Postagens

Mostrando postagens com o rótulo solidão

Quintal Meu

Imagem
No meu quintal, Há sujeira? Ele é sujo? Não, no entanto. Ele está sujo? Talvez por enquanto Porque o que é de fato a sujeira? São coisas existentes restantes Que a dona de casa descarta Da sua percepção de utilidade... O que tem no quintal? Tanto que não sei descrever... Coisas, atreveria dizer. Rsrs Coisas que invadem a mente e o corpo Sem serem convidadas. Elas simplesmente se instalam. É culpa do quintal? Não. Há de se dizer que tem sua parte de responsabilidade Mas nao por ser sujo; por necessitar ser limpo E tirar tais coisas Que não parecem úteis Para mim... E tão intrometidas que me sinto tão impotente Principalmente quando o veem doente E me totalizam pelo julgamento do meu quintal ser sujo, Mas a minha casa é muito maior do que um quintal... Ela é muito grande que não tem como ser reduzida ou rotulada. Pode até tentar se sentir no direito, Mas eu me vejo inteira e sei quem eu sou! E eu não sou um doente quintal sujo!!

O Apagar das Luzes - Dueto de Leonardo Andrade e Beatriz Nahas

Imagem
A morte para ser aceita na existência Por uma criança que perdeu sua avó querida É possível se reconhecer na essência A finitude e a sua angústia durante a vida. A morte, única certeza nesse mundo incerto Destino incontornável que ninguém quer chegar perto Quebra normalmente abrupta do caminho aberto A transmutação do cultivado jardim no árido deserto. A morte, cerramento das cortinas, apagar das luzes Eteriza-se em epitáfios, sepulturas, jazigos e cruzes Representada por véus, mortalhas e sombrios capuzes Adornada por coroas e corbelhas de flores ou simples urzes. A morte quer ser lembrada, Mas nós a mandamos ir embora... Ela não tem como ser impossibilitada, Quando é chegada a sua hora! Comentário: Agradecimentos ao  Poeta Leonardo Andrade.  Uma grande alegria a nossa colaboração nesse dueto. Em sua página abaixo, ele muito contribui para a poesia também. Acesse:  https://pragmatha.com.br/produto/graos-pensamentos-vaos-e-desvaos/

Confie

Imagem
Eu vejo uma menina No balanço Com tranças no cabelo Desejando que alguém Apenas confie nela, A fazendo se sentir sob as nuvens, Atravessando o rio, Quase caindo da árvore A que imagina estar apoiada Olhando do alto tudo em volta. Depois de tantos xingamentos, Depreciações, Ofensas e comparações, Ela só quer silêncio Para manter seus sentimentos De como ela ainda pode confiar em si mesma Ao olhar para dentro. Ela se balança Com os cabelos voando, As lágrimas se derramando Pela sua face E molhando suas bochechas rosadas Que caem sob o seu colo. Ela é uma mera menina sob o balanço Que só queria que alguém confiasse nela, Em sua capacidade de voar Como uma borboleta e de viver... Mas ela relembra de certas hostis vozes E percebe que se não estão prontos para confiarem nela Que precisará de mais forças ainda Para confiar em si mesma. A menina, então, ao se conscientizar disso Se joga tanto para frente No balanço Com tamanha força Que ela chegou tão alto Como se estivesse no topo de uma árvo

Sabor da sua Boca

Imagem
Te encarei No meio da balada E me deparei Com uma cilada Em que me fascinei Por sua mirada. Te enfeiticei Com o olhar Pois precisei Confessar Que vivenciei O paquerar. Conversou Brisa boa. Se aproximou Da minha boca. Me beijou Deixando doida. Eu beijava Outros lábios, Falava e dançava Com outros otários, Mas seus lábios ansiava. Neles numa profusão, Eu pensava sem querer Chamando a atenção Que me atrevi a me ver Intrigada por essa emoção. Quando te revi, sorri Mais com outro beijo, num prazeroso momento, em que senti Um conforto urgente sedento De que fiquemos por aqui.

Ponto X - dueto 10 de Rômulo Reis e Beatriz Nahas

Imagem
Há tempos eu procuro incessantemente Um caminho que me leve além  Ultrapassando o limite existente  Encontrarei o aconchego que convém. Há tempos eu procuro dar margem  À minha vontade de  conexão Porque a solidão faz parte da paisagem  Quando se vê único e acolhido o coração. Há tempos procurei um colo amigo  Que sentisse a mesma dor Um num outro encontrasse abrigo Pra compartilhar verdadeiro amor. Há tempos eu procuro um espaço  Sem muros, cercas ou barreiras  Onde prevaleça afeto e abraço  Sejam ilimitadas as suas fronteiras.  Há tempos eu procuro um mar aberto  Pra navegar pelas águas com coragem  E sair sem um destino certo  Somente pelo prazer de uma viagem. A amizade universal pode aproximar  as diferenças iminentes aparentes Pela reciprocidade possibilitar Que se revelem tão presentes. Assim, foi possível encontrar  na doçura e na calmaria desse abraço Um mar aberto amigo pra admirar E permitir sentir assim, o seu afago...

Quero Saber

Imagem
Quero saber sem me julgar como criança de que não fomos uma simples aventura. Quero me sentir mais segura com toda a sua esperança de vir a ver-me, meu coração balança, mas como posso ter certeza de que gostou de mim e que não é coisa da minha cabeça pensar em nós juntos assim? Quero ouvir e te sentir como o amor que é adoçado com o passar do tempo e cada vez mais cultivado com o passar de cada momento. Senti em mim esse fluir sincero dos nossos corações como se viessem da sintonia de canções e gostaria de ouvir o que sente por mim e me pergunto se o que já viu já te afugentou ou você nem está perto de dizer que se assustou... Quero saber sem me julgar como criança. São necessidades humanas... Esse sumiço todo... é por quê? Seus motivos parecem muito reais; só espero não serem pretextos. Sinto esse medo porque quero te perguntar: Depois de tudo o que viu, posso confiar em você? você realmente me aceita? E poderia me amar?

Vindo Das Cinzas

Imagem
Do pó ao brilho a transcender, Do morrer ao renascer, Do fim ao recomeço adiante, Do passado ao instante... A fênix renasceu das cinzas como eu que me via em ruínas e transcendi reencontrando-me ao sondar a fumaça que exalava do meu corpo em plena brasa. A culpa me enclausurava no passado. A agonia incendiava um eu amortificado sem forças por olhar tanto para fora com mais valor em detrimento do meu mundo com menos cor. Foi assim por anos e anos a fio sem conseguir me dirigir pelo rio, mas de certa forma, renasci e me encontrei comigo mesma percebendo a vela, mesmo que discreta, ainda acesa. Eu precisei de coragem porque encarei de vez a sondagem inundada pelo fogo para o observar à espreita e para o vivenciar dentro de mim, dilacerando-me, sendo refeita. Do carvão e do pó, eu percebi a minha força que me preenche aqui não havendo nada agora que possa derrubá-la, desde que fui, com o passar da terapia, transformada. A fênix ressurgiu como o sinal de vida sentiu percorrer minha alma

Um Escolher...

Imagem
Quero te sentir em mim... Não é apenas um querer, dever ou poder... Eu preciso te dizer assim  que chegaria a ser um escolher... Consciente do que posso oferecer,  eu não me apequeno mais no mundo para com minha própria companhia viver, mas me agraciaria se fosse com você.  Eu relutei para me sentir segura para poder assumir um compromisso  que comprometa o meu futuro,  pois não me via tendo um nem por um segundo.  Deprimida, eu não me via um dia feliz.  Solitária, eu não me via acompanhada. Precisei de um tempo para me conectar  com o meu sol interno antes de alguém me aceitar.  Com todos os sentimentos diversos que virão,  não os julgo, os observo como partes do coração, os aceito em sua significância para eu agir por mim e por escolha própria, poder escolher alguém simplesmente assim.  Ainda estou o conhecendo e com o tempo mais vou percebendo  o quanto é fácil sem mais depressão  me imaginar ao lado como coração de um outro coração...   Antes de dormir, com o ouvido no braço, a bat

Doçura num Licor

Imagem
E quando estava chorando Horas e horas triste pensando Que ninguém iria querer ficar me namorando, Você já estava me procurando. E quando estava na fadiga Querendo desistir da vida, Pois ninguém me compreenderia, Te escutando vejo que me equivocaria. Suas palavras são doces Como licor de chocolate Que me delicio devagarinho Como se viesse de mansinho. Tomo esse licor Como adentra-me o amor Numa doçura que amolece a alma Perceber o coração em calma. Para o novo, te desejo claridades, Como diria Aline Wirley, no olhar. Seja quem for que possa estar, Estou aberta às possibilidades. Eu estou bem comigo mesma. E só me percebo nessa fortaleza Pelo processo de autoconhecimento Que me proporcionou esse apaziguamento. A partir do meu mundo aceito, Quero conhecer o mundo alheio Que percebo com uma doçura ao estar disposta A receber esse novo elo que nos envolver se possa... Nada é censurado ou proibido Para o universo convidativo Ao aceitar o amor que vem das almas E a compreensão das suas doces

Sacrifício Aceito

Imagem
 Quem me dera partirmos juntos poder... Mas se não der para escolher EU prefiro eu sofrer Sua morte do que você  A minha porque A dor é tamanha sem você viver... Inspirada no Victor Frankl   pintura por edvard Munch "Separation"

Confidente Poema - dueto 8 com Rômulo Reis

Imagem
  Meu caro poema fiel e confidente, você meu amigo  conhece-me  profundamente. Todos meus dilemas, anseios e frustrações tu sabes com detalhes as minhas emoções.  És um companheiro  que me acompanha  de longa data E sempre me socorre bem na hora exata. O que se passa nesse instante? Por favor, então me diga! Ouvirei atentamente,  você, minha cara amiga... Nessa noite, tive um sonho  envolvente de desejo em que ele se aproximava  para um intenso beijo.  Carícias agraciadas  com carinho e paixão sendo apreciadas  no calor da emoção.  Foi um sonho de prazeres que não queria acordar,  pois caro poema, é triste dizeres  que ele não pode assim estar...  Como num paradoxo infernal,  eu o vejo em sonho com alegria,  mas por perceber-se irreal,  quero apagá-lo dessa fantasia. Quando ele passa perto,  disfarço a minha imparcialidade  com um sorriso secreto,  mas essa não é a minha verdade...  ´E um inferno com ele viver   em minha sonhadora mente,  e nos meus braços não o ter,  quando acordo sol

Rastejante

Imagem
 Rastejante só Num Instante pó quer sumir e ir por aí sem mais a depressão aqui. Interação da poesia de Ysabella  https://www.recantodasletras.com.br/poesias/7301237

HUMANA

Imagem
HUMANA Cansei de pensar Em como Minha angústia Precisa ser tratada Como se fosse errada... Sabe o que é fazer uma escolha Sem poder sentir angústia? Ainda mais angustiante. Kkk A angústia existencial Vem a ser possível Nessa minha crise individual Que me convida a pensar e sentir Coisas que antes queria fugir. O momento que estou vivendo É de transição a um outro modo de ir percebendo O ser humano que observa a diversidade E não mais tenta se encaixar num sistema como normalidade. Se a normalidade é não se angustiar, Então a anormalidade é se angustiar? QUEBRA DE PARADIGMA. Ao invés de pensar no que seria normal, Por quê que não focamos em compreender a angústia existencial Ou diversos outros sentimentos que temos e associar com nossas necessidades Que possam despertar no nosso dia a dia uma completa observação da nossa vida?! A Culpa se esvai... A angústia vem. Por que do que vou me culpar, Se o que sinto eu posso valorizar? Aquilo que não atendi a mim ou ao outro, posso vir a me ent

O Inatingível Sol

Imagem
( Poesia inspirada na música Golden de Harry Styles) Como o Sol, você é inatingível. Além do lençol, nosso amor é impossível. Os raios solares refletem nos mares, mas nunca se tocam muito menos se chocam... Nós até podemos pensar sem querer naquele tempo lembrar, mas é só na imaginação A entrega à essa bizarra paixão. Aquela paixão que, mesmo com tantas brigas, pelas lembranças na nossa mente, o Sol brilha... Aquela paixão que, mesmo com tanto desrespeito, pelas lembranças boas, a admiração e o afeto ressoam no peito. Naquele tempo, muito calor se trocou, muita mágoa se mobilizou, muito aprendizado se possibilitou e muito amor se compartilhou. Mas agora que o Sol se põe ao horizonte, esse amor menos brilhante e estonteante está se renunciando no final da tarde Para que a noite enluarada chegue num alarde... Eu não queria, mas a poesia me pede Para que a ela sem julgar confesse que como o Sol que renasce noutro dia, no meu peito, bem raramente, a saudade suspira. _______________________

Quando Quiser

Imagem
Cadê você, meu amigo?  O que fez com seu sorriso?  Está em algum perigo?  Cadê você, meu confidente!?  Quero voltar a conversar contente  E ansiar por uma ligação após o Sol poente. Onde quer que esteja, Espero que Deus te proteja e que consiga o que almeja.  Ainda gosto muito de ti.  Quando quiser, pode me ligar aqui.  Eu te amo para "sempri"... rsrs Poesia em homenagem a Rômulo Reis. 

Recuo da Solidão

Imagem
  Segredo Disfarçado  quer ser expressado: o desejo de partir por só me sentir... Longe minha alma voa  e disparada não me perdoa  quando quer encontrar  um sinal de vida para continuar... Agora a solidão ataca  devora, entristece e mata  o sinal de vida sobrevivente  que vai morrendo em minha mente.  Sozinha aqui na multidão  tento me explicar em vão, mas meus receios parecem patéticos, mesmo que sejam tão discretos.  A desesperança faz buraquinhos  no meu caminho sem vizinhos que possam me ajudar a me levantar.  Não preciso de ajuda.  Encaro sozinha a luta.  Porém, percebo que é ilusão, pois só faz sentir mais só o coração... Pintura: Edvard Munch (Noruega)  Centro de valorização da vida - Ligue 188

Batida Contínua

Imagem
Deitada na cama Tentando dormir  coloco meu ouvido no braço de um jeito que posso ouvir A batida do meu coração. Agradeço a ele por bater sempre todos os anos da minha vida. E peço perdão a ele por estar agindo e pensando coisas horríveis contra a sua batida. Converso com meu coração e ele diz o quanto anseio as coisas além do possível tempo e o quanto como aprendiz me subestimo O poder da minha mente que não acredito. Ele me responde continuando batendo No seu ritmo normal mostrando que a vida ainda não acabou para mim. Tem muitos rumos para eu me prender assim. Eu escuto meu coração e vou pegando no sono lentamente serenamente Me aconchego nas cobertas E sorrio na certa procurando dar a mim uma segunda chance de ir ao meu alcance. bum bum bum bum... Ainda escuto a sua batida... Ela me diz: Vida.

Políticos de Granizo– dueto Beatriz Nahas e Miguel Jacó

Imagem
A revolta do povo deixa as nuvens carregadas pelo governo o abandono das pessoas encharcadas.  Os trovões furiosos E os raios desastrosos São os reflexos de um povo descontente Por anos sugada a energia sobrevivente. Alguns políticos se tornam ilusionistas trazendo com a chuva a neblina. E assim, o povo fica cinza como o céu, ranzinza. Do nada ele vomita uma sandice tempestuosa Como se fosse um barril de pólvora independentemente do estrago pronto a ser jogado E o povo que o elegeu se sente desapontado. Sentindo raios, trovões e ventos, sem norte o povo vive segundos de gris sem suporte como se uma chuva de gelo e uma enchente encharcassem as ruas da nossa vida intensamente. É tanta a revolta que em forma de granizo, O povo sofre, chora e se manifesta num grito, Como nesse poema em que se ouve o barulho da chuva tão forte, tão brutal e tão catártico como nunca...

O Trem da Loucura

Imagem
Chegou o trem da loucura para abastecer o hospital da cura da anormalidade que assusta a cidade e que quer se ver longe dessa demoniedade. Um por um desce do trem Pensando que vão ter uma saúde do bem, Mas só como doentes são vistos e punidos Por não serem pela sociedade bem compreendidos. A raiva ou a tristeza era justificada pela existência de algum transtorno ignorando a social violência que eram tratados dia após dia de quem desconhecia a empatia. Negros, alcoólatras, necessitados, Putas, gays, aleijados, Desciam do trem para o manicômio Como num holocausto mórbido. Categorizá-los por doentes mentais Pelo que seriam cidadãos "anormais" Foi tão perigoso e preconceituoso em vários níveis justificando tratamentos nos primeiros hospícios bem insensíveis... Lobotomia ou solitárias para quem não obedecer, Dopa ou castigos físicos para quem se enfurecer Já que deviam aceitar serem um zumbi que não tem roupa, não come, não sente nem sorri. Pela superlotação, as pessoas dormiam em

Gatos Do Vizinho

Imagem
Não consegui fechar  a minha janela, pois vi um gato lindo e fofo me encarar  no chão da sala do vizinho através dela.  A sala estava bem iluminada.  Havia uma rede na janela dele bem colocada.  Um gato cinza me percebeu primeiro E depois um gato preto veio ligeiro.  Eles me viam na janela ao lado extremamente atentos e hipnotizados, E eu devolvia o olhar com ternura, O sentimento da nossa conexão tão pura.  Será que me tornei  uma gata enorme na janela aos olhos deles e os assustei  ou realmente eles quiseram me passar essa sensação tão terna e bela? Só sei que ficamos uns dez minutos nos olhando  Como se estivéssemos pelo olhar falando  Como nos sentimos imersos na solidão  cada um em sua casa e no seu coração.  Me senti conectada com os gatos dos vizinhos já que estavam numa sala sozinhos  E eu só no meu quarto ficava me questionando  Se era loucura essa conexão que estava experienciando.  Quando pensava na janela fechar,  pensava que o nível dessa atenção  Fazia tempo que eu não re