Arco e Flecha
Curtindo a brisa do amor que tanto me preenche na calada da madrugada. Abrindo o baú de cartas que tanto me dei na ânsia para que eu escreva quando estiver apaixonada. Permitindo ao amor e aos desafios advindos da convivência em cada carta entreaberta. Sentindo o fluir do que quer que tenha acontecido ganhar sentido ao me acertarem como flecha. Abrindo o arco com os meus sonhos de ser amada que são o que me motiva a escrevê-las. Curtindo a reciprocidade ou odiando a impessoalidade em cada parte de cada carta ao concebê-las. Permitindo tocar em minhas cartas percebendo a textura, a cor, o tom, o jeito e o sentimento. Sentindo respeito à minha história entreaberta num baú e hoje vejo: quem mais quero escrever é para ti, e, a partir dessa intenção de ser sua mulher e humanamente querer ser amada de corpo e alma aqui, eu me entrego a esse momento tão seu e tão meu, tão nosso, que inicia, percorre e se encerra com a mesma ternura e loucura de perceber o quanto em um...