Rumo a Minha Mente

Estação da Luz As estações do trem levam o espírito ao além, Rumo à estação da luz Para o progresso que o conduz. Cada estação, é mais uma vida Que um mesmo espírito diferentemente se caracteriza. O espírito desceu primeiro  na estação da água branca. Lá ele viveu uma rica dama Na época da idade média. Anastácia era o seu nome. Ela explorava o trabalho do negro na senzala e acreditava  que Deus fez os brancos superiores E por isso, os negros podiam ser submetidos a horrores. Assim, Anastácia morreu sem avançar para a próxima estação Por não ter aprendido a necessária lição. O espírito retornou ao trem E desceu na mesma estação Tendo mais uma chance de aprender uma certa lição. Viveu o João,  um homem pobre e negro  que morava numa favela do brasil  no ano de 2000. Sofreu na pele o racismo  que praticava como Anastácia, humilhado e marginalizado como se fosse um nada disfarçado. Depois de tanto sofrer, o e

A tristeza se enterrou em mim. O desespero me dominou tanto quando vi a solidão transitando pelas minhas mãos e contaminando todo o meu coração. Esperneio de tanto horror. Grito por tamanha ser a dor, Que comanda meu movimento No ápice do sofrimento. O pássaro sofre quieto Pela sua alegria morrer no deserto. O pássaro não quer voar mais  Pela liberdade estar presa Por tempo demais. O pássaro encontra um lindo caminho Para sair do labirinto Que achava não ter saída A depressão que pode sim, ser vencida. Comentário: Farei vários poemas sobre a depressão. Fui convidada a escrever poemas sobre a depressão para uma web-série. Esse foi para treinar. 

Faça planos e enquanto estiver os realizando, certifique-se de que é o que está buscando. Não se prenda a uma meta que não tem mais vontade de cumprí-la. Faça o que gosta para não viver em vão  e em depressão. Nós mudamos e n ossos desejos também.  O que mais importa é você se sentir bem!

A raiva reprimida me cala. A raiva liberada me alivia.  O amor praticado me salva. O amor falso me irrita.  A tristeza contida me para.  A tristeza sofrida me mata. A alegria selecionada me envergonha. A alegria concretizada me ronda.

O vento assopra a árvore que adolesce. A arvore briga com o vento, pois ela cresce. As cobranças sociais são uma ventania para o adolescente Que escolhe o caminho, para ele, mais coerente. O vento diz que ela é instável para gerar bons frutos E por isso, ela será derrubada por qualquer chuva desse mundo. O vento diz que ela é imatura, depressiva e impulsiva por natureza Sendo, na verdade, o culpado pela qualificação e por tanta pressão, que a ameaça a cair no solo da mais profunda tristeza. A árvore mata aos poucos a perseverança se não encontrar no jardim um lugar para, repleta de esperança, sua voz ativa encontrar, a pressão social resistir e seu próprio caminho mais leve seguir.   O vento passa a acariciá-la num diálogo profundo Como o adolescente se sentindo um cidadão respeitado nesse mundo Com capacidade de florescer e frutificar A partir de um intenso aprendizado, Um futuro almejado e possível de ser conquistado. Refer

A cidade dorme.  A verdade some.  A sociedade cobre A vontade do pobre. O pobre não pode desejar,  Não pode criar nem pensar.  O pobre passa necessidade  enquanto o rico até parece o dono da cidade. A igualdade econômica não é justa  nem os privilégios que o rico desfruta.  Na Cidade do Status, o vazio sentem  por irmãos semelhantes não se verem.  A cidade adormeceu  Como o amor que faleceu.  Acomodaram a Desunião,  ladra dos sonhos de justiça do cidadão.  O despertar nos faz agir!  A justiça nos faz sorrir Com o foco a fazer mudança! Então, quando a cidade vai acordar da ignorância? Tomoki Hayasaka (pintor do Japão)

Na praça, Sentados em um banco Defronte a uma fonte, Um casal de idosos, Numa conversa profunda, Lembra dos velhos tempos, Dos bons momentos. Eu os observo discretamente Sentada no banco à frente Convivendo um com outro tão delicadamente. Com eles, eu aprendi que o respeito é essencial em qualquer momento, Que o amor sem confiança não adianta, Que para a lealdade, precisa mais que tudo da amizade Que para construir uma forte amizade, são precisos diálogos baseados numa atenciosa escuta e na verdade, Que saber compreender o tempo  e as características de cada um é muito importante para o perdão Assim como saber fazer críticas construtivas  é muito essencial Para juntos caminharem à evolução Como casal e como indivíduo, Que com desejos e inteligências Buscam uma vida simples apesar de imperfeita Através da comunicação não violenta. Esse casal de idosos notam meu suspiro. Me convidam para um café sorrindo E me fazem p

Ela dança  Com uma fita. Ela impressiona  Com seus saltos altos E elegância de artista. Ela lança  O bambolê e, em seguida, a bola. Ela encanta O que quer que faça  por ser tão maravilhosa, Pois revela a grande coragem  na sua bagagem. Quem a mira,  admira a artista! Os homens não param de vê-la. As mulheres a invejam sem entendê-la. Ela dança por amor e paixão! A música está em seu coração! Eu adoro estar contigo! Sempre estarei na platéia para ti sorrindo! Essa ginasta que amo é especial! Uma ginasta que não se vê igual. Eu só poderia estar falando de você Porque eu não me canso de torcer Na pista Pela minha melhor amiga. Comentário: Esse poema foi feito para a minha melhor amiga que gosta e faz ginástica rítmica no dia do amigo. Esse poema não ia ser publicado até porque ele está bem simples, mas como o poema ficou bom e considerando que as olimpíadas estão chegando, achei legal postar. IMPORTANTE: A ginasta da foto não é

O trem chegou na estação  Chamando a sua atenção. Cena marcante em seu coração. Seu sonho se foi com ela no vagão. O motorista deu a partida. Ela se recompôs para a despedida De uma cidade, Que não era mais a sua realidade. Ela fugiu sem mais nem menos buscando sem freios sobretudo, ser independente, Mas uma parte dela estará aqui sempre! Quando ela voltar,  ela espera que sua mãe possa perdoar Uma garota que a desobedeceu porque desejava ir atrás de um sonho seu. Tantos nãos precisavam ser silenciados  Para que seu sonho pudesse ser realizado. Quanto tempo sonhou com esse momento! Sua mãe estava bem na sua frente Pela saudade que sempre esteve presente Na bagagem Durante toda a viagem. Sua mãe a abraçou. Aos prantos, se emocionou. Com amor, a olhou E apenas disse:  o meu pássaro amado que voou Finalmente voltou! Comentário: Fiz o poema pensando numa música que o meu maestro do meu coral fez chamada &

Nazaré Confusa - Novela "Senhoras do Destino" Devaneios não lineares não conseguem fazer as pazes. A Confusão persiste vir Para a determinação, no fim, existir.  Não nego o lado bom da confusão pois não sabemos qual é a melhor opção E não nego o lado ruim também, Pois a confusão não sabe bem, depois de tantos erros,  Quais são os seus verdadeiros desejos.  Deitada em minha cama, eu reflito confusa se há um sentido para mais determinada, depois da reflexão, dar um sorriso: São dependentes a confusão e a determinação Para seguirmos com a nossa plena evolução. Comentário: Fiz essa poesia inspirada por uma amiga ao desabafar que se achava confusa demais o que seria algo totalmente ruim. Refleti sobre a importância da confusão já que antes de decidir as coisas, nós nos confundimos com elas. 

Como toda tarde, espero o semáforo fechar num Sol que arde. Olho os carros passando. Me pergunto no que estão pensando. Por quê correm com tanta pressa  Sem me notarem na minha eterna espera? Espero que consiga sobreviver por mais um dia. Madame, por favor me dá trocado  para eu comprar uma comida? De novo, Abandonado Sem resposta. A endinheirada assustada  fechou o vidro na minha cara. Expresso minha angústia  Não tenho direito a uma resposta digna. A injustiça tirou minha vida. O farol verde ascendeu. Você foi embora E nem percebeu Que morri de fome E por não saber se  Algum dia realmente  tive um nome. Esse poema é a minha resposta. Gritei em silêncio até a morte  esperando ser atendida. Mas, sei que apenas  quando a fome não puder mais matar ninguém A minha voz será De fato ouvida. A verdade dói, mas precisa ser dita. Para que a injustiça  possa ser desfeita algum dia. Comentário: Essa poesia foi insp

Folheio pelas letras da minha vida. Leio todos os capítulos ouvindo minha voz de tristeza ou alegria, que sobretudo, busca amor por onde o personagem for. Anseio por um lindo romance. Almejo algo que de paz me alcance. A hora vai chegar  Quando meu coração se permitir passar  dos livros para a realidade O amor que não está nas páginas da minha imaginação, Mas sim, no livro mais lindo que é o meu coração.

Eu Digo Não ao Racismo! O Negro foi preso  ao invés  do branco no banco. Injustiça Indevida do homem que tem vintém. O negro era inocente, mas a polícia não estava crente pelo racismo que estimula o vício de tornar mais inocentes culpados porque era o negro que estava sendo roubado. Vamos as diferenças físicas respeitar! Vamos encontrar  a simplicidade  no nosso próprio olhar! Assim, estaremos prontos  para verdadeiramente nos amar  e corretamente qualquer situação julgar. Comentário: Esse poema foi inspirado no curta-metragem "O Preconceito Cega".  Link:  https://www.youtube.com/watch?v=aec-i7n6V48

Vestido verde bordado tão delicado. Coroa e brincos brilhantes de diamantes. Um piano canta o amor e o desamor. A ópera conta toda a decepção, que sufoca o coração de uma moça enganada e machucada, mas, pela sua voz, a dor é cicatrizada. A cantora chama a orquestra para assistí-la a libertar a sua voz reprimida na ferida de traída, que nela abriga. Quanta mágoa a deixou fria, muda! Mas o poder da música colocou toda a emoção para fora e assim, seu coração descobriu onde mora a sua mais verdadeira expressão. Comentário: Para fazer o poema, eu me inspirei em uma apresentação de ópera que assisti no youtube. Eu fiz o poema a partir dos sentimentos, que assimilei durante a apresentação. Como faz muito tempo que fiz o poema, eu não lembro qual foi o video para colocar aqui. 

Por dois dias, muda Pela sinusite, Que fez minha voz acabar. Me senti uma burra Sem poder nada opinar nem comentar. As pessoas me ignoraram Como se eu fosse uma inútil e incompetente. As pessoas me esqueceram porque eu estava deficiente. E pensar que vivi por poucos dias O que, para os mudos, é constante em sua rotina. O valor da minha voz reconheci e agradeci.  Muita compaixão por quem não tem voz eu senti e sofri. Tem mudo que anseia a todo instante que sua voz volte E deseja que seja apenas uma sinusite forte. Tem mudo que entende que a voz não vai voltar E se adapta a sua realidade sem se inferiorizar. A vitória está em agradecer  tudo o que é possível ter Porque na vida, o sofrimento será bem-vindo  Sempre que você quiser a ele se prender.  Comentário: Esse poema é uma homenagem às mudas e à voz. 

Não é uma critica apenas à globo, mas à mídia em geral Me encontro indecisa pela discussão Do jornal parcial carente de visualização. A jornalística leitura pode me tornar ignorante  por julgar algo a partir de apenas um pensante. Como posso saber se é real ou irreal sem estar presente na situação retratada pelo jornal? Cada um interpreta de um jeito. Tiramos uma conclusão não imune a erros.  Faríamos uma injustiça sem medida Com alguém que a escandalosa mídia  diz ser a culpada, mas também pode ser uma vítima. Por favor, Brasil, precisamos criar consciência disso. Se não, nunca desenvolveremos o tão importante senso crítico.