sua matéria favorita?
A Gabriely responde Português porque adora poesia.
Jane disse que adora Matemática por causa da lógica.
Já Amélie devora os movimentos feministas da história.
Quando Gabriely contou
que vinha de uma escola pública
e, por causa da bolsa, não poderia reprovar nunca,
Susi, uma garota popular, rica, branca e loira, a ouviu ao passar e não gostou.
E aí, Susi com o nariz empinado disse: "Aí, quanto lixo chegou nesse ano!
Eu vou ter um enfarto com esse escândalo!"
Amélie enfurecida ameaçou partir para cima da intrometida
No momento que Susi chamou suas "Abercrombies amigas".
Susi continuou dizendo: "Como essas garotas são escrotas...
Nariz torto, cabelo ressecado e ainda gorda!"
Susi dá um tapa forte na barriga de Gabriely inesperadamente
como desaprovação por ela estar com quilos a mais do que ela acha ser decente.
Amelie defende Gabrielly envergonhada dizendo que acha a atitude de Susi ridícula
De menosprezar as meninas para elevar sua autoestima.
Amélie em Susi dá uma surra
que insultada chama a Joana Dark de "subversiva".
"Briga! Briga! Briga!"
A escola grita e vibra.
Formam uma rodinha para as duas garotas
que agem como se fossem duas gladiadores.
As duas entretem
As pessoas que veem
A violência como diversão na certa
Como nos duelos e torneios da idade média.
Se reproduziu o que em Roma se fazia
quando as pessoas faziam com as próprias mãos justiça.
Baseadas em uma única verdade,
as pessoas assassinavam se tivessem vontade.
De repente, o lindo David Stewart despertando o interesse de ambas
e, como amigo das duas, consegue separar as lobas,
dizendo que podem ser expulsas se alguém da escola perceber que estão brigando
e com brigas assim não vão conseguir ver nada solucionando.
Amélie mais controlada diz: "Para sermos nós, não precisamos de nenhuma aprovação,
Se você insiste em pensar com essa limitação.
Mas saiba que a opressão à mulher historicamente na sociedade
se fortaleceu como com garotos ou garotas como você falando essa estúpida superficialidade
e como garotas como nós brigando por essa estúpida rivalidade."
Amélie Klein reconheceu sua parte e se desculpou pela surra
já que não quer contribuir para que a rivalidade se reproduza,
senão não vai acabar a ilusão nunca
de que as mulheres são como bolas brancas disputadas numa sinuca.
Mas Amélie não gosta do que Susi sai por aí pregando.
Então, pede para que Susi repense e pare de ficar por aí se achando.
Susi, que não quer sair do poder, simplesmente nega
e manda suas amigas acompanharem ela. (* o erro é para rimar...)
Todas as amigas populares e produzidas
usavam Abercrombie e se achavam as mais bonitas.
Durante três anos, Susi Allen liderava o grupo das mais esnobes
que com bullying elas exigiam que todas seguissem seus moldes.
Já a Amélie Klein liderava outro grupo na escola,
pois era amiga de todas independente da nota
que o padrão de beleza ocidental possa estabelecer,
pois como Louise, Amélie sabe escolher quem vai ser:
Uma escrava dos caprichos masculinos
ou uma mulher livre que não precisa ter seus desejos reprimidos
de ser e fazer o que quiser
sem desrespeitar quem é por ser mulher.
Gabriely sai da escola chorando
pelo seu horrível primeiro dia ainda se envergonhando.
Uma garota a xingou de gorda na frente da escola...
Gabriely gostou de Amélie, mas se sentiu tão exposta...
Gabriely não percebe por estar chorando
que Charlie, perto da saída, a viu passando
e preocupado a segue dizendo: "Espere!"
Mas Gabriely só parou quando ele a segurou firme e disse: "Calma, ... Gabriely!?"
Gabriely ficou sem graça
e cada vez mais envergonhada,
Mas Charlie perguntou delicadamente o motivo de uma garota tão linda se entristecer
embora a tristeza seja algo natural independente da beleza que se possa ter...
Gabriely olhou para o chão
achando que Charlie a verdade falava não
porque as palavras das "Abercrombies" garotas
rodeavam a sua cabeça como moscas.
Charlie teve uma ideia de levá-la (* o erro é para rimar)
a uma casa misteriosa que não foi feita por fada.
As inimigas das fadas são as bruxas
já que Charlie era muito amigo de umas.
Charlie a levou para uma floresta
longe da escola em sua bicicleta.
Gabriely que sempre teve vontade de uma descoberta
ficou animada com a travessura pela floresta deserta.
Eles chegaram na casa da bruxa.
Gabriely com medo estava muda.
A bruxa os receberam muito bem
já que não era nenhuma fada do além.
A casa da bruxa era exótica com cortinas escuríssimas,
umas estantes de livros lotadíssimas,
um armário com várias especiarias
e um caldeirão para fazer suas feitiçarias.
A casa tinha um cheiro de incenso fortíssimo
que criava um ambiente excêntríssimo.
Já a bruxa até que era muito bondosa,
mas somente com seus amigos, e generosa.
Gabriely pediu poderes para acabar
com o reinado de Susi e das "Abercrombies" e se vingar.
Gabriely não vai esquecer ressentida
do que elas falaram a ela nesse dia.
A bruxa com sua risada maligna,
permitiu que Gabriely fizesse sua vingancinha,
mas dentro de uma semana, precisava saber
que seus poderes iriam desaparecer.
Gabriely agiu escondida
sem que Susi nem Amélie soubessem da armadilha.
Gabriely fez aparecer aranhas na mochila da Susi Burra
que desmaiou quando uma subiu em sua nuca.
Gabriely fez as unhas rosas ficarem esverdeadas
e com o poder da mágica todas caírem desgovernadas.
Gabriely discretamente se divertiu,
mas no quarto dia da semana, Amélie descobriu.
Amélie disse que isso é uma oportunidade
para acabarmos com a rivalidade
e não instigarmos a superficialidade
com mais e mais maldade.
Amélie continua dizendo que essa loba precisa parar
de com qualquer uma julgar.
Se ela demonstrasse mais compaixão,
a escola poderia ter mais união.
A Gabriely passou a aceitar
que o que fazia era por acreditar
no que Susi disse dela ser verdade,
mas é apenas fruto do machismo na sociedade.
Ao analisar a sociedade,
as mulheres vítimas da rivalidade
reproduzem como uma ilusão
o sistema que a elas também fazem uma opressão.
Gabriely fez a Susi parar de falar
quando queria com outra garota implicar.
Quando Susi tentava em Gabriely bater,
Ela fazia imediatamente o diretor aparecer.
com os poderes de Gabriely que possibilitou
que as mulheres da escola pensassem que competir
era desnecessário agora que todos contribuíam para o unir.
Quando os poderes de Gabriely acabaram,
Susi até tentou voltar seu reinado, mas todas cansaram
e a desaprovaram dizendo para ela parar
já que simplesmente isso na escola não iria mais dar...
Amélie, Jane e Gabriely comemoraram
como grandes amigas, no bar, a vitória que realizaram
e beberam, dançaram e se esbaldaram muito em conjunto
já que as Abercrombies não existiam mais naquele minuto.
Com o tempo, Susi e suas amigas
ainda revoltadas tentam conviver bem com as meninas
como se fossem as fadas e as bruxas rivais unidas
e assim, a opressão de Susi na escola começou a ser diminuída!
Não foram mais vistas como antes no colégio lobas concorrerem
porque a aceitação fez essas ideologias sociais, aos poucos, se romperem
na mente, na ação e no sentimento perecerem,
e, assim, umas com as outras bem torcerem.
@Hazylle & River - Instagran |
De salvar a nação
Desde o mar a Terra
Por aquele que só berra.
Meu pai confiou a mim
Sua empresa quando for seu fim
Como foi passado a ele pela nossa família,
Mas eu não quero fazer isso da minha vida.
Para ser considerado um bom homem,
A raiva e a fúria me consomem,
pois preciso ser forte como um Deus,
não importando os sentimentos meus.
Por bem, devo conquistar honrarias,
Ou abusando do poder com gritarias
Como meu pai sempre diz
Para que eu possa ser feliz…
Meu tridente de Aquaman ataca
Manipulando a água
Para que o mar e a terra estejam no meu comando
Se não, na batalha, fracassarei sangrando…
A tristeza não tem lugar
Nem mesmo
a possibilidade de amar
Se não perco a batalha
Por não utilizar devidamente a raiva
que é a minha arma.
Meu pai diz: Nada te enfraquece.
Quando algo me emociona,
Meu pai diz: Não me decepciona.
Desde criança, eu não podia chorar
Rir nem amor demonstrar.
Meu melhor amigo David, desde já, vinha me consolar e escutar.
Para ele, me abria tanto que revolucionávamos o que era de nos esperar.
Pela amizade, nos amávamos.
Conversando, desabafávamos
Como nossos pais pediam uma alta exigência
Tendo que a nossa identidade colocar uma venda.
Em nome da batalha, temos que vencer
Se não não é recompensado por merecer.
O amor paterno não nos era dado
Apenas discussões quando fazíamos algo errado.
Meus amigos Amélie, Jane e David eram as testemunhas
De como papai Robert e mamãe Susan se transformaram em múmias
Do patriarcado até que, pela traição de papai, mamãe decidiu
Que não precisava se submeter a algo assim e então, desistiu…
Como Sartre dizia, quando o amor
Reduz duas individualidades a uma só resta a dor
Já que as liberdades e subjetividades são oprimidas
Sugando de ambos as energias.
Susan e Amélie faziam as atividades domésticas
Enquanto ele me exigia a tirar 10 nas matérias.
Papai implicava dizendo que é perigoso quando Amélie queria sair
Enquanto eu sozinho me deixava livre para ir e vir.
Papai não deixava Amélie dizer palavrão
nem se meter em confusão,
Enquanto eu podia falar o que quisesse e fazer judô,
Mas não podia levar desaforo para casa com nenhum chororô.
Eu e Amélie brincávamos cada um com seu brinquedo.
De tanto, papai ficar irritado dava medo
Então, todos da casa fazíamos o que ele queria,
Até o momento que Amélie conheceu Louise e ela começou a ter e a contagiar com a sua valentia.
Amélie ajudou a sua mãe a reerguer sua autoestima
Já que estava numa profunda melancolia sem voz ativa
Com esperança de que tudo passasse,
Mas como nada mudava, resolveu acabar com esse impasse.
O condicionamento de que os homens devem ser violentos fazem uma ruptura
Na espontaneidade e respeito entre os sujeitos
Presos aos rótulos que não notam os seus esqueletos.
Quando mamãe se separou, sentimos tristeza,
Mas infelizmente também alívio por termos mais liberdade com certeza
Para que eu e Amélie pudéssemos brincar, vestir, dizer e fazer livremente
Assim como nossa querida mãe Susan Klein estar mais independente.
Papai se enfureceu por não mais no comando estar
Como se estivesse perdido a sua batalha que meu avô o condenou a lutar.
Papai se negou a derramar uma lágrima
E a pagar a pensão já que não é sua responsabilidade… Que lástima!
Na floresta, Charlie vai por estar chorando
Já que nunca teve o amor paterno que está precisando....
Ele chama a bruxa Morgan que aparece em sua vassoura
Perguntando o motivo de chamá-la nessa hora…
Charlie diz que se permitiu chorar
Porque tudo a ruína parece estar
Já que seu pai numa ilusão se perdeu
Por achar que o amor nele nunca nasceu.
Charlie que está começando de Gabriely a gostar
Mas que nunca foi ensinado a amar,
teme que possa a ela machucar
E por isso, acha que deve dela se afastar.
Charlie pede a Morgan uma poção para desaparecer
Ou para que seus problemas pudessem enfraquecer
Ou para que pudesse seu pai mudar
Ou para que fizesse esse sentimento tão ruim acabar.
A bruxa Morgan dá a ele uma poção
Que fez em seu caldeirão
Para reconhecer nele a individualidade que o convida
A sentir seja tristeza, seja amor, seja alegria.
Independentemente de quem for,
Ele pode viver com mais amor
Aprendendo o que for preciso
Para que conheça e fortaleça mais o seu íntimo.
Pegando carona com Morgan em sua vassoura, ele foi falar
com seu pai para tentá-lo despertar
da ilusão de uma batalha a ser vencida
já que não precisa ser reproduzida.
Com a aceitação da própria natureza individual
Que tanto tem lado intelectual quanto sentimental,
O seu pai Robert Klein passou a aceitar essa mesma natureza das mulheres da sua vida
Que desrespeitou antes por ter se visto preso nessa ideologia.
Charlie, com empatia e autenticidade, as palavras certas conseguiu achar
E, de forma respeitosa, com seu pai, viu como é possível dialogar
Depois de tantas vezes que tentou com indelicadeza e fracassou
Já que estava concentrado em ganhar a batalha que agora não mais precisou…
A ilusão de herói acabou pela sua mente que se libertou
das amarras do que seu pai dizia que não mais o afetou.
A sua mente mais forte e capacitada com a mágica poção
Pode aprender a amar e seu pai ajudar lado a lado em união.
Enquanto isso, a bruxa Morgan, bem discreta na janela
Preocupada como uma mentora que só de longe Charlie observa,
Se diverte porque nunca disse a ele que a poção sem efeito é como um remédio placebo
Já que ela entende que o poder da mente deles é o ingrediente “mágico” do seu grande segredo...
Parte 1
Em 1997, eu estava jogando bola
Como costume depois da escola
Quando jovens do condomínio
Desciam à quadra para não ficarem sozinhos.
Conheci Charlie no dia que ele se mudou ao meu condomínio
E desceu para jogar e conhecer os meninos.
Foi a primeira vez que jogamos juntos.
Fizemos vários gols nos seguintes minutos.
No dia seguinte, no meio do jogo, vi uma nova menina
Chegando linda e um pouco tímida.
Passei a jogar como nunca para ela me notar,
Mas diferente das outras meninas, ela mal chegou a me olhar.
Ela começou a animadamente conversar
Com a Jane Evelyn do segundo andar.
Perguntei para Marc se ele sabia quem era aquela linda menina
Porque nunca tinha visto antes desse dia.
Charlie, que estava perto de nós, perguntou desconfortável e meio bravo
Se era na irmã dele que eu estava interessado.
Tentei disfarçar dizendo que era em outra garota.
E aí ele relaxou, se desculpou e voltou a jogar de boa.
Eu, Charlie e Marc nos tornamos melhores amigos.
O verão inteiro das férias ficamos jogando com os outros meninos.
`As vezes, com as meninas, jogávamos “polícia e ladrão”.
E em dias chuvosos, era só video-game e filme de ação.
Luke também é um novo, meio fechado e esquentado morador
Já que, no anterior primeiro jogo, vestiu a armadura depois de ter brigado com outro jogador.
Richard, Jack e Luke lutam de um lado da quadra.
Eu, Charlie e Marc batalhamos do outro time com garra.
Ninguém pode dizer o que é e o que vai ser.
Meu pai é o primeiro a afirmar não poder
Eu ser quem eu queira no mundo
Pelo tanto que falta pelo rótulo em cada segundo.
Para ele, ser homem não é ser sensível; é ser agressivo
E, num jogo de futebol, deve ser o mais competitivo
Para que domine pensando que é melhor do que os demais
E que é extremamente mais capaz.
Para ele, ser homem no jogo da vida
É ser ganancioso para alcançar a diplomacia
derrubando com carrinhos e faltas qualquer jogador
para mostrar quem é o verdadeiro dominador.
Dominador é cuidar do que é “meu”
Mesmo que não seja realmente “meu"
Já que a posse é uma ilusão, um conceito cultural,
De que tudo deve ser controlado para ser o maioral…
Se Amélie é irmã do meu melhor amigo,
dar em cima dela seria impossível.
Eu prestava atenção no jogo, mas não deixava de observar
Como se empolgava com as suas amigas ao conversar.
Na direção do banco que estavam sentadas, com brutal força, a bola foi jogada.
Eu corri, peguei a bola e fiz um gol de cabeçada.
Depois do susto e de me agradecerem, Amélie e as amigas passaram a assistir o jogo
E eu, para ganhar a partida, estava totalmente louco.
Em vários momentos rápidos, eu e Amélie cruzamos o olhar.
Sempre que isso acontecia, sentia frio na barriga e vontade de me aproximar.
Mas eu queria muito a impressionar porque assistia atenciosa ao jogo.
Então, precisava me concentrar e não encará-la como um tremendo bobo.
O Luke do outro time parecia nela também interessado
E provocando a mim, tornou o jogo um campo minado.
Mais ágeis e competitivos do que o jogo anterior ambos estávamos
E mais compenetrados que acabamos deixando o jogo acirrado.
Quem ia perder? Quem ia ganhar?
Um time fazia gol e aí, voltava a empatar.
Até que furioso por dominarmos a bola,
Luke deu um carrinho em Charlie numa errada hora.
Luke acertou Charlie gritando ao cair no chão,
E ao invés de pedir desculpas, Luke então,
Pediu para Charlie parar de frescura
E eu falei: Por quê não reconhece sua parcela de culpa?
Luke continuou zoando Charlie de “boiola”
porque jura esnobando que bateu na bola.
Eu não aguentei a raiva e parti para a agressão
Para ele aprender que com meu amigo ninguém esnoba assim não.
Eu dei uma porrada na barriga.
Já ele queria quebrar a minha narina.
Eu o xinguei de vagabundo.
E ele de estúpido.
Marc, Richard e Jack nos afastaram.
Jane e Amélie assustadas se aproximaram.
Jane falou, para mim, que dessa forma violenta, nada se resolve;
Apenas continua a ilusão de que são mais homens.
Jane disse, para Luke, que mandar na dor alheia é inconveniente
E também insinuar que Charlie é inferior por um acidente.
Aliás, ela estranhou dizendo a Luke que é preconceito
ele insistir a insinuar que “boiola” é um xingamento.
No seu segundo jogo com os meninos, Luke não a conhecia,
Mas não gostou nada de receber de uma mulher uma crítica.
Por isso, odiou Jane Evelyn dizendo que só foi uma zoeira.
Mas Jane disse que achava estranho ele “diminuir” Charlie por uma brincadeira.
Amélie concordou com o que Jane disse com a cabeça,
Mas continuou calada com uma vontade à beça
De falar alguma coisa que tenha a incomodado,
Mas como estava envergonhada, ela deixou de lado.
Luke fez uma cara totalmente emburrado e irritado.
Charlie foi ao hospital para ser engessado.
No dia seguinte, fui à casa de Charlie visitá-lo
E encontrei Amélie o ajudando em seu quarto.
Eu disse: Oi. Tudo bem?
Ela disse: Oi. Sim. Você pode ajudar? Vem.
Meu irmão precisa ficar de repouso.
Mas ele não aguenta ficar quieto nenhum pouco.
Eu ri e disse que vou fazer companhia.
Ela sorriu saindo e disse ao irmão com alegria
Que podemos chamar o pessoal e assistirmos um filme
Com pipoca porque eu e Charlie não conseguiremos jogar hoje no time.
Eu e Charlie gostamos da ideia.
Eu realmente gostei e admirei esse jeito dela
De se preocupar gentilmente com o irmão,
E sofri por não poder ter nada com ela não...
Como sou bem popular, poderia pegar
Várias meninas que gostariam até de me namorar,
Mas me tira do sério essa menina
tão linda que me fascina.
Difícil não pensar em nada com ela
Porque ela estava muito gata com uma blusa amarela
Cheia de boa intenção, tão alegre e fofa, sorrindo
Sem perceber o que eu estava sentindo.
Lisa, Jane, Marc, Richard, Luke e Jack chegaram.
Na sala, assistimos um filme de terror em que todos gritaram.
Minha mãe estava no telefone e não assistiu conosco,
porque filme de terror não é do seu gosto.
Amélie cobria o rosto ou abraçava com medo Jane do seu lado.
Eu morria de vontade de estar com ela e de abraçá-la de modo delicado.
Eu aguentei e fiz força para que o meu sentimento desaparecesse
Já que aparentemente ela não demonstrava interesse por mim - não que parecesse.
Sou apenas o amigo do seu irmão.
Ela com 16 e eu 18 como Charlie, daria não.
Como acabamos de nos conhecer, não quero me apressar
Porque ela não é como qualquer uma que eu poderia ficar.
Ela começou a estudar na mesma escola,
E é uma das únicas meninas que não me dá bola.
Sera que ela conversa comigo como amigo mesmo
ou como eu com uma vontade de um beijo?
Vou manter tudo em segredo
E abafar esse sentimento.
Vou continuar pegando aqui e ali outras meninas
Enquanto, no canto do olho, a vejo na quadra toda animada com suas amigas.
Parte 2
Em 2000, procurei me certificar
De que o que sinto por Amélie é um amar
Capaz de Charlie enfrentar
E nossa amizade ameaçar.
Procurei respeitar
O tempo de nos conhecermos
Para que fortalecesse nossos sentimentos
Capazes de nos movimentar.
Amélie convidou nosso grupo de amigos
Para conhecer, em sua casa, um esconderijo
Que carrega uma história de muita dor
Daquela que enfrentou as violências do seu marido opressor.
Quando Amélie descobriu a secreta passagem,
para conhecer a ex-moradora, decidiu fazer uma viagem.
Conheceu a ONG em defesa das mulheres, nessa viagem transformadora,
Por observar como Louise ressignificou a sua dor esmagadora.
Louise rompeu com os rótulos
Transformando sua dor em modos
De ajudar a amenizar essa realidade
Conscientizando a mulher da sua potencialidade.
Nós rearrumamos o esconderijo
Que nomeamos por “Sala do Sumiço”
para conversarmos, cantarmos,
desafabarmos e filosofarmos…
´E um lugar nosso de refúgio
em que pintamos e decoramos
e qualquer coisa falamos
para que seja o nosso mundo.
Quando eu cheguei na casa número oito,
Eles já estavam falando enérgicos sobre o aborto.
Os puffs, cadeiras e sofá estavam todos ocupados.
Acabei sentando no braço do sofá com a Amélie do meu lado.
Luke disse que é contra totalmente
Porque a responsabilidade é da mulher completamente.
Richard disse que se tem filho, cuida.
Tem que responder as consequências dos seus atos como adulta.
Jane disse que do aborto é a favor
Porque é liberdade da mulher fazer o que for
E a responsabilidade deve ser do casal
Porque fazer o filho sozinha não é natural.
Amélie disse com tanta segurança
Diferentemente do ano passado que não tinha muita confiança:
Se tal mulher quiser ou não abortar,
Ela que decide sem que ninguém tenha que julgar.
Amélie continua: Igualmente são importantes
A liberdade e a reprodução em todos os instantes.
Então, para que ditar o que o outro deva fazer?
Lidando com as consequências, cabe a cada casal escolher.
Lisa pensativa a Luke diz
Que não é culpa apenas da mulher que isso quis.
Luke diz que tem muita mulher que faz golpe.
Já Lisa diz que tem muita que abuso sofre.
Luke e Richard não concordam falando
que são mulheres que acabam ignorando
Como precisam se cuidar com camisinha
Para que não recebam da cegonha uma visitinha.
Eu disse que há diferentes situações
Que não devem ser resumidas em generalizações
Para que todos sejam ouvidos
E não, julgados nem tão pouco excluídos.
Eu continuo seriamente dizendo
que agir para a alheia necessidade
É diferente de agir para a culpabilização sem racionalidade
Que muitas pessoas acabam fazendo.
Amélie fica impressionada
Concordando muito com a minha fala
Até mesmo porque tem tanto cara
Que decide abortar sem ver a necessidade da namorada.
Jane também fala de tantos familiares
Que se culpam ou culpam os outros como irresponsáveis
Sem perceber os sentimentos e necessidades envolvidas
e como não há para todos um script social de vidas.
Jack entediado pergunta se o pessoal não quer
Jogar verdade ou desafio com o que der e vier.
Lisa coloca no seu celular baixinho uma canção linda.
Eu falei que rodar a garrafa para facilitar eu poderia.
Gabriely cumpre o desafio de imitar
O Michael Jackson desde cantar a dançar.
Charlie disse que bêbado já rolou na rua deitado
E aí acabou dormindo até acordar desorientado.
Richard à pedido de seu primo Luke pergunta a Amélie que quer verdade:
Tem algum garoto que ela gosta sem falsidade.
Amélie diz que sim ficando vermelha e sem graça.
Ele perguntou quem, mas ela disse que, como é só uma pergunta, essa ela passa.
Jane teve que tirar a calcinha no banheiro
E ficar com ela amarrada na cabeça pelo jogo inteiro.
Jack teve que ligar para a pizzaria
E desabafar chorando com a atendente sobre a sua família.
Jane me pediu para eu fazer um dueto com alguém.
Todos falaram para Amélie fazer porque canta também.
Nós cantamos sem tirar o olho,
Atentos e entregues um ao outro.
As nossas vozes estavam em sincronia.
Até mesmo porque nós dois gostamos da melodia.
Ela estava cantando tão perto de mim que quase não aguentei
Para não arrancar um beijo apenas por Charlie que segurei.
Tantas lembranças vinham com tudo...
Histórias, Mágoas, Conquistas, Sonhos,… E um desejo profundo
Que sempre se manteve quieto até aquele momento,
Quando sem pensar em nada nem ninguém eu lhe dei um beijo.
Quando terminou a música, eu a beijei
E ela correspondeu com doçura como imaginei.
Foi um beijo profundo, carinhoso e tão desejado
Que eu esqueci de todos que estavam ao nosso lado.
Quando terminamos de nos beijar,
Eu fiquei pálido, quando olhei a cara de Charlie a trovejar.
Morri de medo observando a cara que mais me importa:
Amélie estava surpresa e chocada, mas não estava brava
como a de Charlie e a de Luke como se notava.
Todos os outros aplaudiram
E, por finalmente a gente se expressar, todos vibraram…
Sem palavras, eu não sabia onde a cabeça enfiar
E disse nervoso à Amélie que pedia desculpas, mas não pude aguentar...
Amélie perguntou o que eu não aguentava mais e eu me senti tão constrangido,
Mas não ia embora até colocar para fora o que estava engolindo
Repleto de coragem pelo meu amor estar explodindo
Por ter cantado com ela e tão perto seu calor ter sentido.
Meu corpo e espírito
Reclamavam que queriam fazer um certo pedido
De ser verdadeiro mesmo com todas as dificuldades
Encarando todas as consequências e possibilidades.
Então, eu disse: Eu não aguento mais
Disfarçar o que sinto por Amélie, há tanto tempo, não tenho paz.
Eu não me permiti por medo de perder
Minha amizade com ela e com Charlie que poderia não querer.
Charlie pergunta furioso: O que você não aguenta?
Não diga que está a amando. Por favor, não inventa!
Você é mulherengo! E não vou deixar você a machucar.
Não quero que você dela volte a se aproximar…
Charlie parecia outra pessoa.
Não esperava uma reação boa.
Mas ele nem parecia meu amigo.
Agora me rotulava ditando meu destino.
Amélie que estava chocada
Disse a Charlie muito revoltada:
que ela é quem decide quem ela quer ficar
E que ela consegue se defender sozinha, se precisar.
As mulheres não são frágeis, naturalmente,
Não precisando de homens para seguirem em frente
e tomarem decisões importantes da sua vida
já que podem exercer a sua autonomia.
Todos aprovaram com palmas.
Mas ela pediu silêncio e calma.
Ela disse que também me ama
E com o tempo, sentiu crescer uma chama.
Ela disse que em todos os momentos,
Ela também tinha os mesmos desejos
Mas tinha medo de eu o mesmo não sentir
E acabarmos com a amizade que em tantos anos nos empenhamos em construir.
Eu disse que caso não desse certo futuramente,
mesmo convivendo menos e a amizade sendo diferente,
Que somos livres para amar ou recuar
Porque o seu não querer eu nunca chegaria a desrespeitar.
Todos aplaudiram enquanto a gente se beijava.
Eu olhei para Charlie enojado com o que observava.
Ele me disse que precisava daquela sala abafada sair
E pedia respeito para ninguém o seguir nem nada exigir…
Eu olhei para Amélie preocupado,
Mas a beijei novamente aliviado
Por poder tê-la em meus braços
Sem negar o que sinto desde o ano passado.
Todos foram embora para seus compartimentos.
Alguns trabalhavam e precisavam levantar cedo.
No meu quarto, deitado na cama fiquei pensando
Nesse dia tão incrível que estava terminando.
Vou pedir a ela para namorar
porque não posso mais esperar.
Renunciar nosso amor
Está nos causando muita dor.
Não quero mais renunciar tantos beijos
Nem deixar de compartilhar momentos...
Mesmo que isso signifique
Que Charlie afastado de mim temporariamente fique.
Depois de uma semana de namoro, de manhã Amélie eu fui visitar
E o café da manhã deles ajudei a preparar
Porque queria Amélie esperar
Para ao colégio a acompanhar.
Eu peguei o cereal no armário bem em cima dela.
Ficamos tão perto que não aguentei e dei um beijo nela.
Charlie chegou revirando os olhos
E dizendo que nem de manhã o casal desgruda um pouco.
Foi aí que ao invés de ficar magoado,
Eu entendi o recado:
Ele pode estar meio enciumado
Achando que ficará de lado.
Eu o cumprimentei
E, como estava com saudades, eu o convidei
A jogar bola,
Depois da escola.
Ele disse que ia ver.
Eu disse ainda para ele saber
que vai ter uma competição
no próximo ano em nome da nossa escola em Cubatão.
Ele disse que vai pensar.
Amélie foi terminar de se arrumar.
E Charlie acrescentou: Agora que passou o baque,
Acho que vocês até combinam, sabe?
E continuou: Peço que não fale jamais
Minhas coisas para ela, se não para mim, vai ser demais…
E caso terminarem ou brigarem – calma, só uma possibilidade,
- espero que não afete a nossa amizade.
Eu aceitei, sorri
e um alívio imenso senti.
E ainda me disse: se gostava dela há tanto tempo,
cara, não precisava guardar esse segredo.
Eu respondi sabendo que ele tinha razão, mas eu tinha medo
De perder nossa amizade e queria ter certeza do meu sentimento
Para não correr o risco e não ser nada daquilo
E aí, ficaria chato para a gente ou algo do tipo.
Além disso, no fundo, também tinha medo de começar
um compromisso porque seria a primeira vez a namorar.
Seria tudo muito novo e não me sentia pronto.
Queria conhecê-la melhor para saber quando e como.
Ele disse: Nunca vi você ninguém amando!
Só te vi brincar com tantas que, quando eu vi, não tava nem acreditando!
Desculpe por ter te rotulado, mas nunca pensei que você fosse cara desse tipo.
Mas, pensando bem, eu acho que isso de “tipo” não tem o menor sentido…
Nós rimos,
E juntos para o colégio seguimos….
Esse inferno passou…
Um tempo novo o meu coração chamou…
Parte 3
Num final de semana, eu convidei Amélie para vir na minha casa.
Vamos cantar, jogar e conversar até a madrugada.
Depois de uma semana de trabalho, merecemos descansar
E nos curtir bastante já que começamos a namorar.
Tão linda com um vestido vermelho, ela entrou no meu quarto
Para assistirmos um filme juntinhos abraçados.
No meio do filme, nos envolvemos entre beijos e amassos
E, espontaneamente, foi nossa primeira vez ao som do filme totalmente ignorado.
Foi um momento lindo e inesquecível!
Valeu a pena esperar tanto porque foi tão incrível…
Eu tirei a roupa dela depois de tanto ter desejado.
Eu amei cada centímetro dela por mim tão tocado.
Depois de uma vez ter me machucado
Ao ter ficado apaixonado,
Comecei a pegar várias sem compromisso
Porque não queria mais sentir o doloroso martírio.
Quando conheci Amélie, tudo mudou
E minha esperança possibilitou
Que eu voltasse a acreditar no amor
Como existiu naquele minuto em louvor.
Mesmo que aconteça qualquer coisa conosco,
Sei que nos amamos naquele minuto um pouco.
Eu toquei, pela primeira vez, o corpo dela como louco
Que me acariciava e me arrepiava o meu corpo todo.
Ironicamente, terminou o filme quando começamos a assistir
E resolvemos descansar depois de tanto aproveitar cada sentir…
Começamos a rir do filme que terminou logo que começou…
E quando bateu fome, eu fui para cozinha fazer a pipoca que Amélie comprou.
Quando a pipoca estava estourando,
Eu ouvi um grito de Amélie no quarto onde ficou esperando.
Eu corri para ver o que tinha acontecido preocupado,
E ela tinha batido, na quina da cama, com o pé descalço.
Eu me distrai tentando ajudá-la.
Meu pai foi ao meu quarto com cara emburrada
e disse: "Estou sentindo cheiro de queimado.
Será que você faz realmente tudo errado?"
Eu lembrei da pipoca no fogão
Que estava toda queimada sem poder comer mais não…
Fiquei zangado pelo que meu pai disse
Porque esqueci da pipoca preocupado se Amélie se ferisse.
Ele nem pensou em ter me perguntado
O que aconteceu para que a pipoca tivesse queimado.
Já vem me rotulando, como sempre, ele e minha mãe me tratam assim,
Mas eu sei o motivo real mesmo que eles não digam para mim.
Eu e Amélie fomos a escola
E ela percebeu minha cara de derrota.
Sentados num banco do pátio, eu contei
Como num assassino eu me transformei…
Sinto uma enorme e terrível culpa
Que é como uma diária surra
Porque com nove anos, estava distraído brincando, quando minha irmã pequena
caiu da janela do décimo nono andar lá ficando até que minha mãe a perceba.
A minha irmã foi para o céu
Como a minha esperança no véu.
Essa irmã era três anos mais nova do que a Amélie.
Ela partiu tão cedo no mundo e nem ele nem sua família, não a esquece.
O quarto todo rosa dela ainda está intacto
Com sua caminha e roupas no armário.
Todo o dia, eu me lembro do que eu fiz.
E do quanto ela merece mais do que eu estar aqui.
Meus pais me culparam.
Tanto me condenaram.
Me lembro da revolta naquela época
Quando eles me chamavam de “idiota”.
Eu sou menos homem
Por não ter honrado meu nome
E não ter salvado a minha irmã Sara querida
Da janela em que tiraria a sua vida.
Por isso, sinto que deveria ser protetor
À minha irmã porque a dor
Vem dessa culpa que carrego em meu peito
E que me condena pelo remorso aqui dentro.
Amélie me ouvindo comovida de coração
Diz: “Olha, David, para mim, a culpa envolve intenção e ação.
Você era criança e seus pais não deveriam ter te tratado
Dessa forma como se fosse sua culpa que sua irmã tivesse se acidentado.
Talvez eles devessem estar sensibilizados
E ainda não terem direito racionalizado.
Mas talvez uma parte da culpa que você vê acusada por eles
Pode estar impregnada pela culpa você sente em si desde sempre…"
Eu disse para Amélie como eu gostaria de voltar no tempo
Correndo na velocidade da luz sem medo!
Gostaria de ser o The Flash para que seja possível
Salvar minha irmã desse cruel destino.
Eu e Amélie pedimos à bruxa Morgan essa proeza.
Nós voltamos no tempo e percebemos a redondeza.
Eu vejo minha irmã e mesmo que não consiga salvá-la
Por ser tarde demais, pude dizer a ela, entre lágrimas,
que é por todos muito amada.
Pedi desculpas por não ter a minha irmã ajudado.
Meus pais tinham ido rapidamente para o vizinho ao lado.
Contavam comigo para que de minha irmã Sara estivesse a salvo do nosso lado,
Mas continuei brincando porque de ficar cuidando dela não estava muito concentrado.
Sara me disse que simplesmente foi um acidente
E que, como ela me ama, não quer decididamente
Que eu me sinta culpado
Porque o dia da morte é para todos algo incontrolado.
A fragilidade da menina dos meus pensamentos
É substituída pela força dos seus sentimentos
Me dizendo adeus e que não devo pensar
que preciso salvá-la
Para ser homem de verdade,
Mas sim, que preciso amá-la
E aceitar a realidade...
Nos despedimos de Sara que partiu em espírito
certificando-se que estou um pouco melhor embora seja difícil
Vê-la tão pequena indo embora
Porque simplesmente havia chegado a sua hora.
Voltamos na vassoura com Morgan para o colégio.
Agradecemos a bruxa que nos deixou em cima do prédio.
A bruxa disse que qualquer coisa poderíamos a chamar *erro proposital para rimar
Em nossa mente porque ela está sempre disposta a ajudar.
Amélie diz que não acha que eu seja um assassino de verdade
E que devo ressignificar esse momento com o olhar de uma fatalidade..
Amélie acha que meus pais estivessem se sentindo culpados
E aí, descontaram em mim como estavam se sentindo agoniados.
Tive uma conversa com meus pais difícil, importante, especial e grande
Em que rompemos com o tabu da morte de Sara por um instante.
Demonstramos nossos sentimentos abrindo o jogo,
quando chegou a hora do almoço.
Ao realmente, sem hipocrisia, conversar juntos,
Pudemos dizer sobre nossa necessidade de perdão mútuo.
Fomos honestos durante o tempo inteiro.
Depois desse dia, conseguimos melhorar nosso relacionamento
o deixando mais verdadeiro.
Cada um agradeceu por não precisar fingir ser perfeito.
Cada um tirou as máscaras revelando o ser verdadeiro.
Todos conseguimos conversar tranquilamente,
E depois chegou Amélie com um saco de pipocas rindo zombeteiramente…
Amélie disse zoando que dessa vez, não vai queimar, pois ela estará me ajudando.
Eu ri e disse: "Garota, tá me zoando?" Ela disse que sim brincando.
Então, eu comecei a correr atrás dela pelo condomínio
e ela com um brilho no olhar estava rindo…
Passamos pelos meninos
jogando futebol na quadra.
E enquanto ela ria e atrás dela eu corria,
Percebi que Luke na quadra de ciúme se contorcia…
Amélie vai me pagar
Ajudo as meninas a se encaixarem
Isso é o que o mundo quer da mulher.
Minha mãe sempre me disse
Minha mãe pintou e cortou o cabelo de loiro,
E entre ficadas sem compromisso sempre desejei ter seu amor.
Quando Amélie e David começaram a namorar,
todos meus sonhos sem mais nem menos precisariam desandar.
Eu só servia para a cama de David
e não para namorar sério como Amélie...
A Amélie, Jane e Gabriely roubaram
minha popularidade e me deixaram
com as esperanças destruídas,
mas agora serão fortalecidas...
Eu cheguei como a princesa no colégio de limousine como habitual,
Estava escrito “Será que a superficial e ultrapassada Susi Allen
Essa matéria foi feita por quem?
De repente, sem que eu estivesse esperando,
David não podia fazer isso comigo!
Como podem me humilhar?
Eu vou acabar com essa felicidade
Eu e Luke separá-los já planejamos.
Parte 2
Jane, Gabriely e Amélie chegaram juntas rindo.
David chega lindo com uma blusa azul polo
Eles mal poderiam esperar....
Enquanto Charlie não chegava, Luke e Richard chamaram David pra dançar.
Amélie escuta Jennifer gentilmente
Jennifer se comoveu profundamente
Antes da festa, no colégio, eu pedi para o Luke no intervalo,
Amélie disse que em David acreditava
Luke me disse que Amélie ficou insegura
Luke comenta comigo: “Olha, Susi, Amélie muito bem David conheceu
Agora eu vou agir sem mais ficar enrolando:
Eu apareço e pergunto se ele quer ajuda.
Ele distraído ainda os procura com o olhar,
Eu disse que como os meninos não estão,
Amélie estava atrás de David, achou que aconteceu o beijo
começou a chorar sem conseguir se controlar,
David a viu, tentou se aproximar, mas ela pediu para ele se afastar...
por quê não me disse e ficou me contando mentiras?
Amélie diz que essa é a desculpa perfeita
porque não quer por algo que não aconteceu vê-la chorar...
Amélie saiu correndo, David se enfureceu, virou para mim e berrou:
David diz que com armações e mentiras,
Eu disse: Você se livrou! Você não perdeu!
E respondi em suas costas sozinha: "Depois de todo o deboche, vocês estavam merecendo…"
Eu disse brava: Só podia ser você mesmo para amarelar?
e que ela também tem opinião não sendo mais como os submissos meus.
Amélie ao lado se aproximou indignada querendo satisfação
O sentimento espontâneo do amor impede de significá-lo como um jogo.”
Amélie ficou furiosa com a minha proposta
Eu insisti firmemente: Ou você de David se afasta
para você brincar somente por ele não querer ser o seu namorado"
Eu com mais raiva pelo deboche dela disse que não me importava
Parte 4
A coroa confinada em minha mente
Amélie iniciou uma guerra civil em meu reino
David entra na casa dela dizendo que precisa nele confiar
que os dois estavam namorando, mas não imaginou que eu estaria armando...
dizendo que ele lamenta que, na verdade, ela tenha visto a cena
David se aproxima impaciente e pergunta se Amélie realmente
Amélie faz uma pausa e diz que não sabe,
David coloca as mãos na cabeça enfurecido e pergunta:
Amélie: "Luta? Então, quer dizer, sou um jogo difícil que quer vencer?
David olhando fixamente nos olhos dela diz que a conhece muito bem se aproximando.
Amélie não podia, mas não resistiu
ao ouvir ele falando coisas tão lindas que até meio tonta se sentiu.
Ela não conseguiu impedir porque David rapidamente agiu
ao ver que Amélie se conectou com ele e um beijo consentiu.
Foi um beijo em que ele a segurou firmemente
Foi um beijo quente, vibrante e cheio de desejo.
Foi um beijo ansioso, cuidadoso e cheio de medo
do outro desistir por conta de tantas mentiras ditas do seu amor
e até de machucar o outro que tanto ama com tamanha ser a dor.
Amélie abre os olhos, me vê pela janela, se afasta, se enche de coragem e grita que não quer mais com ele estar.
Com medo de que ele seja exposto na escola, ela diz na maior frieza possível que quer esquecer que ela chegou a com ele namorar.
Amélie evidentemente estava transtornada por dizer tanta mentira,
David suspirando triste, contrariado e confuso vai embora.
Mas mesmo tudo o que dizia ter sido atuação,
ela sabia que ela disse em nome de uma insegurança dela
por algo que aconteceu no passado com ela.
Mas Amélie ao ver aquelas palavras lindas e firmes de David
falando de como ele a ama demais e quer que ela fique com ele
independente de qualquer outra menina na balada
só faz a Amélie por dentro discretamente se sentir cada vez mais apaixonada.
David perguntou: "O que mais você quer se já conseguiu o que queria?"
Eu me humilhei sem nem notar dizendo: “Eu acho que você poderia sim, a esquecer
David diz que se eu o ver como MEU príncipe sem escolhas,
Eu disse que, para ele, é fácil falar assim puxando mais para a razão
do que viver um amor baseado numa ilusão e de pura falsidade.
todo o carinho entre eles depois de tanto tempo terem escondido.
Em seguida, ele foi para a sua casa do condomínio e comecei a chorar desiludida
David falou tudo de coração que aceitei que tudo não é diferente
o condenando por não sentir por mim amor…
mas a maior dor
é quando queremos forçar o outro a sentir com ou sem sentido
o amor porque ele é singelo demais para assim ser construído.
Em sua vassoura, ela me levou para eu conhecer
Eu pude olhar para bruxa como um alguém…
eu estar segura de quem eu sou em cada instante
porque se não vou deixar que uma roupa
ou até que os outros me definam de forma tosca.
Muitas bruxas acreditam no que é dito
e vivem rigidamente a partir disso,
já outras conseguem tirar a roupa da maldade
por tentarem escutar de cada um a voz da sua verdade.
ela se despediu dizendo que, quando eu quisesse, podia chamá-la.
A viagem da bruxa deixou meu cabelo maluco.
Minha mãe me disse que uma moça boa
“Espero que, por trás da boa moça, você veja a menina
Depois de uma longa conversa, minha mãe disse que me amava
E reconheceu que a maquiagem e aparência não tanto importava
Valentia para olharmos que não somos perfeitas,
Parte 6
Eu disse a Jennifer que ser somente a Susi ia tentar
Logo que Amélie me viu, ela ficou preocupada tentando achar certas palavras
que com os dois muito errei
alegando ter ameaçado Amélie a se afastar
se não, o trauma de David com sua irmã para a escola eu ia espalhar.
David ficou espantado com o que eu pude fazer.
Ele ficou esperando eu explicar o porquê.
Eu decidi dizer sinceramente
o que passava na minha mente.
Eu estava fixada na ideia de continuar popular
e com o garoto mais lindo da escola namorar
e estava, mesmo que não assumisse, muito chateada com a matéria no jornal
que achava que Amélie tinha escrito me chamando de "superficial".
A escola estava dividida entre eu e você
e estava disposta a recuperar o meu lado que
na minha cabeça você, Gabriely e Jane tiraram
quando lideraram a revolução na escola quando me enfeitiçaram.
Amélie disse que a escola me respeitava
porque, com o bullying que eu fazia, você aprovava
quem estava adequada para se inserir na sociedade
de modo que você ignorava a diversidade.
A escola não é mais a mesma
e todos tem medo de que volte nesse esquema.
Não fui eu que escrevi a matéria no jornal,
mas revela a vontade de união geral.
Eu disse que demorei para aceitar que depois que a escola revolucionou
o meu lugar passou a ser de aluna como todas as demais... Foi o que restou,
Mas agora eu aceitei e quero ser vista na totalidade;
não mais numa mísera superficialidade sem inteligência, caráter nem verdade.
Amélie disse que sabe que tudo é fruto
do condicionamento das meninas no mundo
e que cada dia, estamos nos desconstruindo
a sermos como somos naturalmente nos unindo.
Amélie disse que não achava o problema
ser a maquiagem ou as roupas em si,
mas sim torná-las parte de uma máscara e um dilema
de que sem elas, não poderemos ser mais nada assim.
Amélie disse que, depois que Louise conheceu,
com a determinação e superação dela, aprendeu
que as mulheres e os homens podem até ser influenciados pelo meio,
mas nunca serão marionetes sem poder de escolha em qualquer que seja seu tempo.
Por esse social condicionamento,
a cada dia, a desconstrução do velho preconceito
é importante para nos olharmos de igual para igual
com empatia aos outros procurando um olhar menos "superficial".
Amélie disse que pode me dar mais uma chance
porque como Louise a ensinou está no nosso alcance
incluir e acolher as mulheres e os homens da sociedade
para que construam, no seu tempo, esse olhar à diversidade.
Mais aliviada sem o peso da coroa de Cinderella na cabeça, para a sala eu fui indo
que não quero mais cultivar no meu coração.
Desenho por Anais Gonzalez Blanco (Europa, Espanha) - Instagram @anaisgonzalez |
Ninguém é perfeito.
No devido tempo,
talvez ele possa melhorar
mas o que posso fazer agora é de mim cuidar...
Preciso desconstruir
o tipo de homem esperado para sair
o patriarcado em mim
e a insensibilidade naturalizante por fim...
by juhee (@zoohii) https://www.instagram.com/p/Bsk8J-EnwSL/ |
Enquanto fui fiel
E a nós rezei ao céu,
Você me traia
E depois me amava dizia.
Qual é o limite da sua hipocrisia?
Obrigatoriamente, se acha que a mulher deve perdoar se ama
mesmo quem a engana,
Então você me enoja por ser tão machista a ponto
De achar que a mulher deve se prestar a esse posto!?
Depois do nosso número e dos aplausos, nos peça perdão ajoelhado!
E em seguida, suma da nossa vida sem achar que estamos sendo indecentes
Já que não temos compromisso com quem nos foi indiferente.
comemorar comigo meu dia! Vamos nos divertir
como também arruma pretexto para não continuar a conversa
nos ocasionais intervalos em que ele me chama e me espera.
Eu não quero me iludir.
Vou esperar ele se decidir.
Sei que pode vir a gostar de mim
mesmo que demore tanto assim.
Eu disse para ela que procuraria
outra pessoa que comigo namoraria
porque não aguentaria esperar
um fulano querer se aproximar...
ditando a sentença de como deve ser o nosso corpo para nos "amar"...
Algumas vezes, do filme ele comentava
bem baixinho alguma coisa engraçada.
Quando isso acontecia, ele se aproximava
da minha cara que logo ficava avermelhada.
Desenho de maxence Danet-Fauvel |
Parte 1
Meus amigos e amigas
Me convidaram para o cinema
Eu até feliz aceitei pela companhia,
Mas nunca confessei o meu dilema.
Quando o filme estava rolando,
Para voltar do banheiro, estavam demorando
A Jane e o Luke que podíamos suspeitar rindo
Que estivessem aproveitando o tempo sozinhos.
David e Amélie estavam juntos assistindo
o filme atentos em silêncio ou rindo
de algum comentário que sussurravam ao outro
e ai, por vezes, não aguentavam e se beijavam como bobos.
Estava Gabriely no outro lado de Amélie
E no outro lado de Gabi, estava Charlie
Que mal deu atenção a ela
Somente olhando a tela.
Gabi estava visivelmente impaciente.
Falava alguma coisa para Charlie entre dentes
Mas ele comentava por cima sem paquerar
Nem no escuro do cinema procurar aproveitar.
Eu no meio de vários casais héteros entre meus amigos,
Eu me sentia sei lá tão sozinho e esquisito
Por não estar acompanhado por uma garota
Já que sexualmente me atraio por outra coisa.
No meu quarto, ao me masturbar todos os dias,
Me excito mais por pênis do que vagina.
Sempre foi assim, mas tento me esconder
Porque tenho medo do que possam fazer…
Para meus amigos solteiros Marc e Jack, finjo
Que estou interessada na menina de trás,
Mas na verdade, é que por Jack eu sinto
Um calor (quiçá amor) que não me deixa em paz.
Eu sinto meu corpo se agitar
Quando discretamente fico a espiar e pensar
Como um jovem negro tão meigo e lindo
Pode me causar só por estar perto um tremendo arrepio.
Quando ele olhava para mim,
Eu imediatamente disfarçava assim
E voltava a assistir Star wars com a estúpida ilusão
De que os personagens masculinos bem que podiam ficar juntos então.
Os filmes em que a maioria dos casais são héteros,
Me pergunto se o mundo está querendo, sendo sinceros,
Me dizer que não devo sentir tudo isso
E por isso, continuo sem olhar para Jack tímido.
Incapaz de negar o meu sentimento,
Na minha frente, teve um dado momento,
Que ele passou se aproximando muito da minha perna
E como queria ir no banheiro roçando um pouco nela.
Estremeci não podendo resistir
De negar querer tocá-lo e sentir
porque ele estava muito na minha frente
Talvez falhei em fingir ser tão indiferente.
Quando o filme acabou, na sala
Ao meu lado, a Gabrielly parecia chateada
Porque Charlie estava com Marc as escadas descendo,
E que o amor dela por ele era platônico já que era o que estava parecendo.
Amélie ao seu lado disse para ela tentar dizer a verdade,
Pois as vezes seu irmão não percebe a realidade.
Jane acha melhor ela ir procurar outro garoto
Porque ele realmente parece ser devagar e meio bobo.
Eu disse a ela que é triste quando quem gostamos
Não parece nos corresponder como almejamos.
Nos sentimos insuficientes e péssimos
Porque queremos ser amados com esmero…
A Gabi me olhou dando um sorriso
Aliviada por entender o que ela está sentindo
E perguntou se eu estou apaixonado também,
Mas eu ri e disse que “claro que não, meu bem”.
As meninas descrentes começaram a se animar
E voltaram a me perguntar…
Eu morri de vergonha principalmente
Porque Jack se aproximava de repente.
Eu disse que de ninguém
E saí rápido de lá nem
Sabendo se o Jack ouviu e percebeu
E se a Gabi com minha resposta se convenceu.
Parte 2
Pego minha bicicleta motorizada
E saio em disparada
Para encontrar meu pai inconsequente
Que acabou de se separar da minha mãe doente.
Luke, meu primo, foi testemunha
E muitas vezes se calou como uma mula
De quando ele a traia,
Já que achava normal quando isso fazia.
Depois de perceber o quanto em sua tia doía,
Luke resolveu dizer a verdade mesmo que seja sofrida,
E minha mãe imediatamente decidiu se separar
Já que essa situação não ia conseguir se calar.
Fui para a padaria pra ele me encontrar
E ele pode me ver e se desculpar
Dizendo que ele não tinha coragem de terminar
E não tinha vontade de continuar…
Eu disse para ele que a mentira
Dói tanto que ele não entenderia
E que talvez algum dia quando soubesse se dedicar a alguém,
Veria como é triste sentir o descaso de quem sempre foi leal e desejou o bem.
De repente, ele olhou para o lado e numa expressão de puro nojo
Parecendo que ao invés de suco de laranja estava bebendo água do esgoto,
Ele desabafou para mim como se incomoda com os beijos do casal da mesa ao lado,
por ser público e por ser entre dois homens então era um pecado...
Ele começou a dizer um pouco alto que deveriam se envergonhar
Por se beijarem na frente de crianças que estavam aqui para almoçar.
O casal respondeu que eles não tem vergonha de amar
incondicionalmente e livremente pelo universal amor aceitar.
Eu pensei que é estranho ele condicionar o amor
e não ver que mesmo numa relação heterossexual (como a dele) não estava imune à dor
e que a felicidade é o que mais importa
e permitir que se expressem livres sem esperar uma nota.
Meu pai com raiva subindo na cabeça,
Estava prestes a fazer uma cena,
E disse: “como estava horrorizado com à Deus o desrespeito,
Mas depois eles iriam ser castigados por não se comportarem direito”.
O casal disse que não estava fazendo nada errado.
Já que amar ao próximo é o que Jesus havia praticado.
Meu pai se levantou pegando no meu braço enfurecido
Querendo logo ir embora para acabar com o burburinho.
Eu fiquei impressionado como esse casal!
Sabiam quem eram e isso falavam de forma natural
E como falavam mesmo o que pensavam.
Desaforo para casa parece que não levavam… rsrs
Ao mesmo tempo, sabia que ele não me aceitaria
Se a verdade eu dissesse a ele, eu saberia
Que infelizmente como ele era um desses crentes rigorosos
Que ele não entenderia meus desejos afrontosos
Peguei minha bicicleta e fui visitar no hospital minha mãe.
A melhor amiga dela, mãe da Amélie, estava lá todas as manhãs
A acompanhando na quimioterapia
Quando eu e Luke estivéssemos na escola numa parte do dia.
Era muito triste essa impotência de não poder ajudar.
Era muito triste vê-la na cama vomitando ou sem ar.
Ainda mais, agora que se separou, ela diz que a abandonou
E que em breve vai morrer porque é o que restou.
Eu digo para ela que ainda estávamos com ela aqui.
Mas ela parece que não nos vê porque mal sorri
Só pensando no quanto a vida dela mudou
Por causa dessa doença que tão infeliz a deixou.
A psicóloga do hospital chegou bem na hora
Que ela começou a chorar e chorar sem demora.
A psicóloga entregou lenços dizendo que ela parecia triste
Porque ela acabou de sofrer uma perda recente em que o pesar insiste.
A minha mãe diz que perdeu seus cabelos,
seu marido, seu emprego e seus seios
E disse que se sente inútil e que o amor de seu marido fosse incondicional,
mas acabou de cair na real.
A minha mãe olhou para todos que estavam na sala
Como se fosse a primeira vez que nos viu impressionada
E calmamente eu e Luke nos aproximamos dela e lhe dei um abraço
E disse que estaríamos com ela lado a lado.
Luke deu a ela na bochecha um beijo
E pediu perdão por guardar dela o segredo
Mas acha melhor ela saber a realidade
Para que ela possa viver mais com quem a ama de verdade.
Com fé e com o carinho da família e das amigas,
Ela pode conseguir se recuperar da quimioterapia
E por isso, a psicóloga pediu para que todos nós ajudemos
a minha mãe Sueli a sentir que é muito amada e que a escutemos...
Saindo da sala no corredor,
Luke disse a mim que é muita dor
Descobrir que o amor da sua vida
Não é eterno como imagina.
A mãe de Amélie, Susan disse: “Sua vida não vai se realizar
Apenas com o sexo oposto casar
Porque o amor e a empatia podem mais trazer
O conforto que a alma sempre quis receber…
Eu disse que o tio tem a sua autonomia, mas também parece viver uma ilusão
Achando que a vida regrada dele vai trazer a salvação
Quando na verdade a parceria, a empatia e amor em questão
Fazem mais falta de serem sentidos para o coração como nessa situação…
Parte 3
Eu a bicicleta dirigindo
E o Luke no banco de trás o vento sentindo,
Fomos até a escola
Já que ia começar a aula.
No caminho, eu perguntei, sem problema
O que houve entre ele e a Jane no cinema.
Ele disse animado que ficaram, mas ainda não estão namorando.
Mas ele gostaria que isso acontecesse porque dela está gostando.
Estacionei a bicicleta e ao entrarmos no colégio,
O Jack apareceu, nos percebeu e Luke cumprimentou.
Enquanto eu trancava a bike, o Luke foi entrando
E Jack de mim cautelosamente veio se aproximando.
Jack perguntou como estava me dando um rápido abraço,
E quando nos afastamos, ele me olhou meticulosamente de lado.
Então, comecei a suar frio porque parecia estar flertando
E então eu retribui o olhar, dei um sorriso e continuei falando.
Perguntei se ele havia do filme “Star Wars” gostado.
Ele sem graça disse que era um bom filme imediato,
Mas gostaria de ter assistido outro que eu também me interessei
E então, eu sugeri que talvez eu pudesse assistir com ele e já ansiei…
Chegamos na sala e já estava lá o professor novo de filosofia
Porque a última pediu licença de maternidade.
Ele chegou dando boa tarde com alegria
E todos foram sentar com solidariedade.
O professor disse que um dos objetivos
Dele é fazer com que a gente se excite
Pela filosofia porque até hoje persiste
Sendo a melhor forma de sabermos que estamos vivos.
O professor colocou o nome dele no quadro:
“Arthur Wood” e ele começou a perguntar o que fazemos no sábado.
A maioria disse que relaxa ou joga bola até que o Philip disse que estuda
E, com os risos da sala, ele chegou a perguntar: O quê? Seria uma ação estúpida?
Ele continua:” O que é a normalidade?
Foucault já tentava refletir sobre a verdade.
Por quê defendemos tanto o que é normal?
Será que há uma relação de poder que nos faz pensar que é natural?”
Ele até disse que Foucault como homosexual,
Ele tentava mostrar como é cultural
Algumas crenças de que o certo/errado
Devessem guiar o cidadão bem educado.
O Jack disse que achava interessante esse pensamento
Para tentar trazer uma ruptura do preconceito
A essa sociedade que ainda reproduz muita violência
Estrutural, física, psicológica e várias outras impaciências.
Quando a aula acabou, eu até tive dificuldade
De assimilar o conteúdo sem pensar na minha realidade.
Então, gostaria de tentar me mostrar com mais auto respeito
E me comunicar me expressando claramente contra o preconceito
Parte 4
Richard vai com sua bicicleta
a uma missão não mais secreta
e assume para Jack ao chegar no cinema
o que sente por ele e seu dilema.
Jack sorri ao vê-lo e disse que ouviu
meu comentário no cinema daquele dia e sentiu
uma grande emoção por talvez poder
ter alguma chance com você.
Jack disse que às escondidas
também atraído por homens sentia,
mas nunca contou para ninguém
por medo de ser julgado também.
Eu disse que acha precisar de tempo
para me assumir mesmo por inteiro,
mas que queria estar com ele com amor
e que está aliviado por poder trocar todo esse calor.
Durante a sessão, sentados num lugar escondido
da sala deram um beijo desinibido
com que pudéssemos sentir felicidade por finalmente mostrar
como somos e um ao outro nos aceitar...
Passados uns dias, quando contei
ao meu primo Luke, eu me alegrei
porque me acolheu como também minha mãe amada
que disse que me aceitava.
Já meu pai não mais fala comigo,
mas com o tempo mais tento ser indestrutível,
mais respeito nossos diferenças de crenças e acredito
que o tempo pode nos surpreender com novas possibilidades,
enquanto isso eu não preciso viver pela metade.
Eu me aceito!
Eu me entendo!
Me amo como sou!
E na casa de Jack agora eu vou!
e quando chegar, eu vou dizer:
Chega de negar o nosso desejo
Vamos nos rebelar
Sim... eu te amo
O amor ao próximo sustenta
O nosso amor é tanto!!
Ninguém imagina o quanto!!
Nossos espíritos não tem sexo.
O amor universal genuíno não tem critério.
Almas enamoradas
E almas contempladas
Causam inveja por quem não gosta do outro feliz ver
E ódio por achar pecado duas almas se querer.
Sim... eu te amo, meu amor!
Sim... eu te amo com louvor!
Desculpe por tanto negar!
Chegou a hora de me aceitar!
A minha homossexualidade
É impossível de ser curada,
Pois não é uma enfermidade
Que possa ser tratada.
Não é uma escolha sentir
por quem sente atração.
Não é uma escolha ser
homossexual como costumam dizer.
É escolha, sim querer assumir
ou não viver se escondendo de si.
É escolha, sim os desejos refrear
ou os medos enfrentar...
A desconstrução do que é o certo
Socialmente deve ser feita com esmero.
O que diminui o sofrimento
é não se ver como alguém cometendo um erro.
Se achamos que estamos cometendo um pecado
pelo que os homofóbicos dizem ser errado,
Nós não nos assumiremos
E por não podermos ser quem somos sofreremos.
Que possamos nos libertar dos nossos preconceitos
Nos amando como somos primeiro
Que só assim vamos aceitar
que o outro também pode escolher como é se amar.
jack concorda com minhas palavras
e decide tentar viver isso a prática
me beijando com todo o amor e carinho
me mostrando que não estou sozinho.
Eu me emociono sem querer
porque estou assumindo ser
eu mesmo ouvindo meu sentinento
e minha necessidade de me livrar desse aprisionamento...
É uma prisão
que enclausura o coração
e quando permitimos deixar a energia fluir
parece que a vida fica mais possível de seguir...
Eu conheci Amélie na cantina
em que conversamos Por horas
e ela com toda alegria
me encantou sem demora...
Todo o dia era feliz quando eu acabava com ela falando
e Amélie continuava me encantando
e eu me iludia ao imaginar que com ela ia namorar,
já que ela poderia de mim gostar.
Conheci a Jane na quadra
e eu a achei uma ladra
que roubou minha atenção
assim que trombou em mim e me deu um sustão.
Nos aproximamos naturalmente
e eu me vi um adolescente apaixonado duplamente
Já que nas duas eu gostaria de ficar
e eu não saberia como uma delas machucar...
A monogamia era o acordo,
mas meu coração não tinha dono,
Mesmo que as coisas acontecessem sem querer
Já que era a 1ª vez que me interessava por alguém.
Fui levando e levando
e não nego que fui me aproveitando.
Pensei apenas no meu umbigo,
pois isso não foi honesto, legal e amigo.
David me olhava desconfiado
Por Amélie estar preocupado.
Então, sempre tentava alertá-la de que eu era estranho e babaca,
mas como Ele não tinha provas ela me defendia e se afastava dos amigos
e eu fui me tornando – como se diz – abusivo,
mesmo que no fundo estivesse constrangido.
Teve uma vez que vi Amélie na parede
e David falando para ela perto na sua frente
que ele sentia falta da sua amizade
e dos momentos que conversavam com intimidade...
De rir de piadas, contar segredos,
mas agora ela havia os esquecido com o estalar dos dedos.
Amélie olha para o chão e disse que também sentia,
Mas o motivo de não gostar de mim não entendia.
Eu me aproximei com raiva de que ele pudesse algo dizer
Já que do seu amor tinha medo de perder,
mesmo que sentisse o mesmo com Jane,
para mim, meu afeto era real, mesmo que o leitor se espante.
Eu as amava, mas era de um violento jeito
que não era honesto e feriram o sentimento
Quando as duas descobriram
e de mim no teatro, de forma humilhante, me inibiram, ao ponto que sumir me pediram.
Parte 2
Agora na escola vou voltar
e tentar me recuperar
o que seja possível do perdão
para conseguir acalmar meu coração.
Não sei como vai ser a recepção
e acredito que não boa com exatidão,
mas não tendo de início uma bofetada
já seria bom, isso se não puder pedir nada..
Passei pelo portão e vi
A Gabrielly na entrada que desconheci.
Ela tão linda sorriu para mim com interesse e malícia,
Mas percebi que era para provocar Charlie que também vinha.
Passei pela cantina, sala do maternal,
a quadra e logo mais no final
entrei na sala do nada e ouvi um grito,
mas diferente do que achava que fosse sentir, não consegui segurar o riso.
Amélia assustada interrompeu o beijo com David
achando estar tendo um pesadelo
porque é uma assombração que voltou
na escola que tanto ela tentou esquecer ressuscitou.
Eu ri porque era como se eu fosse um bandido,
um ladrão ou um assassino
Porque apenas fiz algo que reconheço como ruim
e não deveria estar mais aqui assim.
David me olhou surpreso e intrigado
e me perguntou com o olhar atravessado
o que eu vim aqui fazer
e eu disse que voltei como ele pode ver.
Jane chegou olhando distraída o celular
e quando olhou pra frente divertidamente eu disse “olá”
e ela se assustou tanto comprovando
que o maior secreto vilão desta história está retornando.
Jane gaguejou, viu que Luke chegou,
Sem dizer nada a mim nem a ele o puxou
para fora da sala porque estava ofegante
como uma crise de ansiedade neste instante.
Luke sem entender quem Fred era,
pegou um copo de água e disse para Jane respirar (Quem me dera diria ela)
Mas esse maldito garoto voltou
Que foi o 1º que ela amou e a traumatizou.
Luke a abraçou, enquanto ela sentia essa reação ansiosa
Que parecia que ela fosse morrer, com um aperto no peito, nervosa.
Ele disse que o seu sentimento compreendia
já que sua necessidade de confiança não foi atendida.
Luke disse que não tinha problema
colocar tudo para fora de si mesma
e ele apenas foi um idiota
que não soube valorizar uma joia.
Luke deu um beijo na bochecha dela
e disse que ele gostaria de ter uma chance como essa
quando ela pudesse diminuir esse muro
que pode haver entre ela e um amor futuro.
Luke a abraçou mais forte
e para sua surpresa, a resposta foi a sorte
de poder beijar seus lábios macios sedentos
de um amor verdadeiro repleto de desejos.
Foi um beijo lindo com carinho até o sinal tocar
E os dois voltaram para a sala junto
Pois mais calmos iriam enfrentar
assistir a aula de filosofia com orgulho...
Parte 3
O professor começou dizendo
que Sócrates tinha um jeito único de questionar,
Mas percebendo que a sala estava tensa e distraída
resolveu perguntar o motivo dessa monotonia.
Ninguém falou nada só me olharam
e o professor intrigado todos me esperavam.
Então, confessei a verdade que me sentia arrependido
Por um erro em que muita gente acabou ferido.
Continuei rindo “Está todo mundo com medo de que eu alguém morda
ou que daqui a pouco alguém morra”.
Amélie pergunta “Qual é o motivo da graça, por favor?”
E eu respondi: “Estou tentando não me levar tão a sério, embora respeite a sua dor”.
Amélie disse rindo: “Estamos quites. Você nos feriu com uma faca,
E nós o matamos no teatro em público numa brasa”.
Todos riram menos Jane que precisava algo dizer:
“Você foi tão abusivo que eu não consigo voltar no amor a crer...”
E eu disse que realmente me sinto horrível...
Me sinto um ser abusivo, desprezível...
Mas voltei a essa escola porque sentia saudade de morar com minha materna família
Já que estava morando com a minha paterna no Havaí sentindo muita nostalgia.
O professor Arthur Wood disse que achava
que Sócrates podia ajudar na encruzilhada
Porque dizia que uma vida assim questionamento
não valia a pena ser vivida já que é um aprisionamento.
´E uma prisão o rótulo, o julgamento, o sofrimento de pessoas queridas
que, por trás, ele vê necessidades que não foram atendidas
e por isso, a gente acaba se julgando e julgando tanto o outro
como se o culpa pelo que sentimos nos deixasse num sufoco.
Segundo o professor, Rosemberg entendia que a causa do sentimento
É essa necessidade não atendida e não o estímulo que é o acontecimento.
Então, essa tristeza ou esse desejo, na verdade, tem a ver com nossas necessidades
E quando identificadas e expressadas, conseguimos nos conectar com mais facilidades.
Se o foco da nossa conversa é no erro,
Talvez validaremos os rótulos, agressões, comparações e morais julgamentos,
mas Rosemberg sugere que mudemos o foco para os sentimentos
sem avaliarmos esse sentir como certo ou errado, e assim nos conectaremos.
Eu disse que me senti confuso porque tinha necessidade de ser amado
E sentia medo de não machucar nenhuma com uma escolha que de fazer me via impossibilitado.
Jane disse que se sentiu triste porque tinha necessidade de confiança
Tanto que do amor chegou a perder a esperança.
Amélie disse que se sentiu irritada e frustrada
Porque não imaginava que era enganada
Por quem tanto a cobrava uma lealdade
Mas que não agia conforme a sua verdade.
Eu disse que havia entendido o que elas falaram
E reconheci as angústias que elas destacaram...
O professor disse que Rosemberg elaborou a comunicação não violenta,
Ele sendo um psicólogo que buscava mais clareza nas palavras com impaciência.
Como professor agora sugeriu
que pegassem um papel o que a gente riu
Porque o que estava tentando fazer
era uma dinâmica para a gente semelhante pudesse se perceber.
Cada um vai escrever um rótulo ou um adjetivo
que acha que as pessoas tem do seu íntimo
e depois de desabafar o que e se quiser, é só colocar
o papel na caixa na mesa do professor sem jogar...
O professor acredita que o rótulo
é como uma prisão do modo
como somos e então, propomos
a agir seguindo como estão nos definido.
Quando o nosso centro de referência
é externo, a nossa baixa auto-estima
tenta moldar as nossas decisões na violência
com a gente ou com outro como uma sina.
Isso para tentarmos ser aceitos
para os outros e não nós mesmos,
Vestimos a blusa do rótulo
e vivemos numa caixa deste modo.
Sem perceber nos sentimos inadequados e tristes
Porque o que queremos é nos conectar com o que existe
de mais precioso em cada um de Nós:
a vontade de aceitação da nossa única voz.
Susi foi a 1ª escrever no papel “superficial”
Por acharem que Vive num mundo irreal,
ser manipuladora por ter uma opinião,
mesmo que escola esteja agora em mais união.
Gabrielly disse corajosamente e sinceramente que Suzi
A humilhava por ser gorda, "insegura" e “abobalhada”,
Mas Susi disse que, para ela, nao era humilhante pois ela só opinava
dizendo que a nutrição muito considerava.
Susi reconhece que não teve empatia dizendo como sabia, mas a achar superficial
sem reconhecer suas necessidades é surreal.
David escreveu mulherengo e Assassino
e que estava ressignificando também isso.
Charlie escreveu fraco, “menos-homem” e até covarde
Porque não teve muitas relações amorosas como parte.
Luke escreveu “machista” e “babaca”
Porque realmente errou numa época e agora não é nada?
O professor disse que é importante validar e perceber
nossos sentimentos por trás do que aparenta ser
e que ao nos conectarmos com eles parece
que ao menos me julgo como alguém que o aprendizado fortalece.
O professor sugeriu que tentassem
Viver verdadeiramente e passassem
um para o outro o mundo distinto subjetivo particular
e descobrissem mais necessidades semelhantes que não poderiam imaginar.
Amélie que ainda não foi, pois está difícil escolher,
Escreveu “frágil” e “forte” dizendo ser um conflito no seu conviver:
“toda a angústia por ter que ser forte e toda a alegria quando me sinto triste eu invalido
por julgarem como sentimentos errados como um vacilo”.
"No ano passado, eu vivia uma depressão e melancolia
Por não me achar capaz de ser algo nessa vida
Quando conheci Louise me sentir mais confiante e segura
mas não sou imune a alguma angústia."
"Louise me inspira a quanto mais me perceber
como autora da vida que estou a escrever,
mais eu sinto a força dos meus sentimentos de crescimento
me impulsionando com alegria e não com vergonha pelas comparações e julgamentos."
O professor sorriu e disse que entendia
porque também de tristeza sentia
como Quando os alunos Não prestam atenção
Porque dão mais valor a necessidade da diversão,
Luke e Jack estavam gargalhando
e falaram que às vezes zoando
eles falam esses rótulos aos mais íntimos
Porque as vezes queremos evitar ser tão serio com nossos amigos.
O professor disse junto com as meninas que aí tudo bem
E até os próprios comediantes o fazem como um bem
E é claro que, mesmo quando escutamos esses julgamentos morais, precisamos respeitar
As diferentes maneiras que as pessoas sabem se comunicar
Mas saber que há um jeito que podemos aprender
É um alívio para que possamos melhor nos compreender
E a partir da alegria e do prazer nos sentir mais nós mesmos
Quando nos conectamos uns aos outros com os nossos sentimentos.
Essa dinâmica fez muita gente se emocionar
E até mesmo, mais aliviada com compreensão, se abraçar
O sinal tocou e o professor disse que estava produzindo
um curta metragem para um festival sobre isso.
O professor, então, perguntou se os alunos gostariam de ajudar
e a maioria afirmou gritando e celebrando sem disfarçar...
O professor sorri, se despede e diz que conseguimos vivenciar
Conceitos de Nietzsche, Kierkegaarg e Buber hoje sem planejar.
Parte 4
Gabrielly inspirada na aula, mais ensimesmada, cansada de se iludir,
no intervalo, foi conversar com Charlie sobre o que o faz sentir
já que de fato ela, as vezes, se confunde
Com o que ele quer com ela e o porquê que ele relute.
Durante as conversas no intervalo,
era um tempo que eles mostravam ter apreciado
E Gabriely se questiona se há algo a mais
e senão, ela pode gostar de outro cara pois é capaz.
Ela disse para esperar e ele a olha sorrindo,
a comprimenta e ela direta pergunta o que está sentindo.
Charlie não entende, gaby olha para o chão com vergonha,
charlie pareceu entender, mesmo que divagar, e disse: “disponha”.
Charlie disse que gosta dela, mas ele não se sente preparado
para de uma garota ser namorado.
Gabrielly pergunta se é isso ou se ele não quer admitir
que não gosta dela e, se for, ela prefere a verdade do que o faz sentir.
Charlie se aproxima, a acaricia no cabelo,
ele diz que exatamente por tanto amar seu jeito,
ele tem medo de não ser o cara que precisa
e se um dia a magoaria e frustraria com seus expectativas.
Gabrielly fecha os olhos sentindo seu carinho abrindo
Diz que também sente esse medo mas quando o vê sozinho,
ela sente uma vontade de se aproximar maior do que o receio,
mas é frustrante quando ela tem que mantê-lo guardado no peito.
Charlie então se aproxima da sua boca
com Desejo de tocá-la e sentí-la toda,
mas eu apareço e interrompo o momento dizendo
que não vale a pena insistir em quem só quer o seu beijo.
Charlie irritado disse que eu não tenho moral
para dizer isso depois do que eu fiz que machucou geral.
Mesmo assim eu tinha uma opinião
Porque se você não quer assumir, não ilude mais o dessa menina coração.
Gabi pareceu concordar que prefere beijar com compromisso,
mas incomodou por eu achar ter o direito de ter interrompido isso
já que o mais Importante é eles escolherem,
mesmo com os consequências para eles resolverem.
Eu disse já saindo ao corredor “ok! Gaby, depois não diga que não avisei”
e olhando de costas completei “ E não ache que não pode haver outro de olho em você”.
Charlie se irritou parecendo uma afronta com sua presença
E pergunta nas minhas costas desde quando para beijar precisa assumir uma sentença.
Gaby se surpreendeu com comentário,
franziu a testa e disse que não vê como arbitrário
o beijo porque ela aprendeu na sua evangélica igreja
que deve haver amor enquanto se beija.
Charlie franziu a testa e disse não concordar
já que ele se permite o momento vivenciar
e o compromisso apenas uma consequência possível,
mesmo que o beijo tenha sido incrível.
Gabi se entristece pois percebe que são tão diferentes
que mesmo gostando dele acha que terá que seguir em frente
Já que ele não suportaria também essas exigências que a igreja
impõe na vida e ele vai tentar esquecê-la mesmo que sua sina seja.
Parte 5
Os meninos vão ao futebol jogar
E, no vestuário, Charlie para David foi perguntar
como é para ela namorar,
se não dá vontade de com outros ficar.
David disse que nas 1ªs semanas,
a gente fica muita apegado em chamas
e não dá vontade, não, mas com as dificuldades
fazem a gente só se questionar na verdade.
David disse que a gente está numa idade de experimentar
então se não amar, não dá pra Namorar...
Amar incluindo nos piores momentos
entendendo que é normal termos diferentes sentimentos.
Charlie pergunta se ele acha errado beijar sem compromisso.
Davi disse que depende do que significa isso
para quem se beija mas para ele não é errado
Porque sentir prazer é uma necessidade como qualquer Outra, é algo por ele almejado.
Luke disse que isso foi um conflito para mim de muito tempo
mas aprendeu que beijar por prazer sem consentimento
te faz não sentir satisfeito porque quando o prazer é só seu
é angustiante pensar que uma violência cometeu.
Jack disse que a não ser que seja uma fantasia sexual,
Algo consentido, visceral e animal
Porque não vê problema em quem gosta
De ser amarrada e excitada numa corda.
David riu e disse que admira a mudança gritante
de Luke e Por isso é algo impressionante,
Quando você percebe que até o Beijo pode não ser prazeroso
não podendo forçar um amor, se não for espontâneo e gostoso.
Richard diz que agora que o Jack sabe que o amo
é maravilhoso poder sentir o prazer sem esconder nenhum dano,
mesmo que seu pai a sua homossexualidade não aprove,
ele sabe que quem ele é não é nada que alguém se apavore.
Jack sorri e Dá Um Beijão em Richard distraído
e os caras fazem alvoroço entusiasmado e suspiros.
Rindo Charlie conclui que acha o prazer
difícil de entender mas que além do certo e errado é só sentindo para viver...
Eu saí da cabine do banheiro apertando a descarga
Assustando todos que não sabiam que no local estava
E sendo direto perguntei o que fará com Gabrielly, pois ela só beija por amor
para ele não ser babaca de fazer o que for.
Charlie irritado disse para eu não me meter
entre ela e ele que eu não cheguei e falei sem saber
e que é claro que eles não dariam certo juntos,
Pois são pensamentos diferentes de opostos mundos.
Charlie pergunta pela preocupação:
"Por quê mal chegou e já sente por ela compaixão?"
E eu disse que não era apenas, mas que quero tentar com ela namorar,
se ela quiser e se ela estiver aberta sem um embuste esperar...
Charlie irritado mais ainda disse que ele não era um embuste
porque não se sente preparado para ter um relacionamento nem estrume
e ela fica com quem ela escolher,
mas Jack pergunta abraçando as costas nuas de Richard trocando de camiseta: "E o prazer?"
A maioria dá risada menos eu e Charlie que diz: " eu consigo
superar a Gaby, pois a verdade é que não é comigo
Essa coisa de namorar (não queria confessar),
mas eu não quero com nenhuma assim me disponibilizar".
Charlie diz que simplesmente não entende
ter que se relacionar apenas com uma pois se sente
preso em sua liberdade e Luke diz que se a quer de verdade,
é uma situação boa tê-la de corpo e alma com cumplicidade.
Jack diz que se prefere
relacionamento aberto
é direito seu, mas que seja sincero
e pode ver se ela adere.
Todos rindo menos eu, mas voltam a seriedade
quando Charlie senta no banco, sem muita animosidade.
Colocando o tênis, diz que vai conseguir esquecê-la.
E eu disse que não vejo a hora de tentar conhecê-la.
Charlie diz que não quer julgar mas para eu nao trair,
pois é uma grande amiga dele e não quer que eu a faça ferir.
Charlie diz que não sabe quais são as minhas reais intenções, mas furiosamente
se levanta dizendo que se brincar com ela como já aconteceu a gente ia brigar de frente.
Richard diz: " isso porque você disse há um minuto
que vai tentar a Gabrielly esquecer".
Todo riem menos David e Charlie que dizem se perceber preocupados de verdade
Com o que eu possa fazer
contra a Gabrielly que não estava na escola quando eu trai Jane e Amélie para toda a cidade...
O treinador chamou todos para começar
o treinamento para o campeonato no Maranhão que vai juntar
várias escolas da região para decidir o melhor time
e homenagear o futebol que as pessoas tanto gostam de assistir o ringue.
A cidade vai assistir os jogos e pode ser a minha chance
de mostrar a Gabrielly meu talento e meu alcance.
Saímos do vestuário entusiasmados
e com vontade de jogar animados.
A Susi na porta não disfarçou que estava ouvindo o que a gente tava dizendo
Com a sua amiga Jennifer estavam se escondendo.
Susi disse zoando que entendia meu lado
e também preferia ficar sozinha e me concentrar no meu estudo e trabalho.
Já a Jennifer, mais próxima de Amélie e Gaby, ao seu lado não riu
e disse que ela vai contar o que ouviu
já que Gabi merece saber que o Charlie a deixou para ficar
Com outro sem ao menos lutar...
Charlie a ouviu desvalidando seus sentimentos, mas sem saber o que responder ficou mudo,
enquanto as duas iam embora pelo corredor escuro.
Charlie sabia que parecia que era isso o que tinha acontecido,
mas eles não combinariam e vê-la feliz era o que fazia mais sentido.
Charlie ficou desconcertado como nunca vi,
lembrou dos lábios dela, foi inevitável não sorrir,
mas rejeitou a lembrança porque eles são de polos diferentes.
Ele é um ateu e ela uma crente...
Por mais que sejam também rótulos,
esses escondem uma perspectiva de vida como um modo
de tentar entender a morte e a vida,
que são diferentes dos tipos de rótulos depreciativos que nos desanima.
No final do jogo, o treinador disse que vai haver, antes de jogar bola,
nesse final de semana uma festa de início da competição para fazer
todos os alunos interagirem que é mais Importante que vencer
mas que essa vitória é essencial para elevar o nome da nossa escola.
A festa começou e eu fui procurando
a Gabrielly que estava com Jane e Amélie dançando.
Quando me viram, a Jane estranhou eu me aproximar
E Amélie zoando falou para a Gaby cuidado tomar.
Eu disse que já fazia muito tempo
e agora estou tentando viver um outro momento.
Gabriele disse que me entendia para o estranhamento
Das 2 amigas que veem a Gaby indo dançar comigo por um momento.
Luke e David também foram dançar com as amigas
e eu entendi que Gabrielly não Queria ficar sozinha
e me vê como uma forma de tentar
esquecer o Charlie que a fez de trouxa sem seus sentimentos considerar.
Gabrielly de relance viu o Charlie que ao nos ver
se sentiu incomodado sem compreender e foi até o fundo do salão se esconder
e eu perguntei se é isso o que Pensava e ela disse que não
Porque eles perceberam ser diferentes e ela era livre para dançar e conhecer Quem ela bem entender.
Eu disse que estava muito interessado de uma forma que me intriga
e me Animava ela me dar uma chance, mesmo que seja por querer ou por birra.
Notei que ela olhava muito para o fundo do salão onde ele parecia se direcionar
Mas não deixei isso me abalar...
Eu disse a ela que estava ansioso para ver
Até onde esse lance ia acontecer,
mas que se ela só beija com algum compromisso
pode ter certeza que eu Queria como namorada e talvez mais que isso.
Ela supresa sorriu e me abraçou mais forte
E continuou dançando com a sorte
de perceber tocando uma das suas músicas de Taylor Swift favoritas
e na frente de todos me deu um beijo sem se preocupar em parecer oferecida.
Ela sentiu vontade de me beijar
e eu feliz em responder seu desejar
e beijei os lábios que Charlie tanto Queria
Enquanto Jane e Amélie nos olhavam com desentendimento,
Mas, lembrando do discurso do professor, tentavam, mesmo sem saber se podiam confiar em mim preocupadas com sua amiga, me ver numa caixa que se abria...
Eu até as entendo, pois digamos
que eu no meio da batalha que comentamos
entre as bruxas Juliet e Morgan havia uma tropa
de cada lado querendo que eu seguisse uma rota.
Pois então, para evitar que uma guerra se estourasse
no mundo bruxo e completamente o prejudicassem
resolvi tomar as duas poções
e ceder às duas alegações.
Eu confesso que não foi difícil porque queria o mesmo:
me satisfaria fazer os dois desde o começo.
Então, voltei como um amigo arrependido
que realmente estou de ter traído.
Mas é claro que estou conseguindo aos poucos separar
as amigas que riram tanto às minhas costas a me humilhar.
Estou disposto a não manipular, pois estou interessado
em Gabrielly mas não diria que não tenho um propósito pensado.
Como disse, é para a harmonia do mundo das bruxas se estabelecerem,
já que todos eles já pediram favores a elas e agora elas precisam restabelecerem
com as suas necessidades também sendo atendidas
assim como eu tenho a de amor com Gabrielly, uma doce, inteligente e linda menina...
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