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Incerto

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  Tudo começou como tudo terminou: incerto. Predominantemente, ainda não sei o que você sentia e no fundo nem eu mesma. Será que foi mesmo amor? Uma parte diz que sim pelo charme e carinho e a outra parte diz que não porque estava tão impaciente com tanta coisa.  Minha impaciência gritava! Minha paciência cansava... E agora cada um segue seu rumo. Como é difícil deixarmos ir...  Que a gente consiga passar por isso logo e bem.  Seja lá o que for que vivemos, sabemos que foi forte e fraco naquilo que foi e não foi, momentaneamente, e é isso o que fica. Momentos, como você mesmo diz.  A intensidade trás a verdade do que nunca mais voltará a ser o mesmo porque ainda estará incerto e no fundo eu também.  Não podemos ficar juntos por medo de ficarmos sozinhos. Isso é humilhante. É preciso que seja uma escolha por amor e por entrega a nós mesmos.  Eu não te vi fazendo isso. Não te vi... Se me lembro, no começo, talvez. Mas não consigo mais acreditar no seu amor. Por isso, me sinto chateada e

Farol da Luz Interior Divina

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Quero sorrir com os meus sonhos atrevida, Mesmo com a esperança sórdida descabida De uma jovem que navega se ajustando, às avessas tropeçando e sempre se renovando.  Cada passo mais um passo Que velejo mais perto de Ti e de mim  Porque no ritmo do compasso, Deus me vê do Sol aqui assim.  E o amor Dele é supremo  Como quem sabe que o é E não há mais nada extremo  Que o amor incondicional o quiser. Minha face obscurecida  Clareia com o amor rejuvenescida E minha voz ressecada Pela divina água é abençoada.  De seus faróis, eu quero me entrever Na esperança de chegar aos seus pés.  De seus mares, eu quero beber Na confiança de me hidratar do que és.  Sou Sua filha que percebe seu erro que beira a um defeito, Mesmo com medo de magoar um irmão em respeito. Um erro contínuo que venho suprindo com cuidado rico Para que eu possa viver em meu auxílio com afinco. Quero alguém que possa me compreender e somar,  Aceitar e junto batalhar Vibrando com a vida, Mesmo com idas e vindas, mas querida.  A

Constrangimento

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  Mantive meus olhos abertos,  Minha boca de julgos certos,  Minha consciência,  Minha paciência por tempo demais,  Chorei muito já e confiei com os olhos abertos,  E agora eu digo: quero um amor que me traga mais paz E consiga me amar como eu sou.  Agora a paciência parece que acabou! Indignada como nunca! Machucada que assusta  Os pontos abertos no meu coração  Que estão doendo.  Chorando mais uma vez  Para aliviar por um momento  E depois volta tudo...  Quantas vezes passo por isso para te superar? Eu passei por um constrangimento  Que está até agora Por alguém que me entreguei com tanto sentimento  Que chego a chorar de tristeza e desilusão  As tantas feridas que doem no meu coração.  Nunca deixei de ver nada.  Mas tive paciência de conversar.  Confiei e agora não consigo confiar mais.  Me machucou feio tanto que tá doendo.  O que eu não queria que acontecesse  Esta acontecendo Estou te perdendo... E essa perda é real e mais dolorida ainda Porque não tem peso o suficiente  Nem diál

Voz de Megera

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  Sua voz ainda ressoa na minha cabeça às vezes  Como já ressoou muitas outras me dizendo Que eu ainda não estou pronta. Você sabia disso?  Ela é como uma mosca chata!! Uma professora que sabe "muito bem" educar  Tanto que se utiliza de rótulos e julgamentos morais  Para avaliar e categorizar quem é competente  Com um crivo crítico e severo dos nossos passos.  Eu me via congelada, vegetal, respirando por tubos Ao ser tão violentada que nao conseguia dizer uma palavra.  A tensão em meu corpo era tanta que não sabia lidar... Eu me percebia todas as vezes lutando contra a maré, mas não conseguia... Ela me engolia como quem engole o direito de escutar dos seus alunos.  Mais fácil reprovar do que escutar.  Mais fácil julgar e diagnosticar do que confiar.  É uma triste professora que se torna para mim inimiga  Porque aos poucos suga minha energia e autonomia  De ser quem eu quiser ser Sem estar presa ao seu rótulo  Tão certeiro que me foi como um castigo  No tempo que estivemos jun

Olhar no Espelho

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Não aguento viver com essa dor.  Ela dilacera meu coração,  Meu caminho e direção Por migalhas de amor.  Um amor que aparece quando convêm Que é produzido por quem nos faz de refêm Quando compramos esse conceito de fora  E internalizamos como um autoconceito agora.  Eu me perdi do meu centro.  Não me aventuro adentro Porque a dor está tão grande nesse instante Que sufoca e assusta de tão horripilante.  Eu questiono se vejo ou não meu olhar no espelho Ou é seu olhar crítico pelo que desconsidero e põe defeito Determinando o que mais de especial eu decido Que são minha dignidade e liberdade, para você, sem sentido.

Excedo

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Sobrepeso Queimo Excedo Peno Empenho Rastejo Manejo Percebo   Quero ver se é para ser? Já sei o que será? Já vi que não é assim E é assim que se está.  Nada de novo virá? Tudo de velho continuará? Se em vida a gente não vibrar E em cinzas a gente continuar.  Em pó escuro, nos tornamos Se sim ou não, retornamos, Mas não seremos os mesmos.  Isso é verdadeiro. Renascemos.     

Visita (In)Desejada

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    Em desatino Caminho, É triste Sonhar alto E não se estar  Contigo Quando acordar. Vejo prédios no horizonte na calada da madrugada na altura de um monte Uma janela com a luz acesa  Me questiono curiosa se está aí na certeza. Sendo aquela que espia  E não mais finge ter interesse Eu até estremeço e me perco em peso E não posso impedir e fingir  Que não queira saber  Se como eu (não) queira (mais) me visitar?

Príncipe Que Imagino

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 Solitário andar  Provocando dor  Alterando estou O meu amor. Por você, decepcionei, Sonhei e cochilei Quando acordei, Chorei. Ando distante, Mas você me chama. Sonho relevante, Mas você me engana.  Dor avassaladora Perceber a ilusão Que foi saber sonhadora Que roubou meu coração.  Foi para me humilhar Que se atreveste? Foi para me usar  Que comigo se esteve? A mágoa surge em meu íntimo Como um peregrino sem que estimo Porque me pareceu desconhecer Quem muito agora me fez sofrer.  Sobrevive nas pegadas  Por apenas migalhas ingratas Que estais a me oferecer Achando digno assim viver? Não me contento com esse amor Que mais enlouquece pela dor De não saber que o externo e o interno Se complementam no que é de mais esmero.  O equilíbrio entre a aparência  E a virtude da benevolência Desloca meu ser em imersão Numa completa confusão.  Do que fazes de mim?  Prisioneira serei? Não quero me ceder. Não vou me vender.  Socorrerei minha alma, Que perdeu meu corpo por nada E não se percebe em calm

Choque - Conto narrativo

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A estória foi completamente inventada pela autora!! O nome dos capítulos são inspiradas em nomes de músicas dos The Beatles   Capítulo 1: Dois de Nós — Estamos em quatro. Dois de nós precisam ir lá para ver se ela está lá! -exclamou Pedro preocupado. Diego se ofereceu contrariado, mas com medo do que poderia acontecer com ele lá. Será que valeria a pena? Marjorie disse cruzando os braços e balançando a cabeça negativamente: — Eu não vou não. Que medo! Vai sobrar para a gente. Acho melhor ninguém ir e ficarmos aqui, gente!! Nathália tirou da bolsa uma pinça dizendo que só tem isso com que pudessem se defender. Nathália foi se aproximando devagarinho da tranca da combie em que estavam todos trancados, no meio da noite, assustados, mas não queriam deixar de tentar... Em contrapartida, Marjorie gritou desesperada : — Não!! Você está louca? Melhor a gente não abrir!! Mantenha a porta trancada!" – segurou a mão de Nathália o que fez elas se olharem com raiva contrariadas. Até que, de re

Intento

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    Me ensine a colaborar ser o meu intento. Note que só eu posso contigo me possibilitar. Junto o que posso sobreviver em vida e em tempo. Numa crise, colocar-me-ei com você em primeiro lugar. Justifico o estado da solidão ao achar alguém bom para meu coração. Justifico o estado de ignorância ao procurar aprender em aliança. Persisto sendo eu que então, farei a melhor que eu puder canção Que darão sentido às sensações organísmicas em meu caminho Entre conquistas e desafios, e daí, darei a você talvez um sorrisinho. Não é nada excêntrico Nem simplesmente linear... Diante de crises e aprendizagens, é sistêmico por assim crescer, ser e se transformar... 

Arco e Flecha

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  Curtindo a brisa do amor que tanto me preenche na calada da madrugada.  Abrindo o baú de cartas que tanto me dei na ânsia para que eu escreva quando estiver apaixonada.  Permitindo ao amor e aos desafios advindos da convivência em cada carta entreaberta. Sentindo o fluir do que quer que tenha acontecido ganhar sentido ao me acertarem como flecha.  Abrindo o arco com os meus sonhos de ser amada que são o que me motiva a escrevê-las. Curtindo a reciprocidade ou odiando a impessoalidade em cada parte de cada carta ao concebê-las. Permitindo tocar em minhas cartas percebendo a textura, a cor, o tom, o jeito e o sentimento. Sentindo respeito à minha história entreaberta num baú e hoje vejo: quem mais quero escrever é para ti, e, a partir dessa intenção de ser sua mulher e humanamente querer ser amada de corpo e alma aqui, eu me entrego a esse momento tão seu e tão meu, tão nosso, que inicia, percorre e se encerra com a mesma ternura e loucura de perceber o quanto em uma carta tem tanto q

Gotas

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Gotas de azul em conformidade com o mar Que transborda de tristeza o meu olhar. Gotas de violeta que vem do céu repletas de beleza  Que transbordam de gratidão à natureza.  Gotas de prata que transcendem a alma, Que transmitem amor, pureza e calma Como assim é a água Com poder sob a mágoa. Lágrimas no céu e no rosto  Se recaem com desgosto e gosto  Querendo fazer à Terra o zelo  Que há aqui dentro do meu peito. Poesia ecológica! Amei escrever! Interação para a poesia lindíssima da amiga recantista Juli Lima. Acesse: https://www.recantodasletras.com.br/poesias-de-natureza/7750607

Magia dos Sons

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A ntena de magia S om da Alegria M assagem no ouvido R aridade paraíso Ondular as ondas Amassar a massa Encaixar a caixa Martelar o prego Passar o ferro Estralar o dedo Mastigar a espiga Beijar a amiga Coçar o couro Massagear o ombro Brasa da fogueira Cascata de cachoeira Ampulheta de areia Nado da perfeita sereia Cortar um pepino Tambor do hino Acariciar deslisando Saleiro chacoalhando Chaleira esfumaçando Torneira abrindo Chuva caindo Bolacha esfarelando Pipoca estourando Bolha furando Louça lavando Quantos sons fazemos ao longo do dia   E nao percebemos na pura monotonia? Por quantos sons vamos atrás para acalmar e quantos outros sons tentamos nos afastar? Alguns sons aleatórios derretem o cérebro, Se, é claro, nos entregarmos com esmero. Um conjunto rico  de experiência sensorial Merece uma poesia monumental Que a poetisa suspira a fazer E sussurra em seu ouvido Tais palavras que estais a ler ...

A Alegria Existe

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     Que Delícia! Que Gostoso! Que Maravilhoso! Que Alegria ´E ouvir uma apropriada para o momento música; observar de onde quer que esteja a Lua; comer qualquer coisa que goste ou então, um chocolate; acariciar um cão manso que não late;  tomar às 5 da tarde um gostoso café ou chá; ir no karaokê e não se importar com o volume da voz como em casa se está; cheirar uma delicada flor; passear com meu amor; lanchar com as amigas; atender as pessoas autônomas com suas profundas feridas a se escutar; ler um bom livro com algo que sempre quis saber ou imaginar; viajar sem rumo para ver uma praia ou montanhas-russas ou só verde; ficar num balanço de pneu sem indicação de idade que não se rende; e assistir um intrigante filme ou uma série junto à pipoca com manteiga que ao momento adere.   Isso tudo eu gosto, mas eu conectada nas minhas necessidades,  deixa tudo isso mais colorido.  Eu conectada em você e em mim é preciso para nos vermos sorrir assim como exatamente agora sem bloqueios nem d

é o que é...

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  Da janela, te vi passar.  Do sufoco, te vi voar. Tava indo acrescer a flor E trazer o pólen com amor.  Dessa maneira, a natureza revela a sua mais pura e angelical descoberta que é diferente da mais sombria cela  onde aqui está a esperança coberta.  Desesperançosa, é um atual sentimento.  Não preciso me prender num julgamento de ser um completo fracasso como me dizem, se sou eu a agente do meu processo sem que me obriguem.    Eu crescendo me mantenho com aquele tipo simples de autoamor.  Eu me auto dirijo - entre altos e baixos - como um caríssimo beija-flor  que vejo, por mais uma manhã, passando decidido e certeiro pela minha janela me sinalizando como a natureza continua, por mais um dia, sendo o que é: tão bela!

Sobretudo, Vida

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  O preço da razão e da emoção é olhar para si mesmo.  Há em mim uma devoção, Mesmo que em alegria ou angústia ou medo! Eu não procuro distorcê-la, negá-la, interpretá-la. Eu procuro sentir, perceber o que me diz, sondá-la! Me responsabilizo pelo meu sentir, pensar, fazer e dizer, Fluindo sobretudo em mim como uma árvore no jardim a crescer.  `As vezes, eu quero dançar! Outras, eu quero deitar Só ou com amigos, mas sobretudo, com Deus que está onipresente acompanhando os passos meus!   `As vezes, quero ir com meu namorado numa cachoeira! Outras, gostaria de ir num parque com uma cadela companheira! Quanto mais me conecto com a vida na natureza,   sobretudo eu me percebo mais parte (e mais além) dela com destreza. `As vezes, mais distante... Outras, mais perto adiante do meu "eu real" porque sei que é o "real" que posso ser me acompanhando no meu processo real de um ideal ir me aproximando,  independente de algo de fora que dê valor. Eu quero perceber meu valor! Eu q

Elixir da Vida

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Logo  Que o poço  Em que me vi Se iluminou  Sigo em busca do meu elixir da vida.  Aquele elixir como pedra filosofal que fosse Com uma energia monumental que me trouxe Eu em primeiro lugar a crescer,  A me perceber e uma troca querer.  Uma troca que me preenche E que não me despedace  De desesperança e impessoalidade  Porque ja sei que escolho a vivacidade.  É dela que me alimento. É dela que me sustento.  Eu a busco dia após dia. É assim hoje a minha vida.  Eu a vejo e a sinto com muitos sentimentos.  Ela não mais me escapa pelos dedos.  É uma emoção poder viver assim, Depois de tanto a rejeitar em mim.  Hoje eu a vejo em mim e em você por perto Transbordando na natureza, mundo, universo,  Em Deus e sabe-se quem e o que mais Em que me mostro humanamente capaz. 

Quebra

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Emperrar o Encerrar. Ameaçar o Começar. Correr com o Decorrer. Desautorizar o Cauterizar.

Bengala

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Coloquei minhas mãos em algo inerte. Ele não passou a ganhar vida, quando o toquei.  Esperei como tola.  Espero que não seja em vão essa espera por confiar de que algum dia irá.  Até lá, eu procuro estar esperançosa e confiante, embora não dependa apenas de mim.  Acredito que todo o universo também possa ajudar.  Ainda assim, é uma escolha viver sua e agradecer por ela também.  A sua relação com a vida é tão pessoal que só podemos perceber ao longo do tempo o quanto e como estamos conectados com nós mesmos e com quem amamos.  Eu o toquei novamente, sem intenção de ser intrometida. Chegou um momento que ele parecia ganhar vida, somente depois de eu tocá-lo, e aí, aos poucos, ia voltando a vegetar, a negar a vida e a si mesmo.  Me senti cansada porque me sentia, às vezes, sugada a energia de quem tem dificuldade (como eu tinha) de encontrar dentro de si a própria força.  Eu o entendi tanto que o meu cansaço chegou a ser secundário, embora ainda seja uma bengala... Eu fui encontrando em m

Queda por Você

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O vento gelado  Carrego ao lado Com a esperança De uma criança.  O vento quente  Vai chegar, gente!! Isso é por eu gostar também  Do cobertor com o meu bem. Um barco está a espera Nossa como uma vela Que está disposto a ventar Para nos levar e nos movimentar.  Vivendo com o olhar no horizonte, O Sol acaricia com gentileza a ponte. Se a ponte cair ou o barco afundar, Estarei pronta para contigo pular!! Embora haja incertezas,  Nesse mar de correntezas,  O vento ora gelado ora quente   tão real na gente se sente. É sim! É real! Surreal a sensação  Com o coração na mão  Me entrego à paixão Sob o mar da imensidão. Vislumbrando o cenário, estou ciente Dos possíveis prescipícios riscos,  Mas a minha queda por você é maior evidente Que acabamos imaginando uma ponte no caminho com viscos.  A ponte estava repleta deles, símbolo do amor,  Enquanto passamos embaixo dela numa aventura E aí, você pegou minha mão com calor Tão gentilmente com um olhar de ternura.  Pensamos, num suspiro, A ceder a tr