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Além do Conhecido

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Na caverna, vivi. Muito medo, senti. O mundo pelas sombras, eu vi pensando ser a verdade centrada em mim. Contemplei a realidade. Me assustei com a cidade. Expandi meu pensamento, que era tão pequeno. O que há além do mar? Que medo do que poderia enfrentar! Porém, estava feliz e seguro por não estar só no mundo. Quando peguei o barco, não sabia onde cairia. Surpresa foi ver uma terra vizinha! Expandi mais meu pensamento, que era tão pequeno. Quando descobri os outros continentes da Terra, pensei que já tinha descoberto tudo na certa até me deparar com outros planetas e pensar se haveriam povos neles com outras condições de existência. Expandi mais meu pensamento, que era tão pequeno. Assim, descobri que não posso crer que sei de tudo. Quantos universos há para me convencer de que isso é um tremendo absurdo! Existe o que conheço e pode existir também o que desconheço. Não me iludo mais com esse tipo de pensamento tão pequeno... Comentário: A poe

Memória dos Injustiçados

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Você se lembra da mulher violentada, da negra explorada, da pobre ignorada, da bruxa queimada? Você se lembra do sábio envenenado, do revolucionário esquartejado, do poeta exilado, E do cidadão silenciado? A lista não acaba por aí. São muitos os injustiçados Para acharmos que existe um fim. Para quê lembrar de algo triste assim de quem nem mais existe por fim? Deve ser lembrado o trauma Para que, na esfera legal e na conduta social, a agonia passada seja considerada e a injustiça não mais desacate nenhuma alma.   Referência : Poema inspirado no trecho do texto “Justiça e Memória – Para uma crítica ética da violência” da Org. Castor M.M.B.Ruiz da editora Unisinos, 2004. “O passado da barbárie ou da injustiça há de ser lembrado como condição da justiça do presente. Sem a recordação da barbárie passada, das suas vítimas, não há justiça no presente.” Comentário:

Homem Semideus

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Eu vi um querido parente num sonho Como um semideus  Metade besouro Metade ser humano.  O besouro o atacou. Sua sanidade o bicho sugou Como se fosse a depressão  O condenando em sua solidão. Ele diz mentiras,  Manipula qualquer um inclusive família, Surta como pirado, E depois se finge de coitado.  O homem polimorfo  aparenta ser um deus, um perfeito supremo sem erros.  O homem semideus se vê no espelho, e se acha equivocadamente perfeito. Seja por esquizofrenia ou por sociopatia,  O homem por nada se culpa,  mas vive em uma agonia dissimulada e disfarça com putas.  Ele diz não ter dinheiro, pois usa em drogas e álcool que são seus venenos. Aos poucos fica viciado e é transformado, Pelo besouro que o ataca,  E ele sem perceber vai mudando sua cara.  Aos poucos, vai ficando deprimido e sozinho Apenas acompanhado pelos inferiores espíritos. Aos poucos, ele vai criando seu próprio destino pelas escolhas que fez em seu j

Para um Amigo Verdadeiro

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Desejo que desfrute o amor e aprenda a entender a sua dor. Anseio pela sua saúde espiritual mais do que a essencial, mas finita saúde corporal. Receio que no silêncio se prenda Por não ouvir a voz que há em você mesma. Prevejo que vai longe se seguir em frente para se realizar profissional e pessoalmente. Percebo, ao me lembrar de ti, uma profunda gratidão pelos nossos bons momentos vividos e por aceitar meu jeito de ser um tanto esquisito. Almejo que a  nossa duradoura  amizade nos guie  pelos ares da futuridade. Agradeço todos os nossos papos íntimos, reflexivos,  divertidos e agradeço os olhares atenciosos de ti,  um especial amigo, que, para sempre, por mim,  será bem-vindo, compreendido,  reconhecido e correspondido.   Comentário: Não queria que parecesse um poema piegas ou muito trágico, mas sim, sincero.

Presa no Passado

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Estou presa no passado. Me atormentam Erros e não feitos  Resultando em Insônias e broncas  Por tudo o que deixei escapar, Pois não me permiti vivenciar  E por tudo o que me deixei levar, Pois já disse e errei muito justo ou não de me envergonhar. Me arrasto às cegas  Pela escuridão que me amedronta. A caverna  É o caos do passado que me ronda  enlouquecido Pedindo   reparos aos gritos. Mas eu simplesmente não posso  reviver aquilo que por receio não foi vivido nem aquilo que por impulso foi dito e ferido. Como é angustiante!! Porém, de repente, paro no instante Ao contemplar a luz no horizonte, Que vai rompendo com a cegueira da minha alma Me deixando cada vez mais calma. É a luz do autoperdão,  Pois os erros não acontecem em vão  Já que o propósito da vida é a evolução. É a luz da paciência,  Pois o que não vivenciei talvez naquele momento não tenha tanta im

Nesta Manhã

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Esta Manhã  Será tão boa que não ansiarei pelo amanhã. Esta tarde  Será tão boa que não pedirei ir a Marte.  Esta noite Será tão boa que não estarei positiva por sorte,  mas pelo meu próprio suporte. Este dia Será tao bom que serei o que sou e o dia o que é  Simplesmente serei e será como puder. Lerei esses versos  para chamar a mais verdadeira alegria em todas as manhãs da minha inconstante vida.

Ilusão de uma Alegria

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Eu vi um casal sentado  se abraçando no trem.  Eu vi o consolo de um homem apaixonado  Por sua garota, que não estava bem.  Ela estava chorando  E ele persiste a amando  Mesmo que a tristeza tenha reprimido  seu lindo sorriso  Que para muitos no trem, não podia ter sumido.  Ele entende que ela não precisa estar sempre bem.  A emoção sufocante transborda em lágrimas sem ela querer  Chamando a atenção de todos que a veem.  Embora a entenda, ele beija tua dor  tentando aliviar teu pavor  e cuidar de seu prezado amor.  Eu os admiro nesse momento  Por demonstrar um verdadeiro sentimento  Em um mundo que quer tatuar uma felicidade  que quando é pura, é possível,  mas quando é forçada, é inexistente  nas pessoas que se tornam máquinas inconscientemente.  Somos seres humanos  que choram,  Que amam,  que se alegram.  Somos seres humanos  que temem,  que se enfurecem,  que se entristecem.  Nós não somos máquinas que não

Indústria do Lixo

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Produz, distribui,  Vende, compra e exclui. Produz, distribui, Vende, compra e exclui.  A produção aumenta. O produto não dura. O lixão aumenta. O lixo dura.

Caminho Sinuoso

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the wanderer above the sea of fog - Caspar David Friedrich (Alemanha) O erro é uma imperdoável sombra Quando a sombra é um imperdoável erro.  O homem abre uma montanha como um pecador assumindo o seu amor e veneno. A coragem revela um homem tolerante  de seu caminho sinuoso e agonizante. O homem se adapta à sua realidade se perdoando, os outros desculpando  e o mundo iluminando pelo amor ao próximo e aos inimigos  que surgiu na montanha comovida com a coragem e humildade do homem verdadeiro, pois ele não precisa  fingir ser  e nem cobra pra ninguém parecer  um humano perfeito.

Falando do Brasileiro

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O Brasil tem sangue inferior Somente por aqueles que se julgam com mais ou menos valor. Alguns estrangeiros Pensam que os brasileiros  só se interessam por samba, carnaval, folga e copa. Alguns brasileiros Veem o Brasil como se fosse a Europa. ´E assim que a sua realidade não querem aceitar Para mudar Pelo plano, assim logicamente estar muito longe de poder se concretizar. Desprezo nem ignorância ao país são reconhecidos Por um povo tão ressentido Pelo seu passado colonial sofrido e que até hoje carrega o peso da exploração e manipulação  resultando ser bastante desunido. Entao, o povo brasileiro se vê impotente por não se sentir pertencente A uma pátria que tinha tudo para ser destacada, Mas é Injustiçada pela síndrome do vira-lata. É a síndrome do brasileiro que se sente sem uma "raça" e pequeno... Precisa que os grandes digam que é bom, sim Para acredi

Inquieta Timidez

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Vejo que o  Medo  Viciou em não me deixar reconhecível por mim Me reprimindo, Me reduzindo,    Me detraindo Até um irrelevante não eu por fim. A timidez me dá receio  De ser o que sou  Pelo julgamento alheio. Mas, ao mesmo tempo, Sei que não devo  sentir essa covardia, Que, tristemente, às vezes, arrasta o meu dia-a-dia para um lugar instável e precário de liberdade   e da minha verdade. Teimo em dizer: O temor não é parte de mim. Vem de fora para se adentrar assim Como um penetra numa festa que  me faz sentir superior ou inferior aos outros E por isso, eu devo expulsá-lo, mas como? Argh  Como expulsar o pavor tão insistente decentemente? Fito as nuvens. Toco algodão. Cheiro alfazema. Conto meu dilema. Elas acham graça Da minha desgraça. Em forma de coração, uma nuvem me diz  Para eu me amar Tal como aos meus semelhantes e assim, e sse medo  irá me libertar  em instantes.  Comentário: Esse poema