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Limpa

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Poesia Surrealista Original  A água acaricia meu corpo. Meu corpo acaricia a água. Nos tornamos um. A água limpa e alastra minha pele como o amor. A pele respira... Toco-me Em todo o meu corpo Sem vergonha Desde uma ponta a outra Até que chego no meu rosto. Meu rosto se ergue para trás. Recebo uma chuva de água na cara. Passo a mão pelo meu rosto todo Até o momento que descubro um mundo novo. Tampo com minhas mãos meus dois olvidos. Ouço uma cachoeira dentro de mim. Parece até que escuto dentro de uma concha. É um barulho que me lembra o mar. Me transporto para lá por alguns segundos. Me sinto limpa.

9 Lágrimas

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Idelvan Reis Oliveira (Brasil, Maranhão) Menino tristinho deixa cair de fininho 9 lágrimas escondido do seu pai que o havia proibido. Menino com o rosto avermelhado percebe seu pai irritado porque "não é uma menininha extremamente fraca e bobinha". Menino exausto de manter-se falso na presença paterna que impunha uma rigidez interna. Aos poucos, o menino acostumou a ter um coração que congelou já que só sabe sentir raiva em agressões e baixas palavras. Menino raivoso se definiu monstruoso como um rótulo cristalizado para carregar ao seu lado. Até que num dia, o menino chorou mais 9 lágrimas sendo o maior milagre das lástimas porque não pôde deixar de se emocionar, quando viu seu pai com o rosto vermelho de tanto chorar... Comentário: Essa poesia foi inspirada no desenho acima. Fazia tempo que não escrevia em cima de desenho. Esse desenho é lindo, profundo e comovente. Página de Idelvan Reis Oliveira, o desenhista:  https://www.facebook.com/

Dilúvio de Amor

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Sinto o amor a transbordar em vontade de me aproximar Para lhe dar uma margarida, acariciar e adoçar a sua vida. Nas minhas costas, nascem asas depois de tanto desejá-las da minha casa para ir voando até a sua janela, se me desse uma chance de entrar em sua vida por ela. Eu sinto meu coração transbordando de paixão como um dilúvio após uma brusca chuva inundando tudo ao som de uma música. A música me faz companhia enquanto vou voando com valentia para concretizar meu amor se me deixasse te tocar aonde for. Adoraria entrar pela janela e te beijar com todo o meu amor até o Sol raiar. Numa doce entrega, resumiria minha visita e se realizaria um grande sonho da minha vida. Bato na sua janela fortemente, mas as cortinas não se movem na minha frente. Lágrimas impedem minha visão pelo silêncio desta fria humilhação. Bato na janela outra vez parecendo uma insensatez já que não há respostas de quem amo. Então, para quê eu ainda te chamo? Da sua janela, te digo que seus olhos penetrantes in

Embriaguez Romântica - dueto 4 com Rômulo Reis

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Pintura de Christiane Nahas (Brasil, São Paulo) Dueto por Rômulo Reis e Beatriz Nahas Nesse momento agradável contigo Na praia que contemplamos lado a lado, Você é como um vinho e um abrigo Ao meu coração embriagado. O horizonte nos faz refletir Nossa pequenez diante do infinito Anunciando a noite que está por vir O Sol se vai num adeus tão bonito. No balanço das ondas do mar Navega livre o final de tarde Num bramido harmônico a entoar A bela canção que nos invade. O oceano beija a branca areia As nuvens abraçam o azul do céu O cenário naturalmente anseia Nos enrolar no mesmo véu. A montanha acaricia o mar Enquanto a noite vai chegando devagarinho. A areia pede à montanha para namorar. Testemunhamos o amor natural no nosso cantinho. O vinho apreciado nos deixou delirando Assim como o amor que nos enlouquece. O amor está na natureza nos rondando Inspirada pelo nosso amor que nos fortalece. O nosso amor quebra a nossa timidez E nos en

Sombra

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Foto original - Beatriz Nahas  A sombra me acompanha  Por cada passo. A sombra me assombra No ritmo do compasso.  Caminhando e levando a minha sombra num sol de verão, eu começo a reclamar angustiada com a situação: "Sombra, para de me seguir por onde ando!!! Você me assombra em qualquer canto." A sombra não foi e nem vai embora!! Está comigo até agora! Vejo o chão e ela está lá escura  e eu me sinto tão imunda...  A sombra no chão representa a sombra na alma que lamenta repleta de medos, inseguranças, dificuldades,  traumas do passado, raiva e ansiedades.  A sombra, mesmo que não queira assumir,  carrega um desejo de querer sumir e todas as vozes amargas do passado assombram o meu eu fragilizado.  Onde quer que eu vá, sei onde está a luz porque a sombra delimitada me seduz na forma do meu eu que no chão me faz ver o que há no meu dúbio coração.  Se a nego por só a luz querer ver, sei que numa ilu

Primeira Cartinha a Você

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"No papel, peço ao céu a oportunidade de te amar que seja possível a gente se encontrar entre lábios e segredos, entre bochechas e momentos, entre narizes e sorrisos, entre línguas e risos... Escrevo meus sentimentos enfrentando os meus constrangimentos que me fizeram não conseguir te dizer até hoje que eu amo você. Quem me dera eu não temer te mostrar E não mais esconder numa amizade esse desejo de amar... Eu coloco esse poema num envelope E escrevo o seu lindo nome, Mas o meu nome você vai descobrir no tempo certo Porque eu sou o seu admirador secreto."

Segunda Cartinha a Você

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Durante o intervalo da escola, os meninos jogarem bola vi que você ficou observando com várias amigas num banco de torcida conversando. Você parecia estar emocionada com minha última carta-poesia enviada e pensando com as meninas cismada quem poderia ser a pessoa por ti apaixonada. Eu fiz um gol como uma maneira de confessar Que sou eu quem gostaria de te namorar... Será que você percebeu Ou só o time que ao me ver tão determinado não entendeu O porquê transformei um jogo comum de intervalo Num emocionante jogo decisivo de campeonato... Depois do time, você como minha amiga pelo gol me abraçou animada Mal sabendo que essa foi a resposta pela qual estava tão interessada... BBC.com

Não Volto

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Tanto por nós sofri e insisti  Que agora que desisti Você volta carinho querendo,  Mas eu não volto nem fudendo. *desculpe. Primeiro poema que coloquei um palavrão. Não tenho o costume. Mas acho que o contexto deixa...   

A Fada e o Gnomo - dueto 3 com Rômulo Reis

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Dueto por Rômulo Reis e Beatriz Nahas Havia um pobre gnomo solitário  Submerso nas águas da solidão. A tristeza se estendia no horário.  O desespero penetrava o seu coração.  Como um vulnerável castelo de cartas  Foi o apogeu do seu reino encantado  E da desolação ficaram-se as marcas  E apenas ruínas haviam sobrado.  Assemelhava-se a um edifício desfeito  Que caído jamais se levanta.  Sentia um grande aperto no peito  E um gigantesco nó na garganta.  E em meio ao caos estabelecido  Conformado com o cenário do nada  Eis que aparece num bosque perdido  A figura ilustre de uma bela fada. Ilustre era como o Gnomo a olhava.  A fada não tinha nada de madrinha.  Haviam momentos que também se chateava E nada era possível ser feito com uma varinha.  Salabim... salabim... A fada em vão Tentou pela magia serenar seu coração, Mas, depois de um tempo, não mais se assustou Quando a tristeza a pedia para ficar e enfim chorou...

Sinal de Vida - dueto 1 com Rômulo Reis Oliveira

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(versão original) Querido amigo, Eu estava tão pra baixo  E me sentindo tão "deprê" E de forma inesperada  Eu conheci assim você.  Eu estava assim tão só  Enrolado num grande nó,  Mas sua amizade genuína  Foi o ponto de partida,  pois deu-me um sinal de vida  Desalinhando a minha ruína.  Querida amiga, Eu também estava triste Deixando debaixo da coberta  O sinal de vida que persiste Em caminhar pela estrada certa Aprisionada nos meus medos. A alegria escapava entre os dedos, Sem a esperança que agora nos refrigera,  Assim que simplesmente decidi E, de vez então, me abri Para essa amizade sincera. Referência: Poesia linda demais feita com o brilhante poeta do Maranhão chamado Rômulo Reis Oliveira que é meu novo grande amigo em que nutrimos uma amizade genuína e pura como a água. Muito obrigada, Deus, por poder me encontrar com ele com quem pretendemos fazer mais interações poéticas juntos. Essa poesia foi feita completamen

Diálogo entre um Amigo e uma Amiga - dueto 2 com Rômulo Reis Oliveira

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(segunda versão) Querido amigo, Quando eu estou tão pra baixo E me sentindo tão "deprê", de forma inesperada eu me lembro assim de você. Quando estou assim tão só Enrolado num grande nó, a sua amizade genuína me inspira como um ponto de partida Dando-me um sinal de vida E despertando-me da minha ruína. Querida amiga, Quando também me sinto triste, lembro de você e vejo debaixo da coberta O sinal de vida que persiste Em caminhar pela estrada certa que as vezes aprisiona os meus medos E a alegria que se escapa entre os meus dedos. Com você, a esperança em mim se refrigera A partir do momento quando simplesmente me permiti e decidi A, de vez então, me abrir Para essa amizade sincera. Referência: Essa segunda versão foi feita a partir da poesia anterior em que foi uma interação com o poeta e amigo Rômulo Reis Oliveira do Maranhão. 

Uma Cama Gritou

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Uma lágrima tão grande se esparrama  Pelo meu rosto e cai na minha cama. Sorrateiramente deito em molhados lençóis Lembrando de momentos passados a sós.  Minha mão acaricia o colchão  Na lateral direita vazia do meu coração Que sente saudade de me entregar  e com qualquer paixão disparar.  Eu vou observando vagarosamente,  Numa madrugada, o meu quarto silenciosamente até que, de repente, a sua ausência  Fez minha própria cama reclamar com urgência.  Minha cama gritou tão alto que me assustei E ao ver lampejos de você aqui pensei Que enlouqueci em meio aos desejos De um beijo por alguns momentos. Te chamo pedindo um último e profundo toque aqui Por apenas uns segundos para daí, Chegar o fim, embora imortalizemos a sensação desse beijo  Na cama feita de puro desejo e desespero... Referência: Eu fiz a poesia inspirada nas músicas da minha banda do coração RBD - Solo quédate en silencio

Dois Ambulantes

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O arrepio do seu amor corria no meu corpo frio que percorria Uma sensação que socorria O corpo vazio que quase morria. A escuridão do quarto pequeno Era como um copo de rum com veneno. Nos usávamos para nosso prazer satisfazer Até o Sol aparecer com o amanhecer. A entrega à escuridão Pela alma em depressão É transformada à entrega a essa paixão Sem base, sem consciência nem razão. Minha pele fica arrepiada ao fantasiar Os momentos no quarto do desejar. Mas o nosso amor era um sinal de vida Aos ambulantes da melancolia. Pena Que a centelha De vida Dependente vivia. E com o fim, agora Em nós, é chegada a hora De nos acabar ou da vida encontrar O pulso de si em outro lugar... Essa música foi inspirada inicialmente por incrível que pareça na música do RBD chamada "Ser o parecer". É a minha primeira poesia gótica.

Fecho os Olhos

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Fecho os olhos e me entrego aos meus sonhos com você que sonego na vida real, mas ainda persiste na fantasia de um sonho belo e triste. Fecho os olhos e venero cada toque de corpo e alma que com esmero consigo lhe dar na minha fantasia inconsciente que reflete o desejo mais profundo iminente. Fecho os olhos e me cerco das lembranças e imagens por perto. Meu amor, sonhei com você na minha cama E vi simplesmente o que restou da chama. Fecho os olhos e me perco no meu pensamento preso à nossa relação que se cristalizou no meu inconsciente e que ainda não se libertou na minha mente. Fecho os olhos e peço num verso incerto para que você no meu inconsciente seja liberto. Será que posso fazer esse pedido? O meu inconsciente vai me dar ouvido? Fecho os olhos e a ele peço A liberdade por um verso. Procuro tentar conversar, embora a resistência porque ora sinto falta do desejo, do carinho e da presença. A cristalizada relação seguirá pelo modo de pensar de qu

Desejo a Nós

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Desejo a nós um tanto de amor No nosso caminho sinuoso e fino e um tanto de dor Para que façamos dela um bom ensino. Desejo a nós a sublime e discreta paz De uma linda e vulnerável andorinha E que a gente se sinta capaz De enfrentarmos os percalços da nossa vidinha. Desejo a nós  que num dia possamos olhar ao lado do nosso céu nublado e estrelado e que a ventania da empatia e da compreensão chegue a arrepiar o nosso aprendiz coração. Desejo a nós o céu e o mar Para aprendermos a voar e nadar E o nosso mundo desvendar. Desejo a nós a ventania, a pena e a brisa Para aprendermos a lidar com a caída E podermos flutuar em harmonia. Desejo, diante dos nós, que um dia consigamos pensar em nós buscando sermos amáveis embora a dor e perseverantes ao amor... referência: Essa poesia veio da revisão do poema "Te Desejo Tanta Coisa" que é bem antigo aqui do meu blog. O poema original foi feito inspirado na música

Um Calor

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Um Calor pelo amor nas minhas costas quando me abraçava tanto me emocionava. Esse calor movia algo em mim com um toque qualquer. Esse amor movia meu desejo de mulher. Esse calor me fazia sentir acolhida Nos seus abraços que me aquecia. Ainda sinto um arrepio como uma onda de frio quando sussurrava em meu ouvido com uma voz grave aveludada: "Te Amo, meu amor" e, em seguida, me beijava de forma apaixonada...                                                                   /Completamente apaixonada... Sinto saudade de ter um amor que chega perto de mim com o seu calor e com um jeito especial, me abraça e me encaixa em sua vida me iludindo também com as mesmas fantasias e expectativas... Por outro lado, gosto de estar sozinha com meus sonhos crescendo. Fazer a mim mesma companhia nunca foi difícil e assim, vou vivendo. Consigo viver sozinha bem, mas com um carinhoso alguém não negaria estar desfrutando de um amor porque minhas costas sentem f

Longe Disso!

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Olha, eu gostaria de poder  logo te dizer que gosto de você,  mas ainda é cedo para poder.  Olha, eu adoro quando ri, sorri... porque seu jeito me mostra que gosta de estar aqui comigo conversando sobre tudo o que pudermos falar sobre o mundo.  Olha, eu adoro seu jeito simpático e esforçado  e como me mostra querer estar do meu lado me chamando no whatsapp sempre mesmo que eu não apareça por dias porque... de verdade... estou com medo da perda.  Sei que é estranho ouvir isso de uma "amiga", qualquer pessoa,  mas por eu não me achar grande coisa,  acho que também não vai gostar de mim e por isso, não quero me iludir com você assim... Acho que doeria demais... Já me acostumei de jamáis ser retribuída por quem gostaria... Talvez seja culpa minha... Longe de mim dizer que não queira  passar com você uma tarde de primavera,  mas, às vezes, eu assumo que por medo eu sumo.  Acho que de namorar comigo ninguém gostaria 

Era Fácil

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Era fácil ficar na cama horas e horas, mas aí, tive que aterrissar... Era difícil ver você ir embora e ter que deixar... Era fácil beijar mentalmente você e ir onde você está ao pensar... Era difícil discutir sem não ofender, Mas nunca quis ver você chorar... Era fácil ver as nossas qualidades e defeitos.   Era difícil Saber como melhor expressar os sentimentos... Referência: Poema um pouquinho inspirado na música da Dulce María "Tu y Yo" que é uma cantora mexicana que está lançando seu novo disco com composições autorais. Viva Dulce!!! Viva!!! #SoumaDulcete

Faz Falta

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Talvez não seja do passado; mas sim, do carinho de namorado. Talvez não seja do que vivemos; mas sim, do que prometemos. Talvez não seja de seguir contigo; mas sim, de ter alguém comigo. Talvez não seja do seu beijo; mas sim, de ser beijada com desejo. Talvez não seja de como me olhava; mas sim, de algum olhar que me tranquilizava. Talvez não seja do seu abraço; mas sim, do carinho de alguém do meu lado. Talvez... Só Talvez...

Garota Sumida

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A gente vê tanta notícia realmente triste.  Então, por quê você persiste achando que o que sente  é pior do que passa essa gente? Garota, por quê e para quê se sentir sozinha e tristemente querer partir? Você tem uma vida maravilhosa? ´E ingratidão como chora! Garota, você não tem direito de sentir nada em seu peito.  Você tem tudo para se sentir feliz.  No entanto, escolhe ser infeliz... E aí, a garota cansada de negarem o que sente se viu apagada por não saber quem é no meio dessa gente.  Todas as pessoas somem.  Todas as vozes a consomem dizendo que seu sentimento não tem lugar.  Pois então, ela foi para onde possa se mostrar... A garota sem rumo nem caminho se perdeu num redemoinho em sua mente sedenta de autenticidade já que não pode encarar a verdade. A solidão a cobriu.  Ela não mais sorriu. Ninguém mais a viu.  A garota sumiu... Foi por engano que ocorreu o dano ao pensar que vai se expressar num