Barco à Deriva
Vejo um barco parado no meio do mar como o meu eu desanimado sem vontade de continuar. É um barco sem motor, sem bússola nem âncora prestes a se inundar de dor seja aonde for que corra. Ele pode ir para qualquer lugar pela força do vento que continuará parado sem conseguir se deslocar com o mesmo sentimento que o adoecerá. O barco à deriva permanece E num pesar cultural se enfraquece aos olhos daqueles velozes que passam por ele mais "fortes". Os outros barcos o olham e seu motor quebrado reprovam dizendo que é um incompetente, fraco e incapacitado vivente. Eles veem a vida como uma empresa por não entenderem a não lucrativa tristeza do barco na azulada imensidão do céu e do mar na depressão. O barco sem empatia e autenticidade fica à deriva se desconectando da interna e humana energia da vida, que o faria escolher por si mesmo ligar o motor e fazer as coisas sem obrigação e mais amor. E assim ele está por aí nesse momento como o bar...