Rumo a Minha Mente

🤐 Caladas Falem Ei, Criança! Quanta desesperança, tristeza e agonia seu olhar passou quando me via! Lá estava eu passando pela movimentada avenida, quando te vi atrás do portão, uma pequena menina, com os olhos tão entristecidos me olhando como se estivessem comigo falando. Um olhar gritando por socorro sem cor. É uma criança triste a cada soco da dor. Ei criança, o que aconteceu com você? Alguém te violenta discretamente ou o quê? Não me pareceu um olhar de tristeza meramente comum, Mas me senti culpada diante de ti, pois sou qualquer um. Na minha cabeça, eu estaria te estimulando a conversar com estranhos e por isso, segui passando. Hoje me arrependo... Na época, eu não dei a ti a devida importância, mas após ver o tanto de criança violada, sinto ânsia de te procurar até nesse mundo encontrar e um interesse humano profundo demonstrar. Sabe, têm tantos pais preocupados que acreditam na estratégia da violência Como melhor forma de ensinar, pois a fria advertência, Segundo eles, pela

Quando era criança, Sempre escutava uma música que me enchia de esperança seja com o Sol ou a Lua. A música me trazia tanta, mas tanta alegria pelo som da viola e da suave voz do cantor que tranquilizava a minha alma repleta de dor. Quando a música terminava, eu de novo, de novo e de novo a colocava! No degrau para a cozinha, eu sentava e ficava lá horas e nem me cansava. Me lembro da alegria ao escutar tal melodia em que a letra é pura poesia mas na época nada entendia. Música que marcou minha infância que passou. Infelizmente, de tanto que escutei quando o disco riscou, um bom tanto eu chorei!! A música do poema é essa: Violas e Punhais de Fernando Gamma

Pintura hiper realismo - SMIRK, Alyssa Monks (EUA, New York, Brooklyn)           A água cai como cachoeira. O ruído acalma como o de uma chaleira. A sujeira desce pelo ralo. O sabão limpa todo o cansaço. A esponja é com afinco esfregada Em cada canto do corpo em mágoa Para toda a ferida ser cicatrizada Com o sabão, o shampoo e a água. O sabão passa por cada região Desde o peito ao coração Limpando o exterior e o interior Como uma reforma íntima da dor. O Banhador limpa como ninguém A mente que volta e meia não está bem. Toda noite, tarde e dia banha-se para a rotina. Cada banho é uma conquista. O sabão impregna de a energia positiva. O shampoo deixa a mente com a consciência limpa. O condicionador os pensamentos suaviza . E a água como uma cachoeira Lá do alto vem com sua fortaleza Retirando todas as impurezas Do cotidiano que atormenta. Impurezas que pesam. Impurezas que nos aceleram. Impurezas que não perdoa. Impurezas que nos doa. A cachoeira limpa O indivíduo que se permit

Coloco no papel a insegurança que me domina na esperança de que escape pelo céu e que devolva a minha alegria. A minha autoestima tanto oscila em meu dia o que tanto me lastima pelo desrespeito a mim ser uma sina. Imagino um avião de papel construir e pelo céu ele vai sumir, sucumbir, partir levando todo o medo que me escraviza e toda a insegurança que me agoniza. Só vai ficar aqui assim o respeito a mim já que minha natureza deve ser a minha fortaleza. Tchau, aviãozinho! Siga o seu caminho! Eu vou traçar o meu sem mais receio! Vou atrás do meu sonho sem freio!!

Lucelle Haad (Europa, Inglaterra) A curiosidade desperta O grupo de amigos que revela A necessidade de descoberta não trancada numa cela. Os quatro amigos Constroem um vínculo devagarinho Na praia tão unidos Ao conhecerem o ninho de um animalzinho. Como será a textura? Nossa! Que casca dura! Por quê enterrados perto do mar? E logo começaram a cavar. Vários ovos viram! Vários ovos eclodiram! Tantas saíram dos ninhos fofinhas Em direção a água ligeirinhas. As quatro crianças amigas sem medida Estavam explodindo de tanta alegria Por testemunharem o início da vida Das tartarugas marinhas naquele dia. Essa fase da infância É natural que se tenha ânsia De conhecer o mundo A cada minuto e segundo. Os quatro amigos acompanharam Todas irem até o mar a salvo. Os quatro amigos se preocuparam Com elas pequenas no mar bravo. Tantas orcas, caranguejos e falcões por aí... Apenas com a companhia das irmãs a partir daí Faziam muitas tartarugas não sobreviverem

Querido neto, Eu gentilmente peço Para me ensinar como esse celular ligar. Como eu posso digitar? Como uma imagem posso te mandar? Isso é novo para mim. Poderia fazer isso por fim? Vou lhe agradecer E vamos melhor conviver, Se tivermos respeito entre gerações, Procurando com empatia evitar reclamações. Querido avô, Eu o ensino sem grosseria nem dó Quando tivermos tempo. você estaria aberto nesse momento? Eu também gostaria de pedir Para que pudesse se abrir A novas descobertas capazes de nos ajudar Se soubermos devidamente as usar. A tecnologia trouxe novos tempos Com diferentes características e jeitos! Dependendo da forma que se usa, Pode servir como uma má ou boa ajuda... Não precisamos competir Por qual tempo é melhor de seguir. As gerações são diferentes, Mas devem se respeitar sempre.

 __o.VioLiN__  Estou aqui parada E tão, mas tão cansada De obedecer e carregar Tanta gente para lá e para cá. Aí chegou você com doçura Me acariciando com candura. Uma nova amiga eu fiz. A minha companhia ela quis. Não apenas fui um trabalhador; Fui um amigo dela que viu minha dor E me abraçou com respeito e amor. Era o que eu precisava depois de passar tanto calor... Minha amiga querida, Te levarei para o parque com alegria. Tomaremos água no chafariz. Assim, construiremos um momento feliz.

Maria Magdalena Oosthuizen (´Africa do Sul, Paarl) A alegria da criança  Contagia e traz esperança Num mundo que, às vezes, esquecemos Que há felizes e tristes momentos. A criança abre os braços Mais fácil para os aprendizados Num mundo que, às vezes, esquecemos Que há doloridos e produtivos momentos. Ela não precisa ter motivo Para abrir um sorriso Num mundo que, às vezes, esquecemos Como é uma dádiva árdua vivermos. A criança com os braços abertos corre Para qualquer lugar que olhe, Pois aproveita a vida brincando E mais seja lá o que for que esteja imaginando... Nesse todo vai e vem, A criança até vai além Tentando brotar em seu rosto um sorriso Para olhar com outros olhos o seu martírio.

Vem, meu filho, caminhar comigo em direção ao mar. Vamos nos ajudar? Pegada por pegada, durante nossa jornada, juntos nós caminharemos. ´E o que ao outro convidaremos... Esse tempo é para que nos ajudemos cada um com suas dificuldades já que não existe super-herói de verdade. Somos pais ou filhos querendo e dando carinhos durante a caminhada difícil da vida apresentada... Nessa caminhada, dessa forma realizada, há lugar para o perdão e há lugar para a união... Referência: Poesia feita para o Dia do Perdão - 18/09. Poesia feita em homenagem aos vídeos da psicóloga Daniela Freitas de Faria no Youtube. Eu a acompanho há um tempo por tanto ela nos ensinar de uma forma maravilhosa tanto aos psicólogos quanto aos pais... Abaixo eu coloquei um video, mas esse poema é em homenagem a todos que eu já assisti, ou seja, ao trabalho dela como um todo que é simplesmente lindo.

Por Andres Orpinas (Chile) O menino de macacão com sua vara de pescar e com grande vontade no coração vai trabalhar para sua mãe ajudar... Com sua idade estreita e sua sombra enquanto passa, o menino carente sai de casa mal saindo das fraudas. O menino percebe que a vida não é só brincadeira e alegria.  Ele logo largou a bola e o pião quando viu sua mãe chorando de preocupação. Seu pai não dá notícias.  Seu irmão bebê ainda dela precisa.  Então, o menino valente de macacão  sai para pescar sem olhar de hesitação.  Os caminhos da vida  não são o que imaginava quando só na lagoa brincava e com as outras crianças nadava.  O menino pede a Deus para que proteja os seus enquanto, naquela trilha, dá um passo de cada vez até voltar para casa e a alegria no olhar de sua mãe ver.... O menino de macacão  emociona o coração da mãe que vê seu menino amadurecendo num responsável caminho...  Referência: Inspirada na música m

O menino chora.  O que fazer agora? Assim que chega em casa,  Ele sobe na cerca em busca de calma.  O menino tanto relembra e pensa  em que fazer com a sentença Que dita ser incapaz simplesmente De ter uma vida normalmente? O menino se isola.  No quintal de casa, adora Ficar sozinho sem ninguém o criticando Sentado em cima da cerca observando o dia ruim terminando... É uma alegria A companhia Das árvores, dos animais e de Deus Que sempre ouviam o silêncio e grito seus... Voltava para casa roxo de pancadas! Voltava para escola com mais doloridas marcas! Marcas físicas e psicológicas que o deixava prisioneiro  Sem conseguir confiar em si mesmo.  Ele gostava bastante daquela cerca Pois assim como ela, ele estava na mesma:  À espera de que tudo melhore.  Ele sentia pelo amor fome!  O que é o amor se não me mostraram? O que é a união se só me humilharam? Será que devo morrer criança  Ou será que existe ainda um fio de

depositphotos Perdão, filha, mas papai precisa ir trabalhar. Gostaria de poder o dia inteiro com você ficar, Mas tenho deveres a cumprir Que quando for mais velha, também terá que seguir. Trabalhar para nos sustentar... Trabalhar para a sociedade ajudar... O trabalho é importante e necessário Embora ele adie o nosso encontro diário. Perdão, filha, mas corta meu coração... Quando vou trabalhar e te vejo chorando, fico sem ação. Te amo muito! Não esqueça disso! Eu vou e volto. Não pretendo dar um sumiço...

Photograph by Hegel Jorge on 500px O pai vê O seu bebê com amor e carinho Dormindo Como um anjinho Sem entender direito Que existe deitado em seu peito. O bebê sente O pai contente Mesmo sem entender direito O que escuta deitado no peito Enquanto o papai numa canção de ninar Dá boa noite a ele com um brilho no olhar. Enquanto o bebê dorme Deitado no peito do pai que o acolhe Fazendo se sentir protegido, cuidado E extremamente querido, amado, O pai se emociona com tanto amor Que sente dessa criatura tão pequena e singela do criador. O pai gostaria De olhar para essa carinha Tão meiga e divina Todo o dia e todo o ano, Porém seria um baita engano Achar que o bebê não vai crescer, não vai amadurecer... O pai passa a se emocionar Enquanto vê seu filho cochilar, Pois agradece à vida ao pensar Que tem a possibilidade de acompanhar E de certa forma facilitar o individual desenvolvimento Desse ser tão terno deitado em seu peito. Com medo de acordar o s

Pintura por Antonio Militão dos Santos (Brasil, Pernambuco) A festa junina É um momento de união e alegria. Sob as bandeirinhas coloridas,  a Lua é testemunha dessa alegria folia. Que linda fogueira!! Ela dá boas-vindas a quem chega!! Quantas barracas de brincadeiras como de pescaria e roletas!! Quantas barracas de comidas Pastel, crepe, pizzinhas, Churrasco, quentão E doces de montão!! ´E chegada a hora da quadrilha Das crianças com muita alegria. Os cavalheiros tiram seu chapéu para as damas E elas os cumprimentam com suas saias para iniciar a dança. À caminho, enfrentam a chuva inesperada A cobra, o túnel e a ponte quebrada. No casamento, trocam as alianças Enquanto os convidados criam esperanças. No baile, dançam juntos com alegria, Comemorando a noite tão amorosa e divertida. Finalmente, há a despedida De todos numa agradável harmonia. Enquanto dançam, o bingo não para de lucrar Por tantos prêmios disputar; Não para de cantarolar o correio eleg

Numa tarde de primavera, Ao ir no shopping, a senhora espera que seus filhos fiquem contentes Com um ou dois presentes.  Eles se alegram.  Juntos celebram.  Brincam de lego  O filho mais novo e o mais velho. Mas o que de verdade  É o mais importante nessa realidade É a emoção despertada  E o abraço dado a mãe amada.  É o abraço da mãe aos seus filhos  A fim de mostrar como são queridos, Perguntando suas necessidades  E auxiliando mutuamente nas dificuldades.  É  o abraço entre irmãos que brotam dos corações que estão crescendo e juntos amadurecendo.  O amor incondicional É tão importante por ser sensacional Ao trazer à tona sensações  Que não se compram com cartões. Comentário: Poesia para o Dia do Abraço - 22/05. Referência: A pintura, que inspirou a poesia, é de Andre Kohn chamada "Retail Therapy"

Essa criança perspicaz observa atenta os adultos que vivem numa venda a inferiorizando por ser criança a julgando sem nenhuma esperança. Essa criança perspicaz está em aprendizagem de culturais habilidades. O seu corpo é recente, mas a alma é uma velha vivente. Essa criança perspicaz possui opinião e um nível de evolução, às vezes. maior que dos adultos que não conseguem aceitar pelo orgulho. Deus possibilita a maternidade, paternidade e irmandade para que ocorra troca de sabedoria mútua e que toda a família junta evolua. O orgulho pode trazer o abuso de poder pelo desrespeito da história de cada alma aprisionada na materialidade que a apaga. Essa criança perspicaz ansiosamente espera ser adulta para que possa dizer o que observa por uma lupa, pois agora só pedem para que ela permaneça muda... Referência: Poesia inspirada na pintura urbana acima. Autor desconhecido. Não achei.  Link: https://br.pinterest.com/pin/768074911419795270/

Certo dia, eu estava almoçando num restaurante perto de casa.  Sentado numa cadeira próxima da minha mesa, tinha um menino concentrado num jogo do seu celular. De repente, passou um senhor que não sei ao certo se conhecia o menino e lhe disse: "Tem que ganhar, hein?!". Achei o que pareceu uma brincadeira algo muito significativo na nossa sociedade.  Esse menino devia ter entre 8 a 10 anos, e já estava sendo condicionado a um dos princípios da nossa cultura ocidental que é ter que sempre ganhar na vida.  E se ele perder o jogo? E se ele perder alguma coisa qualquer da vida? Se ele errar? Por ele estar acostumado a ter que ganhar tudo sempre, o que vai acontecer? Ele terá recursos internos para lidar com essa frustração? Até que ponto vai se culpar? Vai se cortar? Vai se matar? Vai conseguir entender que as derrotas e as vitórias fazem parte da vida? Vai conseguir viver sem se desgastar e aprendendo com as dificuldades? Vai conseguir se ver além de seus erros?

Ei, garota que chora, Vem descansar no meu ombro agora! Vem me dizer o motivo da sua tristeza E por que as lágrimas caem com uma brutal fortaleza. Ei, garota que chora, quando eu a conheci, Era animada e tão fácil de sorrir, Mas agora com o olhar vago permaneceu por querer ver em si mesma onde a alegria se escondeu. Ei, garota que chora, você acaba de descobrir Que a vida não é um eterno sorrir? Momentos tristes existem E você descobrirá por quê persistem. Momentos tristes e alegres vem e vão Para amadurecer o observador e paciente coração Que verá o lado bom da dificuldade uma hora, Mas agora se permita chorar e por tudo para fora! Ei, garota que em meu ombro a mente descansa, Num novo dia, você se animará com uma nova dança E saiba que, se voltar a precisar, com o meu ombro estarei sempre aqui disposta a te consolar, a te escutar, a te ajudar a refletir até por si mesma você sorrir... Referências: Poesia inspirada na música "Chiquitita" do

Pintura de Gentil Correa Pipa da Esperança Numa favela, uma criança faz e empina uma pipa Como a esperança viva Em seu coração que quer gritar no céu para ser vista nessa escuridão. As roupas esperam já por muito tempo no varal, Enquanto o baile funk tão legal, Agita a vida de pessoas tão esforçadas E por justiça desesperadas... A injustiça pela qual me refiro É aquela dos privilégios só por ser branco e/ou rico em detrimento do negro e/ou pobre já que não tem o socialmente construído "sangue nobre". Me refiro à desumana exploração Pela má distribuição de renda e fraca educação que podem resultar em massa acomodação e pela revolta ou necessidade tanto trabalhador cedo ou ladrão. Apesar das dificuldades que o pobre passa realmente, O ladrão não percebe que trabalha para uma rica gente. A indústria bélica, presidiária e de câmeras crescem, E assim se reproduzem os sistemas que se fortalecem. Pessoas sem terem do governo a devida atenção Podem s

Briga! Briga! Briga! A escola grita, vibra e formam uma rodinha para as duas garotas que agem como loucas. As duas entretem As pessoas que veem A violência como diversão na certa Como nos duelos e torneios da idade média. Escravos por vingança ou herança colocavam armadura Para matarem ou morrerem na luta, Que existia pelas pessoas sedentas De um entretenimento com violência. Puxões de cabelo, socos, tapas, Xingamentos, mordidas, unhadas, Uma das garotas estava armada e decide dar na outra uma facada Se reproduziu o que em Roma se fazia quando as pessoas faziam com as próprias mãos justiça. Baseadas em uma única verdade, as pessoas assassinavam se tivessem vontade. `A sangue frio eram assassinadas apenas por inimigas serem consideradas.  A plateia se divertia e aplaudia como as pessoas nessa rodinha.  Aí, eu me pergunto: Será que evoluímos ao vermos esse extermínio baseado num profundo egoísmo de pessoas acharem que podem matar por alg